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LEIS DE TRÍADES
Leis das Almas
O princípio espiritual que nos anima precisa descer a matéria (encarnação) para se
individualizar, para constituir e depois desenvolver, por um moroso trabalho secular, suas
faculdades latentes e o eu consciente. De degrau em degrau, esse princípio engendra para
si organismos apropriados às necessidades de sua evolução, formas perecíveis que
abandona ao cabo de cada existência (morte física), como trajo usado, para buscar outras
mais belas, melhor adaptadas às exigências de suas tarefas, cuja importância cresce de uma
para outra.
Enquanto lhe dura a ascensão, ele se mantém solidário com o meio em que ocupa, preso
aos seus semelhantes por secretas afinidades, concorrendo para o progresso de todos, ao
mesmo tempo que para o seu próprio progresso, todos trabalham.
Passa de vida em vida, pelo crisol da humanidade, sempre mais amplo, sempre diversos,
a fim de adquirir virtudes, conhecimentos, novas qualidades. Quando auferiu de um modo tudo
o que lhe ele podia dar em ciência e em sabedoria, eleva-se ao convívio de melhores
sociedades (mundos mais elevados), a esferas mais bem aquinhoadas, arrastando consigo
todos aqueles a quem ama.
Tais são os princípios básicos da filosofia druídica:
Em primeira linha, a unidade de Deus. O Deus dos Celtas tinha por templo o infinito dos
espaços, ou as guaridas misteriosas dos grandes bosques e era, acima de tudo, força, vida,
amor. Os mundos que marchetam as regiões etéreas são as estações das almas, na ascensão
para o bem, através de vidas sempre renascentes, vidas cada vez mais belas e felizes,
segundo os méritos adquiridos. Íntima comunhão une os vivos da Terra aos defuntos invisíveis,
mas presentes. Este preceito enriquece o espírito de superiores noções sobre o progresso e
a liberdade. Graças a ele, o Celta introduziu no mundo o gosto pelo ideal, coisa que jamais
conheceu o Romano, amante das realidades positivas. O Celta é inclinado às noções nobres
e generosas. Da guerra, aprecia a glória, não o proveito. Pratica a abnegação, despreza o
medo, desafia a morte.
Obs: Parênteses são meus
Extraído do livro "Joana D'Arc"
de Léon Denis
Editora: FEB
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