Legião Urbana
A Legião Urbana surgiu ao mesmo tempo que várias
outras bandas no cenário pop brasileiro, nos idos da década
de 80, em Brasília. Sua formação inicial era:
Renato Russo - voz (esporadicamente, violão, guitarra ou teclados)
Dado Villa-Lobos - violão e guitarra
Renato Rocha - contrabaixo
Marcelo Bonfá - bateria
As influências da banda eram as bandas de sucesso no momento ou
em anos anteriores (podemos destacar The Smiths, Joy Division e Jesus &
Mary Chain). As letras falavam das angústias, das lutas por um futuro
melhor, da liberdade, com um tom de protesto caracterizado na voz de Renato
Russo, além de críticas quanto à incerteza do futuro,
perante a situação no momento. A platéia ficava eletrizada
com as performances da banda, os solos enfurecidos e o jeito como Russo
dançava (lembrando Ian Curtis, do Joy Division).
Os hits do primeiro álbum, "Legião Urbana", de 1984,
foram Será e Geração Coca-Cola, e com o sucesso, a
banda foi catapultada a um lugar de destaque entre a nova geração
de talentos do rock que começava a surgir, merecendo atenção
da crítica e lotando os shows.
Se o primeiro trabalho já era de uma qualidade sem precedentes,
no segundo disco a banda mostrou que poderia melhorar ainda mais. "Dois",
de 1986, emplacou várias músicas nas rádios do país,
como Tempo Perdido, Índios, e, é claro, Eduardo e Mônica
(notadamente, uma das melhores músicas pra se começar um
relacionamento). A Legião Urbana virava uma mania nacional.
No terceiro álbum, "Que país é este?", de 1987,
a banda reafirmava seu status de grande força do rock nacional e
mostrava várias identidades; em Faroeste Caboclo, a história
do anti-herói que enfrenta a cidade grande; em Angra dos Reis, as
emoções do amor tomam forma de balada descompromissada, porém
bem-trabalhada; em Que país é este, que dá nome ao
disco, a crítica social dá o tom da revolta na melodia e
nos vocais.
Após uma série de desentendimentos, o baixista Renato
Rocha sai da banda, e essa formação segue até o final
da banda. Na maioria das músicas, é Renato Russo quem assume
o baixo. E, no final de 89, a banda lança sua "obra-prima": o disco
"As quatro estações" mostra ao Brasil a verdadeira capacidade
da Legião Urbana: as músicas Há tempos, Monte Castelo
e Meninos e Meninas viram sucessos imediatamente, mas a música que
conquista a opinião pública é Pais e Filhos, que mostra
os dilemas das relações na família. A crítica
já aclama a Legião Urbana como "o que há de melhor
no pop brasileiro".
E a banda lança "V" em 91; esse álbum não obtém
tanto sucesso quanto os anteriores nem é tão bem-falado.
No ano seguinte, a gravadora lança um disco com versões ao
vivo, acústicas e versões que não entraram nos discos,
"Música para acampamentos", em álbum duplo. No mesmo ano,
Renato Russo lança seu primeiro trabalho solo, "The Stonewall Celebration
Concert", com canções em inglês. E assume sua bissexualidade.
Em 1993, a Legião ataca de trabalho novo, "O descobrimento do
Brasil", que, a exemplo de "V", não obtém o mesmo êxito
comercial e crítico. A banda pára de fazer shows, surgem
rumores de um possível fim, sobre a saúde de Renato Russo,
e as especulações não param.
Em 1994, Dado Villa-Lobos monta uma gravadora independente para lançar
novos talentos, a Rock It!. Um ano depois, em 95, Renato Russo grava seu
segundo álbum solo, "Equilíbrio Distante", com músicas
em italiano.
E a Legião volta aos estúdios em 96, desmentindo boatos
e gravando um novo disco, "A Tempestade". Renato Russo estava com a voz
bastante afetada nesse álbum, notadamente sem força. E o
disco chega às lojas no dia 25 de setembro de 1996. Dezesseis dias
depois, morre Renato Russo. O Brasil custa a acreditar.
É o fim da Legião Urbana.
Post mortem a Renato Russo
Depois da morte do vocalista, a Legião acaba, não sem
antes lançar um disco com as canções que não
entraram no disco "A Tempestade", batizado "Uma outra estação".
E as músicas que não entraram nos dois álbuns solo
de Renato Russo compõem um disco, "O último solo". Ambos
os trabalhos foram lançados em 1997.
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