A Cannabis sativa virou fashion. Numa época em que
globalização é sinônimo
de idiotização, a maconha é moda, está presente nas rádios, nas novelas, no esporte
e até nos telejornais pretensamente sérios(?!).
Quem realmente desmistificou o uso? Apenas os usuários. Lembra do primeiro Rock in Rio?
Lembra daquela repórter imbecil inventando os até então desconhecidos metaleiros? Lembra
quando "Bichos Escrotos" não tocava no rádio por que tinha palavrão?
Hoje a sua mãe vai 2 vezes nos shows Titânicos com a sua irmã caçula...Aconteceu a mesma coisa
com a Ganja, apesar de o preconceito e a desinformação não terem mudado muito.
Esta página tem a intenção de fornecer informações para ajudá-lo a tirar as suas
próprias conclusões e tomar a decisão adequada para a sua vida.
O Trauma |
Verdades:
Retirado da revista ISTOÉ de 25 de fevereiro de 1998.
A maconha é uma das várias preparações possíveis da planta fêmea da Cannabis Sativa, erva
originária da Ásia, da qual são extraídas outras drogas como haxixe, bhang, kif, etc. A planta
cresce em estado selvagem no mundo inteiro e, de acordo com o lugar, é conhecida por um nome
diferente. Os jamaicanos a chamam de "ganja", enquanto os americanos e mexicanos a conhecem
como "marijuana". Seu princípio ativo, concentrado na resina das folhas e flores superiores,
é o delta-9-tetrahydrocannabinol, conhecido simplesmente como THC. Fumada comumente como cigarro
(*) que contém de 4 a 40 miligramas de THC, a maconha produz efeitos psicológicos e químicos que
lhe são peculiares. Pessoas diferentes estão sujeitas a reações diversas, e a droga pode ser
levemente alucinógena, relaxante, tranquilizante, estimulante do apetite ou intoxicante. Os
efeitos variam na proporção da quantidade fumada, da potência da maconha e das características
da personalidade do usuário. A erva tem muito pouco em comum com o LSD e os verdadeiros
psicodélicos, mas tem muita afinidade com o álcool e outros sedativos, e ainda certa similaridade
com as anfetaminas e outros estimulantes. Na opinião de vários cientistas, a maconha, decididamente
não é um narcótico - o dr. Frederick Meyers a classifica como sedativo-estimulante, enquanto o
dr. Leo Hollister a enquadra como sedativo-ativo-hipnótico-psicodélico.
Um baseado, como também
é conhecido o cigarro de maconha na gíria dos usuários, produz efeitos que começam alguns minutos
depois do consumo da droga, e perduram por um período que vai de 1 a 2 horas. As únicas alterações
físicas causadas pela maconha são: aceleração temporária do batimento cardíaco, com o consequente
aumento da pressão sanguínea, ligeira redução de temperatura, avermelhamento dos olhos e secura da
boca e das vias respiratórias.
Os efeitos psicológicos podem ser de calma e introspectiva euforia ou de aumento de sociabilidade
do usuário, que em alguns casos se engaja em intermináveis discussões sobre assuntos triviais. A
maconha, de modo geral, intensifica a concentração em detalhes ou em determinadas atividades,
embora também possa causar dispersão. A percepção do próprio eu e do mundo exterior é aumentada e,
ao mesmo tempo, distorcida. Profundos pensamentos brotam à mente e o usuário tem a impressão de ter feito
importantes descobertas filosóficas, que geralmente se mostram irrelevantes depois de dissipados
os efeitos da droga.
Os pensamentos acontecem em vários níveis simultâneamente, o que quase
sempre leva à conclusão e à incapacidade de coordenar as idéias. Tudo parece motivo para risos, que
muitas vezes se transformam em crises intermináveis de gargalhadas. Conversações entre drogados
com maconha costumam chegar a um ponto em que todos esquecem o assunto discutido. Esquecimentos são
frequentes, assim como um relaxamento da noção de tempo e de espaço.
