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Movimento Espírita no Brasil
Os primeiros fenômenos de Hydesville, na América do Norte, em 1848, não passaram
despercebidos aqui no Brasil. A febre de experimentações que se lhes seguiu, nas grandes
cidades européias, incendiou, igualmente, no Rio de Janeiro, alguns cérebros mais destacados
no meio social. Em 1853, a cidade já possuía um pequeno grupo de estudiosos, entre os quais
se podia notar a presença do Marquês de Olinda e do Visconde de Uberaba. Em Salvador,
esses núcleos de experimentação também existiam, em idênticas circunstâncias. Em 1860
surgem as primeiras publicações espiritistas. Em 1865, o Dr. Luís Olímpio Teles de Menezes,
com alguns colegas, replicava pelo "Diário da Bahia" a um artigo algo irônico de um cientista
francês, desfavorável ao Espiritismo, publicado na Gazette Médicale e transcrito no jornal
referido. As publicações brasileiras não passaram despercebidas ao próprio Allan Kardec,
que delas teve conhecimento, com a mais justa satisfação íntima.
A doutrina seguia marcha vitoriosa, através de todos os ambientes cultos da Europa e da
América, quando o grande codificador se desprendeu dos laços que o retinham à vida
material, em 1869. Justamente nesse ano surgira o primeiro periódico espírita brasileiro -
"O Eco de Além-Túmulo". Para amenizar a instabilidade, a Espiritualidade Maior, utilizando o
pseudônimo de Confúcio, sugeriram aos espiritistas brasileiros a necessidade de criar , no Rio,
um núcleo central das atividades, que ficasse como o órgão orientador de todos os
movimentos da doutrina no Brasil. Assim, em 1873 fundava-se, com estatutos impressos e
demais formalidades exigidas, o "Grupo Confúcio", que constituiria a base fundamental do
movimento. Por esse grupo passaram, na época, todos os simpatizantes da doutrina e, se
efêmera foi a sua existência como sociedade organizada, memoráveis foram os seus
trabalhos. As lutas dos humildes pioneiros na sociedade árida e hostil da época eram enormes,
sobretudo, contra as ondas reacionárias das trevas do mundo invisível, para levantarem bem
alto a bandeira de Ismael, como manancial de luz para todos os espíritos e de conforto para
todos os corações. As entidades da sombra trouxeram a obra ingrata da oposição ao
trabalho produtivo da edificação evangélica no Brasil. Bem sabemos que , assim como Aquiles
possuía um ponto vulnerável no seu calcanhar, o homem em si, pela sua vaidade e fraqueza,
também tem um ponto vulnerável em todos caminhos da sua personalidade espiritual, e os
seres das trevas, se não conseguiram vencer totalmente os trabalhadores, conseguiram
desuni-los no plano dos seus serviços à grande causa. O "Grupo Confúcio" teve uma
existência de três anos rápidos. Em 1876 fundavam sobre ele, a "Sociedade de Estudos
Espíritas Deus Cristo e Caridade", sob a direção esclarecida de Francisco Leite de Bittencourt
Sampaio, grande discípulo de Ismael, emissário de Jesus, que, juntamente com Bezerra de
Menezes, tivera a sua tarefa previamente determinada no Alto. Porém, devido a nova
discórdia, reorganizam-se para fundarem a "Sociedade Espírita Fraternidade". Em 1883,
Augusto Elias da Silva, na sua posição humilde, lançava o "Reformador". Apesar do seu
abnegado esforço, Elias da Silva e seus companheiros, solicita ajuda de Bezerra de Menezes,
obedecendo a orientação dos mentores espirituais.
Bezerra de Menezes traz consigo a palma da harmonia , serenando todos os conflitos.
Estabelece a pludência e a discrição entre os temperamentos mais veementes e combativos.
A obra de Ismael, no que se referia às luzes sublimes do Consolador, estava
definitivamente instalada na Pátria do Cruzeiro, apesar da precariedade do concurso dos
homens. As divergências foram atenuadas, para que a tranqüilidade voltasse a todos os
centros de experimentação e de estudo. Os operários espalhavam-se pelo Rio, cada qual
com a sua ferramenta, dentro do grande plano da unificação e da paz, nos ambientes da
doutrina, plano esse que eles conseguiram relativamente realizar, mais tarde, organizando o
aparelho central de suas diretrizes, que se consolidaria com uma Federação.
A Federação Espírita Brasileira, fundada desde o ano de 1884, por Elias da Silva, Manuel
Fernandes Figueira, Pinheiro Guedes e outros companheiros do ideal espiritualista, no Rio de
Janeiro, somente foi efetivada como Federativa em 1889 com Adolfo Bezerra de Menezes
no cargo de presidente; conseguindo reunir as principais forças como Sayão e Bittencurt
Sampaio do Grupo Ismael que igualmente funcionava desde 1885 .
Composição baseado no livro "Brasil Coração do
Mundo Pátria do Evangelho"
Pelo Espírito Humberto de Campos
Psicografado pelo Francisco C. Xavier
Editora FEB
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