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Viagem a África

Moçambique - Nacala

A cidade de Nacala, no norte do país, tem bonitas praias. As fotos a seguir foram tiradas numa delas, Fernão Veloso, que fica a poucos quilómetros da cidade. Esta praia fica numa baía extensa, de águas calmas e limpas, onde as gentes locais pescam à rede atuns e outros peixes de menores dimensões, e onde o meu cunhado costuma obter muitas das conchas que colecciona. Para os meus sobrinhos, como se deduz pelas fotos, a praia era uma festa.

Eu e os meus sobrinhos: o Sérgio, a Mónica e a Joana.

O Sérgio, a mostrar os músculos!
Os meus sobrinhos estão óptimos! Bonitos e espertos (como o tio, modéstia à parte...). Dão-se bem entre eles, tirando pequenas disputas pelo melhor lugar à janela do carro, ou pelo melhor lugar para ver televisão.

A Mónica (já com dois dentes de leite a menos).

A Joana com a Dona Etelvina, a avó paterna.

A Joana numa pose tipicamente africana, com a empregada Deolinda (no sul do país, na Namaacha).
Eu também aproveitei bastante a praia. Para além de brincar com os meus sobrinhos, pude também acompanhar o meu cunhado em passeios de barco e em alguns mergulhos com ar comprimido.
Íamos mentalizados para fazer ainda bastantes megulhos, mas eu acabei fazendo só dois e ele poucos mais, devido a alguns imprevistos:
  • O barco tinha sido comprado em segunda mão. Foi preciso substituir a cablagem eléctrica, o que levou a queimar dedos e fios, por mais de uma vez.
  • O motor do compressor de mergulho foi abastecido com um combustível inadequado. Não foi fácil descobrirmos isso e "chupar" a gasolina do depósito para fora (não engoli quase nada, só o suficiente para passar um dia inteiro a arrotar a gasolina).
  • O tempo esteve frequentemente nublado demais para haver boa visibilidade debaixo de água.
  • O meu cunhado teve uma diarreia.
  • Fiquei com olhos de peixe morto (com uma meia-lua de sangue na parte de baixo de cada globo ocular), depois de um inocente mergulho em apneia, a uns sete metros de profundidade. Acho que não foi pela pressão positiva, mas sim pela pressão negativa, ao vir à superfície e puxar a máscara da cara demasiado bruscamente.
  • Dos dois mergulhos que fiz, o primeiro não correu lá muito bem. Não estava a conseguir compensar a pressão nos ouvidos e o lastro era insuficiente, o que me obrigava a esbracejar bastante para manter a profundidade. O segundo foi feito um pouco a medo, porque já então tinha ficado com os olhos raiados de sangue. Mas correu melhor: passei talvez 20 minutos debaixo d'água, entre os 15 e os 20 metros, e deu para apreciar um pouco a paisagem, embora a visibilidade estivesse bem mais fraca que na minha primeira tentativa.

    A minha irmã Fátima com o marido Manuel.

    Estrelas do mar vistas em passeio de barco pela baía de Fernão Veloso.

    Zimbabwe - Victoria Falls

       No Zimbabwe fiquei em Victoria Falls, famosa pelas quedas de água. A cidade é pequena, mas a oferta de alojamento e de actividades turísticas é grande: desde fazer rafting no rio Zambeze (o melhor lugar do mundo para isso, na opinião dos locais), até a passeios pelos parques naturais da região, com uma fauna bem variada (elefantes, macacos, zebras, grandes felinos, aves exóticas) e meios de locomoção não menos variados (a pé, de jipe, a cavalo, em elefante...) 

    Vista aérea das cataratas de Vitória (foto de postal). 
    A foto da direita já é minha...
        Quis visitar a cidade de Bulawayo, a segunda maior cidade do país, para ver que aspecto tem o Zimbabwe menos turístico, mas os meus planos foram por água abaixo (os planos e não só), por obra de uma diarréia que me impediu de ficar a mais de 2 minutos de distância de um sanitário, durante dia e meio. Isso passou, mas por precaução evitei viagens de maior fôlego e aproveitei o melhor que pude o que havia nas redondezas.

    O segundo bungy jump mais alto do mundo, com 111 m
    (não sou eu na foto, mas se quiserem ver as minhas...)

    A Big Tree, um baobá com 20 m de altura e 16 m de perímetro.
        Não tive grande receio de saltar de bungy jump... As coisas só ficaram mais assustadoradas já a meio da descida, quando a velocidade realmente aumentou e a sensação se tornou menos familiar. Até então, não tendo medo de alturas, não é muito diferente de saltar para uma piscina de uma prancha de cinco metros de altura. A diferença é que no bungy jump não há erro possível (pelo menos não da nossa parte), enquanto que na piscina, se saltarmos mal, o impacto com água pode ser bastante doloroso!
        Quando o elástico do bungy jump nos puxa para cima, sente-se o sangue afluir à cara, mas não mais do que isso. Os primeiros "puxões" de elástico também proporcionam uma sensação engraçada, e são demorados o suficiente para o saltador poder, por exemplo, dobrar o tronco para olhar para cima, acenar, etc. Quando se começa a cair de novo, já se está mais confiante e dá para brincar ao Super-Homem... Mas depois de dois ou três puxões e quedas, a coisa foi perdendo a graça e comecei a ficar farto de estar pendurado pelos pés. Então desceu alguém por um cabo para me agarrar e poderem içar-me.

    Botswana - Chobe Park

        A cidade de Victoria Falls fica perto da fronteira com a Zâmbia, com a Namíbia e também com o Botswana. A uns 100 km para o interior do Botswana fica o Parque Nacional de Chobe. Fui numa visita guiada a esse parque, bastante rico em vida selvagem. De manhã passeámos em todo-o-terreno (vimos elefantes, macacos, kudus, impalas, javalis, etc.) e à tarde demos um passeio de barco pelo rio Chobe (vimos mais elefantes, hipopótamos, crocodilos, ainda mais pássaros...)

    Manada de Elefantes

    Elefante a acabar de satisfazer as suas necessidades fisiológicas... 

    Grupo de impalas junto à estrada

    Hipopótamos em luta
       A foto do elefante acima ficou boa, mas mesmo assim perdi o momento mais engraçado, quando o animal resolveu voltar para o interior do arvoredo e teve de passar por cima do tronco de uma árvore caída no meio do caminho. As pernas da frente passaram sem dificuldade, uma das pernas de trás também, mas aí é que o simpático paquiderme ficou bloqueado... Não teve outra solução senão arrastar-se por cima do tronco, bem devagarinho (elefante pode ter pele grossa, mas não é de ferro) até passar tudo para o outro lado! 

    Crocodilo a apanhar sol.
        Quem tiver oportunidade de ir a estes lugares deve aproveitar. Eu não tive muita sorte com o tempo, que esteve quase sempre nublado e por vezes com chuva, mas ainda assim valeu bem a pena. Espero que tenham gostado das fotos!


    Esta página foi criada em 20 de Janeiro de 2000 por Paulo Tavares. Houve  visitas a esta página desde 26 de Abril de 2000.
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