Às vezes o usuário da
droga pode experimentar obsessões peculiares que chegam até a um comportamento compulsivo. Muitos
sentem uma obsessão por comida, principalmente doces e frutas, embora qualquer alimento se torne
agradável ao paladar. O sentido da audição é apurado, o que faz com que a música se transforme em outra
obsessão dos usuários da droga. Para alguns, a maconha também produz relaxamento e desinibição que induzem
à prática de sexo, apesar de a droga não ser considerada afrodisíaca. Outros, todavia, experimentam
efeitos contrários, como aumento da ansiedade, da depressão e da paranóia, que podem evoluir para
reações psicóticas e de pânico. Quaisquer que sejam os efeitos, entretanto, eles desaparecem em no
máximo três horas após o consumo da maconha, cujas consequências fisiológicas e psicológicas
são consideradas de menor importância em comparação com outras drogas psicoativas. A maconha produz,
sem dúvida, alterações na percepção e nos reflexos, o que torna seu uso contra-indicado para pessoas
em atividades que exijam grande atenção, como dirigir automóvel, por exemplo.
Não existem casos comprovados de morte por intoxicação de maconha, nem provas definitivas de que ela
cause dano cerebral, esterilidade, impotência ou insanidade. Do ponto de vista farmacológico, a aspirina
é encarada como uma substância capaz de provocar mais problemas que a maconha. Sob o aspecto médico
e social, o álcool e o tabaco são considerados mais perigosos.
Apesar disso, alguns autores consubstanciam a tese de que a maconhha deve permanecer proibida sob
alegação de que seu uso representa o primeiro passo para o consumo de drogas mais nocivas. Os
críticos da erva citam estudos feitos no Oriente Próximo com fumantes de haxixe para provar que
o uso da maconha está associado com a psicose. Outra pesquisas feitas com macacos sugerem que o uso da maconha
pode resultar numa redução de 40 a 50% de nascimentos de filhos saudáveis, resultados esses extrapolados, pelos
adversários da droga, para a espécie humana. Também na área de reprodução afirma-se que o emprego
da droga pode levar a uma redução dos hormônios, principalmente dos espermatozóides. Alega-se
ainda que a maconha causa dano cerebral permanente, envelhecimento precoce do cérebro e um tipo
de letargia mental classificada como uma síndrome de falta de motivação. Os detratores da droga
asseguram que a maconha reduz a resistência do organismo às doenças infecciosas e ao câncer, além
de provocar reações pré-cancerosas nas células pulmonares. De todas essas acusações, a única
realmente comprovada é a de que a fumaça da maconha pode causar problemas ao fumante, já que comtém
grande teor de monóxido de carbono e alcatrão, comparável ao dos mais baratos cigarros sem filtro.
Usuários sofrendo de bronquite ou problemas respiratórios estão sujeitos a um agravamento de seus
males, devido à inalação da fumaça de maconha.
Defensores da maconha, por seu lado, contestam as demais acusações, procurando demonstrar que
a maior parte delas é resultado de interpretação distorcida de dados obtidos através de experiências
que pouco tem a ver com a realidade. Quanto ao argumento de que fumar maconha leva ao consumo de
drogas mais perigosas, estatísticas norte-americanas mostram que, de fato, o número de usuários de
maconha vem diminuindo nos últimos anos, apesar de vários Estados terem descriminalizado a droga.
Neste mesmo período, aumentou assustadoramente a quantidade de viciados em cocaína, os quais pareciam
não consumir maconha.
Com relação aos estudos feitos com fumadores de haxixe do Oriente Próximo, argumenta-se que este
preparado tem potência oito vezes maior que a da maconha, embora ambos sejam extraídos da Cannabis
sativa. Desta forma, conclusões a respeito do uso de haxixe não poderiam ser aplicados a casos
de usuários de maconha. E com relação as experiências realizadas com macacos, sabe-se que os animais
foram alimentados diariamente com THC sintético puro, uma poderosa substância que só é empregada em
laboratórios de pesquisa, não estando, por isso, ao alcance do usuário comum. A quantidade de maconha
aplicada aos macacos equivalia a noventa cigarros diários, consumidos ininterruptamente durante
seis meses. Em outros testes, o THC puro foi ingetado diretamente no estômago dos ratos, uma forma de
consumo de droga sem qualquer paralelo com o uso da maconha comum.
