Nasceu
em Paris, França, em 14 de abril de 1951, filha de mãe atriz (Sônia Oiticica) e pai
artista plástico e veio para o Brasil com 5 meses de idade.
Desde muito pequena demonstrou seu amor pelas cores pintando tudo
o que via pela frente e transformando seus brinquedos em artefatos para artesanato e
pintura. Cresceu num ambiente ideal para desenvolver sua criatividade.
Aos 5 anos de idade foi matriculada num cursinho de artes para
crianças ministrado pelo artista plástico Ivã Serpa, no Museu de Arte Moderna (MAM) do
Rio de Janeiro. Cursou o primário no Colégio Bennet (RJ) onde, além de desenvolver suas
aptidões nas artes plásticas, fez algumas apresentações de teatro infantil: A Bela
Adormecida, A Bruxinha Que Era Boa, entre outras.
Pertencendo a uma família de artistas, sempre recebeu a
influência de todos, o que veio a se revelar mais tarde com a ajuda da Escola Waldorf de
S. Paulo (instituição educacional paulistana de orientação antroposófica, voltada à
formação holística dos indivíduos), onde cursou o ginasial. Lá aprendeu os
fundamentos do Batik, tecelagem, aquarela, mosaico, entalhe em madeira e diversas outras
formas de artesanato, tendo sido essa a base mais importante para seu desenvolvimento
posterior e sua opção de trabalho.
Aventurou-se no mundo artístico atuando em duas peças de
teatro, Robin Hood, em 1968/69 e O Caldeirão, em sua fase de excursão, em 1970. Chegou a
apresentar um programa na extinta TV Excelsior do Rio de Janeiro, o Jóquei Show, em 1969.
Viajou então para a Europa, onde viveu por mais de um ano absorvendo a cultura de cidades
como Lisboa, Paris, Milão, Roma, Madri, Hamburgo e outras onde, visitando seus museus,
sentiu o chamado da arte ainda mais forte.
Nesse ano mergulhou fundo nos mistérios da vida e do ser humano,
criando uma base sólida para desenvolver uma técnica própria de esculturas de algodão
e tecido sobre um esqueleto de arame, de um fascinante realismo poético, com retoques
finais que buscam a perfeição. Já lhe perguntaram por que não usar o mármore ou o
bronze, vestidos com rendas, como as bailarinas de Degas, ao que ela responde: "Eu
desenvolvo o meu trabalho de dentro para fora, o que acho que seria impossível, se usasse
pedra ou metal".
Ao participar de exposições como a de Presépios, no Centro
Cultural de São Paulo, em 1988, 1989 e 1992; exposição de artesanato em Genebra -
Suíça e do Clube Transatlântico, também em São Paulo, em 1990, sentiu que deveria
diferenciar ainda mais o seu trabalho e começou a criar desenhos exclusivos para os
tecidos com que vestia seus "bonecos", começando então a pintá-los, fato esse
que transformou-se na sua atual e principal atividade, a pintura em tecido com a técnica
do Batik. Nessa área, trabalhou com exclusividade para excelentes lojas em São Paulo,
entre elas: Mil Manos, Sacarina, Sporting. Atualmente mantém um site, O ABC
da Arte do Batik, onde ensina a fazer Batik e expõe seus trabalhos.
Tem artigos publicados em jornais e revistas do ramo. Jornais:
Shopping News, Suplemento Feminino do jornal O Estado de São Paulo, Deutsche Zeitung
(jornal alemão) e Folha do Povo (MS). Revistas: Faça Fácil, edições de janeiro, junho
e setembro de 1991, Manequim, janeiro de 1992, Mãos de Ouro, edições de março e maio
de 1998. Participou também de diversas feiras e microexposições. Além disso, tem
trabalhos seus em coleções particulares de Genebra (Suíça), Austrália, Alemanha,
França, Estados Unidos e Rio de Janeiro.
Atualmente Ana Cláudia Oiticica mora no Mato Grosso do Sul, na
cidade de Campo Grande.
Querendo entrar em contato com ela escreva para: anaoiti@uol.com.br |