Fóruns de Discussão
Assunto: Reserva
de vagas para alunos de escolas públicas
Colegas,
Recebi um texto em uma mensagem de um amigo.
Ele, por si só, já dá pano para muitas discussões.
Proponho iniciarmos por uma que me chamou muito a
atenção. Semana passada vi em um Jornal da TV a notícia
que a Profa. em questão tenta discutir, fiquei meio
indignado mas depois acho que esqueci. Apesar de ter
o mesmo sentimento que ela, a respeito da medida que
reserva vagas para os estudantes de escolas públicas,
me salta aos olhos a necessidade de discutirmos que
papel vamos assumir como profissionais daqui por
diante. Onde é que nos encaixamos? Para que aprovar
ou reprovar um aluno? Será que vamos continuar
detendo esse 'poder'? Pra que ele serve? Qual o papel
de um professor que forma professores? Que tipos de ações
nós, uma ONG, estamos iniciando para mudar essa
situação?
Ítalo Modesto Dutra
(imdutra@zaz.com.br)
20/09/1999
Italo!
É
parece que todos estão preocupados com os alunos,
seu nível, o que aprendem e, principalmente. como
avalia-los. Acho que seria mais importante fazremos
reflexões sobre como estamos "ensinado".
De novo é mais fácil colocar a culpa no governo,
nos alunos etc...- E nós, o que estamos fazendo?
Estamos ouvindo nossos alunos e oportunizando
aprendizagens condizentes com as realidades em
que estão inseridos? E as mudanças no Ensino Médio....
Na teoria são muito interessantes. Veja o que propoêm
o ministro na Folha de São Paulo da última 5ªfeira
dia 16 de setembro. Ele coloca o que cada área de
conhecimenro deveria trabalhar, no sentido de estar
realmente preparando o aluno. E nos continuamos a
ensinar coisas descoladas do contexto em que vivem e
portanto sem sentido. Até quando? Temos que achar
formas de intervenção mais significativas nos
diferentes lugares onde atuamos. Precisamos pensar em
nosso papel. Concordo contigo!
Ligia
Beatriz Goulart (goulart@compujob.com.br)
20/09/1999
caro ïtalo:
achei
espetacular a mudança da página, ficou supermoderna,
estas te saindo um grande webmaster: sempre mudando.
Ontem entrei na nossa página pelo Altavista. Com,
quanto ao texto algumas coisas me surgem. Em primeiro
lugar, não acho que a escola privada tenha, hoje em
dia, muitas qualidades. Do ponto de vista da inovação,
acho que sào muito tradicionais, na maior parte das
vezes não permitem que o professor pense no que está
fazendo, dá pouquíssimo espaço para a troca e
formação do professor: nào cosntitui comunidades
críticas. Acho que "professor que não pensa"tem
poucas chances de privilegiar alunos que pensem, então
entram todos no jogo da reprodução. Passam mais no
vestibular, mas hoje existem muitas universaidades
privadas para as quais poder pagar já é critério
para ingresso e esses alunos da privada são os que
podem pagar. Sou um pouco radical, acho que a escola
pública tem mais chances de se tornar ujm lugar de
pensadores. Podem criticar a vontade.
Joyce
Pernigotti (pernigotti@myway.com.br)
20/09/1999
Lígia e Joyce
Concordo com as duas
no que afirmam sobre escola pública e sobre a
preocupação iminente sobre alunos e o que é "ensinar"
(deixo já aqui clara a minha aversão a essa palavra).
Só que, tem uma questão me incomodando naquele
texto que gostaria de voltar:
"A reforma
do ensino médio resolve tudo! Se isso causará
problema noTerceiro Grau? Claro! Mas não é problema
nosso. Não são autarquias? Não querem liberdade,independência?
Pois as universidades que se virem".
Pelo menos
teoricamente também concordo com a proposta do MEC,
e não consigo, pelo menos não imediatamente,
enxergar que tipo de problemas isso causaria no
terceiro grau. Lembrei me de algumas discussões da
minha época de faculdade sobre a 'culpa' do fracasso
do ensino formal: os alunos que chegam na
universidade estão mal preparados. São os
professores os culpados? Mas, quem é que forma os
professores? Então, a universidade prepara mal os
professores? Acho que, além da batalha que
podemos travar na educação fundamental e média,
precisamos urgentemente estabelecer acordos e
rediscutir o papel da universidade e dos cursos de
formação de professores. O texto da professora
revela uma coisa que pra mim é fundamental: na mão
de quem estamos deixando as decisões sobre o que ''ensinar"?
Será que a idéia é nos adaptarmos às exigências
da universidade? Um abraço
Ítalo Modesto Dutra
(imdutra@zaz.com.br)
20/09/1999
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