Os estudos que levaram à conclusão de que o emprego frequente da maconha aumenta a probabilidade de
problemas genéticos e de nascimentos defeituosos foram feitos com pessoas que utilizavam não só
a maconha, mas também outras drogas, o que compromete a credibilidade da pesquisa. E cinco outros
estudos realizados sobre essa mesma questão não obtiveram informações que corroborassem com a referida
acusação. Ainda relacionada à área sexual, afirma-se também que a maconha pode levar à esterilidade ou à
impotência entre os homens. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos
Estados Unidos, em 1972, tendo como objetivo um grupo de jamaicanos que haviam fumado uma média de sete
cigarros por dia por mais de dezessete anos, mostrou que depois de duas semanas de abstinência da
droga, os níveis hormonais dessas pessoas estavam no limite mais alto da faixa considerada normal. Quando
os usuários voltaram ao consumo pesado de maconha, estes níveis não diminuíram. Isto sugere que o
emprego intenso da droga pode realmente alterar os níveis hormonais do organismo, embora essas alterações
sejam passageiras e reversíveis. A afirmação de que a droga causa dano cerebral surgiu depois de
um estudo com apenas dez indivíduos, sendo que todos eles eram usuários de outras drogas e alguns
apresentavam evidências de dano cerebral antes de se submeterem à experiência. O estudo realizado
com os jamaicanos serviu também para contradizer a acusação de que maconha reduz a resistência do
corpo ao câncer e às infecções, demonstrando que a incidência de doenças e a taxa de mortalidade
dos usuários não era diferente da dos não-usuários de maconha.
A controvérsia sobre os malefícios da maconha ainda não chegou a conclusões definitivas, embora a
droga seja conhecida e usada há milênios. Registros feitos na China, em 2737 a.C., contam que a
Cannabis sativa era empregada na época em preparados medicinais. A planta é citada até
no Velho Testamento, onde Salomão canta e louva as propriedades da erva, por ele denominada kalamo.
Documentos deixados por Marco Polo revelam que a maconha era cultivada na Ásia e no Oriente Próximo
não apenas por causa de suas fibras, usadas na fabricação de cordas e tecidos, mas também por
suas propriedades psicoativas. Foram os conquistadores espanhóis que trouxeram a Cannabis Sativa
para as Américas, plantando-a no Chile no final do século 16, embora outras fontes assegurem que a
planta já se havia disseminado pelo continente americano muito tempo antes da descoberta do Novo Mundo.
Os colonizadores britânicos que se estabeleceram na América do Norte receberam estímulos do rei
Jaime I para cultivar a erva como forma de conseguirem matéria-prima para a produção de cordas e velas
para os navios da Armada Real. Ainda nos Estados Unidos, o Departamento de Agricultura incentivou a
plantação de maconha durante a Segunda Guerra Mundial também com a finalidade de produzir fibras para a
indústria têxtil.
Intelectuais e escritores europeus do século 19 foram os primeiros a difundir no Ocidente o uso recreativo
da Cannabis sativa. Na década de 20, durante a Lei Seca, algumas cidades americanas assistiram a um
breve surto de consumo de maconha em função da falta de álcool. Em Nova York, por essa época, chegaram
a existir mais de quinhentas "casas de haxixe", que funcionavam como verdadeiros bares, onde em vez
de álcool os frequentadores consumiam a erva. Dez anos mais tarde, a droga era proibida pela lei
americana, enquanto as bebidas alcoólicas voltavam a ser legalizadas.
