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O Povo Celta
[Expansão Celta|Arte Céltica|
Línguas Célticas]
Os celtas provavelmente se originaram na região sudoeste da Alemanha, leste do Reno,
no fim do período do Bronze I (2.500 a 1.900 a.C.)
Espalhou por grande parte da Europa entre os séculos VI a.C. ao século I a.C., atingindo o
maior poderio do século VI a.C. ao século III a.C. Não são conhecidos documentos da literatura
céltica, mas fontes irlandesas e galesas posteriores revelam muito da sociedade e do mundo
de vida dos celtas. Povo fundamentalmente agrícola, com artesanato desenvolvido, em alguns
lugares se dedicava à fundição de ferro e agrupava-se em pequenas povoações. Sua unidade
social, baseada no parentesco, era dividida entre uma nobreza guerreira e uma classe de
agricultores. Da nobreza, recrutavam-se os sacerdotes e os Druidas, que ficavam acima de
todos. A arte céltica mistura figuras humanas estilizadas com desenhos abstratos de arabescos
e espirais. A influência linguística celta permanece no gaélico (Irlanda, Escócia e ilha de Man)
e no galês. A influência dos celtas declinou durante o século I a.C. devido à expanção do
Império Romano e às incursões de povos germânicos.
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A Expansão Celta
A expansão celta atingiu o clímax no século III a.C. Não se sabe com certeza nem as
causas nem os métodos de suas andanças. Supõe-se que partiam em levas sucessivas,
cada qual numa direção em busca de terra para habitar.
O avanço dos celtas atingiu seus limites máximos no século III a.C. Após esta data,
enfraquecem. Seus vizinhos contêm os celtas gálatas na Ásia Menor e, antes mesmo da
intervenção romana, a monarquia de Pérgamo estabeleceu sobre eles uma espécie de
protetorado. Os citas, os getas e os dácios empurraram os celtas para a atual Hungria. No
Mediterrâneo, os romanos, após a vitória de Tálamon em 225 a.C., empreenderam a conquista
e depois a colonização da Gália Cisalpina; puseram fim à independência dos celtiberos, cujo
último reduto, Numância, sucumbiu em 113 a.C. Finalmente, sob o comando de Júlio César,
derrotaram definitivamente os gauleses transalpinos em 51 a.C., comandados por Vercingétorix.
O Imperador Augusto anexou ainda a Gálácia (25 a.C.) e submeteu as tribos alpinas e do
Danúbio. Os bretões que, por sua vez, se encontravam estabelecidos nas ilhas Britânicas só
foram conquistados por Roma no correr do I século d.C.
Esse foi, pois, o fim dos celtas antigos que, embora tivessem tantas terras em seu poder,
nunca chegaram a constituir um império com unidade política.
No século I a.C. todos os seus domínios - exceto a Irlanda e a Escócia - estavam
submetidos a Roma.
Apesar de tudo, coube aos celtas o importante papel de difundir em diversas regiões a
cultura de Hallstatt (aproximadamente 1.000 a 600 a.C.), primeira cultura metalúrgica, hábil na
construção de novas e terríveis armas de ferro (espada, punhais, lanças). Por volta de 500 a.C.,
mais para o ocidente se desenvolvia e difundia a cultura de La Tène, considerada,
metarlurgia mais elaborada e refinada. Mas as suas armas eram muito grandes e pesadas,
e os celtas não combatiam em formação militar. Isso talvez explique o fato de terem sido
vencidos, com relativa facilidade, pelas legiões romanas, mais disciplinadas e portadoras de
armas mais leves e manejáveis. Além disso, os soldados gauleses não usavam elmos nem
armaduras, proteções conferidas unicamente aos chefes.
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A Arte Céltica
A arte céltica é uma das mais ricas manifestações da chamada "arte bárbara". Os celtas
desenvolveram em metal (ouro, bronze e prata), em função de três finalidades: a militar, a
doméstica e a do adorno pessoal. Embora predominasse o uso do metal, não se excluíram a
cerâmica, a pedra, o marfim, o osso, o vidro, o coral (depois substituído pelo esmalte) e o
âmbar. Estilizaram animais e plantas, criando esculturas com motivos fantásticos.
Essencialmente decorativa, sem procurar imitar nem idealizar o real, sua arte caracterizou-se
por tendências geométricas e simétricas.
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Línguas Célticas
Línguas Célticas, importante subdivisão das línguas indo-européias. Há dois ramos
principais: o celta continental representado pelo gaulês, que se falou na Europa Central e na
Ásia Menor antes da Era Cristã; e o insular que deu origem às modernas línguas célticas. Este
último se dividiu em dois: gaélico (a que pertencem o irlandês, o escocês e o manquês); e o
britânico (bretão, galês e córnico).
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Bibliografia:
1. "Joana D'Arc" de Léon Denis - Editora: FEB
2. Grande Dicionário Enciclopédico Escolar - Editora: Nova Cultural
3. Novo Conhecer - Editora: Abril Cultural
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