Índice
Index
Introdução
A História da Pesquisa
Das Populações Pré-históricas
da Ilha de Santa Catarina
Terminologias e Convenções para
o Estudo da Arte Rupestre
As Possibilidades de Estudo do Material Rupestre
Análise Comparativa
Descrição do Material Rupestre da
Ilha de Santa Catarina
Análise e Documentação
Os Sítios de Arte Rupestre
Considerações Finais
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Esta pesquisa começou a ser desenvolvida em abril de 1993, onde tirei as minhas primeiras fotos de arte rupestre e levantei todo o material bibliográfico que tive acesso sobre as populações pré-históricas da Ilha para melhor compreender o contexto em que esta arte rupestre estava inserida. A partir de 1994, comecei o trabalho de coleta de dados de forma sistemática, anotando toda a informação possível em fichas de campo. A pesquisa tomou um grande impulso em 1996, quando obtive a coorientação de Andrea Arcà, especialista em arqueologia rupestre da Cooperativa Arqueológica Footsteps of Man. Tive problemas financeiros que retardaram de forma considerável o desenvolvimento da pesquisa. Não consegui qualquer forma de recurso, tendo que arcar com todas as despesas, que abrangeu desde a revelação das fotografias, despesa com embarcações para as Ilhas adjacentes, até à compra dos plásticos para relevo de contato. A pré-história da Ilha de Santa Catarina foi pouco pesquisada, permanecendo grande parte dos sítios, dos que ainda restam, sem o devido estudo. Em virtude disso, torna-se extremamente difícil reconstituir o modo de vida destas culturas. Quando se refere a caçadores e coletores, felizmente ainda tem as diversas pesquisas realizadas por João Alfredo Rohr, nos sítios do Pântano do Sul, Armação do Sul, Praia Grande, Rio Tavares e Ressacada, juntamente com o sítio de Ponta das Almas pesquisado por Anamaria Beck. Relativo a tradição Itararé, tem os sítios da Base Aérea e Tapera, escavados por Rohr, e o sítio do Rio Lessa escavado por Beck. Com relação aos Carijós, a situação fica mais crítica, onde só consta a pesquisa realizada por Walter Piazza em parte do sítio do Rio Tavares, e o estudo das reocupações guarani nos sítios da Base Aérea e Tapera. Desejo profundamente que pesquisas e escavações
sejam incentivadas, pois caso contrário a depredação
dos sítios arqueológicos conduzirá à perda
definitiva do muito que falta para ser descoberto e compreendido em relação
às populações pré-coloniais do litoral de Santa
Catarina
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