No Brasil, a Cannabis sativa foi usada originariamente por escravos que já conheciam suas propriedades
antes de serem trazidos da África. Em 1943, o relatório Campanha contra o Uso da Maconha no Norte do
Brasil informava que o uso da planta na região era largamente difundido entre as camadas mais
baixas da população. O documento afirmava que os principais focos de irradiação do vício da maconha estavam
localizados no vale do rio São Francisco e nos Estados do Maranhão, Piauí, Alagoas e Sergipe, apesar de
a droga ter adeptos também na Bahia, em Pernambuco, no Rio de Janeiro e São Paulo. Os anos 60
assistiram a um novo e muito maior surto do consumo da maconha, que se tornou uma das drogas da moda,
primeiramente nos Estados Unidos e na Europa, em seguida no resto do Mundo. Na década seguinte, a
maconha já havia perdido sua característica de droga de hippies para ser habitualmente utilizada
por estudantes, profissionais liberais e muitos outros seguimentos da sociedade. Hoje, algumas estatísticas indicam
que o consumo talvez esteja diminuindo, enquanto outra substância se impõe como a droga da moda: a cocaína.
Mas a Cannabis sativa não pode ser encarada apenas como uma droga recreativa. Ela também
vem sendo empregada com fins terapêuticos há muito tempo: na China, ela foi usada como anestésico
há quase quatro mil anos, e existem evidências de que os antigos egípcios a recomendavam como remédio
para os olhos. O emprego medicinal da maconha também é uma tradição entre povos africanos e asiáticos,
que a recomendavam para aliviar tosses, dores de cabeça e cólicas menstruais. A história registra
que o médico particular da rainha Vitória da Inglaterra concluiu, no século 19, que a maconha, estudada
por ele durante trinta anos, tinha aplicações no tratamento de enxaqueca, insônia senil, depressões, estados epiléticos,
cólicas e ataques de asma. Neste mesmo século, a medicina recomendava a droga para males que iam
da gota à insanidade ou à impotência. Em 1860, a sociedade médica de Ohio, Estados Unidos, divulgou
pesquisas indicando que a maconha era adequada no tratamento de tétano, dores reumáticas, asma, psicoses
pós-parto, convulsões, gonorréia e bronquite crônica. O mesmo documento afirmava que a droga produz
um sono mais natural, sem interferir com a ação dos ógãos internos, sendo dessa forma preferível
aos compostos opiáceos então utilizados para se obter os mesmos efeitos.
Entre os anos de 1839 e 1900, centenas de artigos acadêmicos foram publicados tendo como tema as
aplicações médicas da Cannabis sativa, que era ingrediente principal de diversos remédios
fabricados por laboratórios como Parke-Davies, Squibb e Lilly, vendidos nos Estados Unidos sem qualquer
restrição. A aplicação medicinal da maconha começou a diminuir nas primeiras décadas do século 20,
quando a descoberta da morfina e dos barbituratos resultou no surgimento de drogas novas e mais
potentes. A Cannabis Sativa foi banida da farmacologia a partir de 1942.
Hoje em dia alguns pesquisadores têm confirmado que a maconha pode ter uso potencial em casos de
perda de apetite, anorexia nervosa, ataque cardíaco, enxaqueca, hipertensão, crises hepiléticas e
insônia. Para certos médicos, a droga parece ser relativamente segura, com potencial de toxidade e
vício inferior ao da aspirina. A maconha não provoca tolerância no organismo e nem síndrome de abstinência
quando seu uso é suspenso. Conclui-se também que a maconha funciona como agente antiemético,
controlando as náuseas e vômitos que resultam do tratamento quimioterápico do câncer. No final
da década de 70, cientistas norte-americanos estabeleceram que a droga pode reduzir significativamente
as pressões intra-oculares associadas ao surgimento de glaucoma.
Diante de todas essas informações disponíveis sobre a maconha, alguns autores afirmam que a
perseguição aos usuários da droga pode ser considerada uma espécie de "síndrome de bode expiatório",
fenômeno descrito pelos antropólogos como a seleção, por uma determinada sociedade, de um grupo minoritário
a ser punido pelos vícios de toda uma população, cuja culpa é dessa forma extirpada através do
sacrifício de vítimas simbólicas. Todavia, a proibição da maconha não é uma prática generalizada.
