Um pouco de História sobre a Floresta da Tijuca (visão dos morros do Pico do Papagaio, Pico da Tijuca e Pedra da Caveira) |
* última atualização do texto em 26-Nov-1997
O Parque Nacional da Floresta da Tijuca fica situado no bairro do Alto da Boa Vista na cidade do Rio de Janeiro, entre os bairros da Barra da Tijuca, Grajaú, Tijuca, São Conrado, Gávea, Jardim Botânico, Botafogo, Laranjeiras, Santa Teresa e Lapa. Considerada a maior floresta urbana do mundo esta vem recebendo desde 1992 várias reformas em benefício da conservação e infra-estrutura para o Turismo. Foram construídas praças e áreas de lazer para familias passarem seus finais de semana, churrasqueiras, bicas, banheiros públicos, mapas de localização, etc... Todas as estradas de asfalto foram recapiadas, trilhas foram limpas, árvores foram tratadas.
O homem vem tentando sempre mantê-la preservada, mas ainda assim, a natureza tem a palavra mais forte. Todas as mudanças que a Floresta vem sofrendo nos últimos meses têm causas em agentes naturais muito comuns em países tropicais como o Brasil.
As chuvas têm sido o maior agente causador de mudanças na vegetação e nos caminhos naturais deste santuátio ecológico. Desde o Império o homem vem tentando manter em boas condições o Parque Nacional da Floresta da Tijuca. Consecutivamente as modificações da natureza continuam a influenciar esse ambiente tão selvagem e natural.
Milhares de adeptos de esportes e de naturalismo visitam semanalmente o Parque. Vários grupos diferentes chegam todos os sábados para as mais diversas formas de recreação ao ar puro e oxigenado da Floresta da Tijuca. Adeptos de esportes natuais tais como o montanhismo, o trekking, o mountain bike, o cross-country vêm treinar e encher seus pulmões de saúde e reciclar seus pensamentos.
A situação atual
Muitos dos caminhos e trilhas utilizadas para hipismo no passado, ainda existem e mantêm suas formações. Porém muitas árvores estão caídas impedindo o livre acesso pelos caminhos lindos e abertos. Adeptos do mountain bike e do cross-country estão tendo dificuldades de praticar seu esporte devido a inúmeros obstaclos intransponíveis.
Para os adeptos do montanhismo e do trekking, um problema grave continua a nos aflingir de uma forma muito séria. Desde as chuvas torrenciais de fevereiro de 1995 muitas montanhas situadas no topo da Floresta, entre o pico do Papagaio e o pico da Tijuca, sofreram gravíssimos deslizamentos de terras. Tais deslizamentos atingiram proporções enormes, abrindo verdadeiros clarões na mata e deixando uma brecha para uma ameaça muito maior: futuros deslizamentos.
Como a área dos deslizamentos fica numa região acessível somente por caminhadas, fica difícil a locomoção humana de forma a tentar evitar maiores tragédias. A Floresta da Tijuca, em especial o morro do Pico do Papagaio, precisa de urgentes obras de proporções muito grandes. O poder público e a prefeitura não têm interesse em fazer tais obras de contenção de encostas nestas áreas reclusas. Não existe uma forma eficiente de levar equipamentos para a manutenção. Tratores e caminhões não conseguiriam chegar a tais lugares.
É muito importante o reflorestamento destas áreas, pois a qualquer momento novas chuvas poderão castigar novamente tal morro, podendo gerar uma verdadeira catástrofe e destruir completamente a parte norte do Parque Nacional da Floresta da Tijuca.
Fica em claro uma pergunta ? Quem poderá fazer essas obras ? Quando ?
A natureza é sábia porém o homem deve tentar interagir de maneira inteligente de modo a preservar um dos poucos e últimos recantos naturais dessa nossa cidade maravilhosa que é o Rio de Janeiro.
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