Normalmente, espera-se que os alunos sejam criativos em suas atividades. E os professores?
Não deveriam exercitar também essa criatividade em sua forma de ministrar aulas?
Cada aula deve ser esquematizada e preparada. Mas, por ser um processo dinâmico poderão ocorrer mudanças, dependendo da resposta e questionamento dos alunos quanto ao tema abordado, evidenciando, neste momento, a criatividade do professor.
Na teoria da aprendizagem construtivista, onde o aluno aprende a partir de fatos concretos e reais, o professor é o intermediador, o facilitador desta nova maneira de pensar e agir dos alunos e, ao mesmo tempo, incentivador das aptidões e autocon-fiança dos mesmos. Os professores das escolas primárias, em geral, acabam por ser os mais criativos, por trabalharem com qualquer material dentro de sala de aula.
A estratégia pedagógica é o ponto de encontro entre as políticas educacionais e a criatividade individual, ou seja, o professor deve estar “sintonizado culturalmente” com o aluno, estar atento à sua realidade, região, preferências, “seu mundo”. A linguagem gestual do professor não pode ser esquecida e deve ser coerente com o contexto da aula, inserida dentro de uma perspectiva histórica progressista.
O ensino criativo tem como característica a imaginação, ou seja, a capacidade de adaptabilidade e prontidão para a improvisação e experimentação, onde estão associados os aspectos cognitivos, sociais, culturais e emocionais.
É comum afirmarmos que pessoas criativas são independentes, curiosas, determinadas, cautelosas, intro-vertidas, flexíveis e adaptáveis. Alguns fatores, porém, favorecem aos professores para que trabalhem de forma conservadora, sem encorajar a criativi-dade, tais como a exigência em controlar grupos e não indivíduos; especialização numa disciplina e fatores de “status” e carreira.
Precisamos de professores criativos, já!