Melhor resultado com resolução de 800x600 pixels
Email: naka@ufpa.br
ou Yuzo Nakamura
Rua dos Timbiras, 1977
Cep: 66040-470
Belém - Pará - Brasil
|
Movimento Espírita no Mundo
[ Resumo biográfico de Allan Kardec]
Por volta de 1848, a atenção foi chamada, nos Estados Unidos da América, sobre
diversos fenômenos estranhos, consistentes em ruídos , pancadas e movimento de objetos
sem causa conhecida. Esses fenômenos, freqüentemente, ocorriam espontaneamente, com
uma intensidade e uma persistência de certas pessoas, que se designou sob o nome de
médiuns e que podiam, de alguma sorte, provocá-los à vontade, o que permite
repetir as experiências. Serviu-se, sobretudo, para isso de mesas; não que esse objeto seja
mais favorável do que um outro, mas unicamente porque é o móvel mais cômodo, e que se
senta, mais facilmente e mais naturalmente, ao redor de uma mesa que ao redor de qualquer
outro móvel. Obteve-se, dessa maneira, a rotação da mesa, depois movimentos em todos os
sentidos, sobressaltos, tombamentos, erguimentos, pancadas com violência, etc. É o fenômeno
que foi designado no princípio, sob o nome de mesas girantes ou dança das mesas.
Até aí o fenômeno podia perfeitamente se explicar por uma corrente elétrica ou magnética,
ou pela ação de um fluido desconhecido, e essa foi mesmo a opinião que se formou a respeito.
Mas não tardou a se reconhecer, nesses fenômenos, efeitos inteligentes; assim, o movimento
obedecia à vontade; a mesa se dirigia à direita ou à esquerda para uma pessoa designada, e
se dirigia ao comando, sobre um ou dois pés, batendo o número de pancadas pedidas, batia o
compasso, etc. Desde então ficou evidente que a causa não era puramente física, e segundo
esse axioma que: se todo efeito tem uma causa, todo o efeito inteligente deve ter uma causa
inteligente, concluiu-se que a causa desse fenômeno deveria ser uma inteligência.
O professor Hypolite Leon Denizard Rivail, convidado pelo seu amigo, assistiu a uma
desas reuniões e nele entreviu o princípio de novas leis naturais; as que regem as
relaçõesdo mundo visível e do mundo invisível; após muito estudo de anotações das seções,
reconheceu uma das forças da Natureza, cujo conhecimento deveria lançar luz sobre uma
multidão de problemas reputados insolúveis, e compreendeu-lhe a importância do ponto de
vista religioso.
O primeiro fruto de árdua tarefa de observações, análise e sistematização dos
conhecimentos obtidos pelos invisíveis instrutores foi "O Livro dos Espíritos" para a parte
filosófica, cuja a primeira edição datada em 18 de abril de 1857; seguida pelo "Livro dos
Médiuns" (abril de 1861) pela parte experimental e científica, ambas em forma de perguntas e
respostas.
Do aparecimento de O Livro dos Espíritos data a verdadeira fundação do Espiritismo, que,
até então, não possuía senão elementos esparsos sem coordenação, e cuja importância não
pudera ser compreendida por todo o mundo; a partir desse momento, também, a doutrina fixa
atenção dos homens sérios e toma um desenvolvimento rápido. Em poucos anos, essas idéias
acharam numerosos adeptos em todas as classes da sociedade e em todos os países. Esse
sucesso, sem precedente, liga-se sem dúvida às simpatias que essas idéias encontraram, mas
deveu-se também, em grande parte, à clareza, que é um dos caracteres distintivos dos escritos
de Allan Kardec, pseudônimo adotado pelo professor, ao publicar os
seus trabalhos, pela sugestão do guia espiritual, posteriormente esclarecido como sendo o
nome adotado na vida passada como eminente chefe dos druidas.
