RESUMO DA HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO

À LUZ DO ESPIRITISMO

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Yuzo Nakamura

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Belém - Pará- Brasil

[ I-A Gênese Planetária | II-A Vida Organizada | III-As Raças Adâmicas | IV- A Civilização Egípcia |

III - As Raças Adâmicas

O Sistema de Capela

O Sistema de Capela é uma grande estrela da Constelação do Cocheiro, denominada de Cabra ou Capela. Magnífico sol entre os astros que nos são mais vizinhos, ela na sua trajeória pelo Infinito, fez-se acompanhar, igualmente, da sua família de mundos, cantando as glórias divinas do Ilunminado. A sua luz gasta cerca de 42 anos para chegar à face da Terra.

Quase todos os mundos que lhe são dependentes já se purificaram física e moralmente, examinadas as condições de atraso moral da Terra, onde o homem se reconforta com as vísceras dos seus irmãos inferiores, como nas eras pré-históricas de sua existência, marcham uns contra os outros, desconhecendo os mais ínfimos princípios de fraternidade e pouco realizando em favor da extinção do egoísmo, da vaidade, do seu orgulho.

Um Mundo Em Transição

Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos, deliberaram, então, encaminhar aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.

Espíritos Exilados na Terra

Foi assim que Jesus recebeu, à luz do seu reino de amor e de justiça, aquela turba de seres sofredores e infelizes.

Com a sua palavra sábia e compassiva, exortou essas almas desventuradas à edificação da consciência pelo cumprimento dos deveres de solidariedade e de amor, no esforço regenerador de si mesmas. Mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na Terra, envolvendo-as no halo bendito da sua misericórdia e da sua caridade sem limites.

Aqueles seres deixavam atrás de si todo um mundo evoluído e foram exilados, andariam desprezados na noite de milênios da saudade e da amargura; reencarnariam no seio das raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso perdido nos firmamentos distantes.

Origem das Raças Brancas

Com essas entidades exiladas, nasceram no orbe os ascendentes das raças brancas.

Em sua maioria, estabeleceram-se na Ásia, de onde atravessaram o istmo de Suez para a África, na região do Egito, encaminhando-se igualmente para a longínqua Atlântida, de que várias regiões da América guardam assinalados vestígios.

Grande percentagem daqueles espíritos rebeldes, com muitas excessões, só puderam voltar ao país da luz e da verdade depois de muitos séculos de sofrimentos expiatórios; outros, porém, infelizes e retógrados, permanecem ainda na Terra, nos dias que correm, contrariando a regra geral, em virtude dos seus elevados débitos clamorosos.

Quatro Grandes Povos

As raças adâmicas guardavam vaga lembrança da sua situação pregressa, tecendo o hino sagrado das reminiscências.

As tradições do paraíso perdido passaram de gerações a gerações, até que ficassem arquivadas nas páginas da Bíblia.

Aqueles seres decaídos e degradados, à maneira de suas vidas passadas no mundo distante de Capela, com o transcurso dos anos reuniram-se em quatro grandes grupos que se fixaram depois nos povos mais antigos, obedecendo às afinidades sentimentais e lingüísticas que os associavam na constelação do Cocheiro. Unidos, novamente, na esteira do Tempo, formaram desse modo o grupo dos árias, a civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da Índia.

Dos árias descende a maioria dos povos brancos da família indo-européia; nessa descendência, porém, é necessário incluir os latinos, os celtas e os gregos, além dos germanos e dos eslavos.

As quatro grandes massas de degredados formaram os pródromos de toda a organização das civilizações futuras, introduzindo os mais largos benefícios no seio da raça amarela e da raça negra, que já existiam.

As promessas do Cristo

Tendo ouvido a palavra do Divino Mestre antes de se estabelecerem no mundo, as raças adâmicas, nos seus grupos insulados, guardaram a reminiscência das promessas do Cristo, que, por sua vez, as fortaleceu no seio das massas, enviando-lhes periodicamente os seus missionários e mensageiros.

Eis por que as epopéias do Evangelho foram previstas e cantadas alguns milênios antes da vinda do Sublime Emissário.

Os enviados do Infinito falaram na China milenária, da celeste figura do Salvador, muitos séculos antes do advento de Jesus. Os iniciados do Egito esperavam-no com as suas profecias. Na Pérsia, idealizaram a sua trajetória, antevendo-lhe os passos nos caminhos do porvir; na Índia védica, era conhecida quase toda a história evangélica, que o sol dos milênios futuros iluminaria na região escabrosa da Palestina, e o povo de Israel, durante muitos séculos, cantou-lhe as glórias divinas, na exaltação do amor e da resignação, da piedade e do martírio, através da palavra de seus profetas mais eminentes.

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IV - Civilização Egípcia

Os Egípcios

Dentre os Espíritos degredados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacavam na prática do Bem e no culto da Verdade.

Aliás, importa considerar que eram eles os que menos débitos possuíam perante o tribunal da Justiça Divina. Em razão dos seus elevados patrimônios morais, guardaram no íntimo uma lembrança mais viva das experiências de sua pátria distante. Um único desejo os animava, que era trabalhar devotadamente para regressar, um dia, aos seus penates resplandecentes. Uma saudade torturante do céu foi a base de todas as suas organizações religiosas. Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Em todos os corações morava a ansiedade de voltar ao orbe distante, ao qual se sentiam presos pelos mais santos afetos. Foi por esse motivo que, representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do antigo Egito desapareceram para sempre do plano tangível do planeta. Depois de perpetuarem nas Pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral.

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Resumo do livro: A Caminho da Luz (Emmanuel),
psicografado pelo médium Francisco C. Xavier em 1938.

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Yuzo Nakamura
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