Em alguns países islâmicos, por exemplo, a erva tem o seu consumo permitido, já que o Corão não a proíbe,
ao contrário do álcool, considerado fora da lei.
Alguns Estados norte-americanos, como Oregon, Maine, Nova York, Mississipi, Colorado e Califórnia,
possuem leis que, de uma forma ou de outra, descriminalizam o porte e o consumo da maconha, livrando
o usuário de uma possível prisão. A campanha pela descriminalização total da Cannabis nos Estados
Unidos prossegue, contando com o apoio de entidades tão insuspeitas como a Associação dos Advogados
Americanos, a Associação Americana de Saúde Pública, o Conselho Nacional de Igrejas, a Academia
Americana de Pediatras e a Associação Nacional de Educação, entre outras.
No Brasil, o Conselho Federal de Entorpecentes, sob orientação do advogado Técio Lins e Silva, vem
propondo, desde 1985, uma ampliação do debate para redefinir a atitude oficial sobre a criminalização
da maconha.
Retirado da revista Planeta de julho de 1986.
A História registra períodos nos quais a cannabis foi reprimida.
O Santo Ofício baniu o consumo da maconha e outras ervas medicinais
no século XII. Qualquer pessoa usando a cannabis passou a ser
perseguida por "bruxaria", entre elas Santa Joana D'Arc, acusada em 1430
de usar uma variedade de ervas, incluindo a maconha, para "ouvir vozes".
Mas nenhuma repressão teve abrangência geográfica como a movida contra essa
planta pela civilização contemporânea. Na década de 30, um desconhecido
médico de Sergipe, Alexandre Ferreira, relacionou a maconha à prostituição,
relacionando à erva "a motivação para o comércio intersexual, pois sob seus
efeitos as prostitutas se entregam ao deboche com furor e, sem fregueses
ou parceiros, são capazes de praticar o amor lésbico, para satisfazer
as exigências da droga."
Mas a Ciência não foi a grande responsável pela repressão à maconha, a qual
acabou incluída na Carta das Nações Unidas. Os EUA, país com maior poder de
persuasão quando da criação da ONU, tiveram um papel fundamental.
Até os anos 20, a marijuana era consumida pelas camadas mais pobres da
população, especialmente os negros e latinos. Não representava problema
social. Na década de 20, no entanto, a cadeia de jornais de William Randolph
Hearst começou uma campanha para criminalizar o uso da maconha. Tornaram-se
comuns as manchetes de acidentes de carros nos quais era encontrado um
cigarro de maconha. Hearst também usou a droga para pintar um quadro
mostrando os mexicanos como preguiçosos maconheiros. Tudo porque o governo
mexicano lhe havia confiscado uma propriedade. As publicações do magnata
também afirmavam que os negros que violentavam brancas o faziam sob efeito
da cannabis. Reportagens retratavam negros e chicanos como bestas
enlouquecidas sob a influência da maconha, que tocavam uma "música satânica"
(jazz).
Isso levou o Departamento do Tesouro americano a instituir um proibitivo
"imposto da marijuana" em 1938 e o Congresso começou as audiências para
passar uma lei proibindo o consumo. Em 1948, membros do comitê do Congresso
que examinava as atividades comunistas nos EUA alegaram que a maconha
deixava seus usuários pacíficos - e pacifistas! -, e que os soviéticos
poderiam usar a erva para tirar a vontade de lutar dos americanos,
tornando o país uma nação de zumbis. Logo, quase todos os países do mundo
adotaram legislação repressiva à cannabis. Finalmente, por iniciativa
dos EUA, da Venezuela, do Brasil e de Gana, a maconha entrou na
Carta de Princípios da ONU como um inimigo a ser combatido e debelado e seu
consumo vedado nos países signatários e membros da organização.
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