Abstendo-se de fórmulas abstratas da metafísica, o autor soube se fazer ler sem fadiga,
condição essencial para a vulgarização de uma idéia. Sobre todos os pontos controvertidos,
sua argumentação, de uma lógica fechada, ofereceu pouca disputa à refutação e predispôs
à convicção. As provas materiais que o Espiritismo dá da existência da alma e da vida futura
tendem à destruição das idéias materialistas e panteístas. Um dos princípios mais fecundos
dessa doutrina, e que decorre do precedente, é o da pluralidade das existências, já entrevisto
por uma multidão de filósofos, antigos e modernos, e nestes últimos tempos por Jean
Reynaud, Charles Fourier, Eugène Sue e outros; mas permaneceram no estado de hipótese
e de sistema, ao passo que o Espiritismo demonstra-lhe a realidade e prova que é um dos
atributos essenciais da Humanidade. Desse princípio decorre a solução de todas as anomalias
aparentes da vida humana, de todas as desigualdades intelectuais, morais e sociais; o homem
sabe, assim, de onde veio, para onde vai, e por que fim está sobre a Terra, e porque sofre.
Composição baseada no livro "Obras Póstumas"
Biografia de Allan Kardec - editora IDE
Início
RESUMO DA VIDA E
OBRA DE ALLAN KARDEC
Allan Kardec, pseudônimo do professor Hypolite Leon Denizard Rivail,
nasceu em 3 de outubro de 1804, na cidade de Lyon, França, educado,
desde pequeno, dentro dos principios católicos.
Lyon era a cidade dos mártires onde, nos primeiros tempos do cristianismo,
muitos heróis da fé foram sacrificados pelos impiedosos romanos. Hypolite parecia
mergulhar seus olhos calmos num passado distante, e contemplar em espirito os
mártires de outrora, testemunhas do seu querido Jesus.
Desde cedo, Hypolite teve seu interesse voltado para a Filosofia e
para as Ciências. Estudou com grandes mestres como Pestalosi, de quem
recebeu fundamentais e marcantes ensinamentos durante oito anos.
Em 1824, Denizard lança seu primeiro livro: um curso de aritmética
para as crianças, segundo Pestalosi, mas com modificações.
e depois em Paris seu segundo livro:
"Plano de uma Escola Graduada", segundo o método de Pestalosi.
Seu grande ideal, porém, era montar um instituto igual ao de Verdum,
ideal que consegue timidamente iniciar com a ajuda de um tio, dando
origem então ao Instituto Técnico Rivail.
Em 1828, não tendo ainda 25 anos completos, publicou um plano para a
melhoria da Educação Pública no qual propos a criação de uma escola
teórica e prática de Pedagogia, inexistente na França.
Em 1831, publicou mais três trabalhos que firmaram seu nome na área da
Pedagogia, dentre eles uma Gramática Francesa Clássica,cujas páginas
revelam um profundo conhecimento linguístico. Nesse mesmo ano, conheceu
aquela que seria a sua companheira: a professora, pintora e
escritora Amellie Gabrielle Boudet, 9 anos mais velha que Hypolite.
Casaram-se no 6 de fevereiro de 1832 e nunca tiveram filhos.
Aos 50 anos, dono de uma cultura enciclopédica, membro de diversas
instituições, destacando-se a Real Academia de Ciências Naturais da
França, Hypolite, que desde os 19 anos interessava-se por estudar o
magnetismo, comeca a interessar-se pelos fenômenos das mesas-girantes e,
em maio de 1855, passa a observá-los e a estudá-los mais atentamente,
assim como os fenômenos das cestas perpassadas por lápis, dos quais
obtinha sempre respostas precisas, profundas e lógicas.
