segunda-feira 4.9.2000
2:07 05-09-2000
Recebi ontem o recado que uma prima minha estaria em Lisboa nessa segunda. Tenho um primo (mais um dos dentistas brasileiros) morando em Caldas da Rainha e a Cecília é irmã dele. Tento ir de carro encontrá-los depois do trabalho no Parque das Nações (perto da Expo), mas o trânsito aqui está piorando. O povo voltou de férias e os engarrafamentos já começam a aparecer.
Desisto de tentar chegar a tempo e pego o metrô. Da Marquês de Pombal (linha azul) tenho de fazer duas baldeações: na Baixa-Chiado, para pegar a linha verde até a Alameda, onde troco para a linha verde, até a Oriente, estação terminal. O metrô de Lisboa é limpo e moderno, embora algumas estações me lembrem as do Rio. A linha vermelha, a mais nova, tem estações mais interessantes, cada uma de um jeito. Não vou dizer que são bonitas, vou dizer apenas que parece que foram comissionadas cada uma a um arquiteto diferente e que lhes foi dada total liberdade. Deu no que deu. Na próxima eu tiro fotos para ilustrar o que digo.
Chegando lá, passamos no Shopping Vasco da Gama para matar o tempo até a hora do vôo. Minha prima só fez uma escala em Lisboa, vinda da Alemanha. É no Vasco que eu vejo um fast-food de sushi (Teriaki). E fico com medo. Os caras servem sushi de salmão defumado (aqui se diz «fumado»)! Cadê o peixe fresco? Estou morrendo! Vou ter de trazer as tralhas do Brasil e encontrar uma peixaria de confiança. É isso que dá ter pouco japonês na cidade
Com a volta das aulas, vejo as primeiras crianças (em bando) desde que cheguei. Até então, essa era uma cidade de velhos, engravatados e turistas. Manoel diz que o que mais lhe deprimiu no começo foi essa falta de vida de rua tão comum nos bairros de periferia de São Paulo e Rio. É verdade, eu já havia notado. Não sei se é o verão (que tira os alfacinhas da cidade), ou se as pessoas não ficam muito na rua mesmo. Mas faz falta a molecada batendo bola.
|