Em fins de 1856, os originais de "O Livro dos Espíritos" ficaram
concluídos, sendo a revisão feita pelos próprios Espíritos que se
valeram de diversos médiuns. Pronta a obra, faltava agora o nome do
responsável, e Hypolite, em vez de usar seu próprio nome, assinou com o
pseudônimo de Allan Kardec, nome que ficou sabendo, por meio de um
Espírito amigo, ter-lhe pertencido em uma encarnação passada, quando
fora um sacerdote gaules, um druida. Assim, em
18 de abril de 1857, é publicado "O Livro dos Espiritos", cumprindo-se então
a promessa de Jesus de enviar o "Consolador". Esse livro, revelando e
esclarecendo racionalmente o "Mundo dos Espíritos", as leis morais que nos
regem, ao mesmo tempo que oferece esperança e consolações, inaugurou em
nosso planeta a Era do Espírito. Nele se encontram todos os princípios da
verdadeira doutrina do Cristo.
Mas a missão não estava terminada, e o próprio "Espírito de Verdade"
(seu mentor espiritual) havia dito a Kardec que o trabalho assumiria
proporções que ele então estava longe de perceber. Nesse sentido, foi
lançada, em 1º de janeiro de 1858, a "Revista Espírita", que se tornou o
complemento indispensável das obras da codificação. Ainda em 1858,
fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que orientaria
o movimento espírita, não apenas na França, mas em todo o mundo.
O ano de 1861, assinala três fatos históricos:
1 - Kardec lança, em 15 de janeiro, "O Livro dos Médiuns", que trata do aspecto cientifico do
Espiritismo, colocando ao alcance da humanidade os meios de comunicação com os
espíritos;
2 - Em companhia de sua esposa, Kardec visita 20 cidades, presidindo 50 reuniões em 7
semanas;
3 - São queimados, em Barcelona, em local público, onde os condenados eram executados,
300 exemplares de "O Livro dos Espíritos" por ordem do bispo da cidade que queria restaurar
a Inquisição na Espanha.
Diante desse último fato, Allan Kardec, pela Revista Espírita que já tinha assinantes em
quase todo o mundo, proclamou: "- Espíritas de todos os países!
Não esqueçais a data de 9 de outubro de 1861. Será marcada nos anais do Espiritismo.
Que ela seja para vós um dia de festa e Não de luta, porque é o penhor de vosso próximo
triunfo."
Em abril de 1864, é oferecido a humanidade "O Evangelho segundo o Espiritismo", que
com o seu lema "FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO", deixa evidente que a moral
pregada pela Doutrina Espírita é a do Cristo.
Em 1865, lança "O Céu e o Inferno", e em 1868, "A Gênese".
Segundo Kardec, O Espiritismo é teórico-experimental, evolucionista e impessoal,
pertence aos Espíritos; apoia-se no triplice Ciência-Filosofia-Religião.
Ciência, por ter um conjunto de verdades, logicamente encadeadas entre si, metódica e
sistematicamente;
Filosofia, porque esta significa amor a sabedoria, o que proporciona auto-reflexão sobre
o comportamento e aspiração a uma concepção racional da vida e do Universo;
Religião, porque esta traduz o esforço da Humanidade para se comunicar com a sua
essência eterna e infinita, sentimento divino que clareia o caminho das almas.
Isto caracteriza o Espiritismo, o Consolador prometido por Jesus.
A Doutrina trata de Deus, da criação do Universo, das existências das vidas dos
Espíritos, da Constituição Divina, das esperanças, da consolação e da fé que, segundo
Kardec, só é inabalável se puder encarar a razão face-a-face, em todas as épocas da
Humanidade. Fé, a qual uma base se faz necessária: a inteligência perfeita daquilo em que se
tem de crer; e para crer, não basta ver, é preciso, sobretudo, compreender.
A fé cega não tem mais sentido de ser, nestes novos tempos, pois ela se contrapõe
terminantemente a dois dos bens mais preciosos do homem: o raciocínio e o livre arbítrio.
(Composição baseada no texto de Eduardo Paes, Rio de Janeiro - RJ)
Início
Escreva-me
naka@ufpa.br
Yuzo Nakamura
Rua dos Timbiras, 1977 CEP 66040-470
Belém - Pará - Brasil
Home Page
Page Anterior
Próxima Page
|