A poesia não tem forma
...não tem rima
A poesia não tem regras
...não tem limites
A poesia não tem dono
...ou melhor, mordomo
A poesia...
....o nada disto tem
A poesia sou eu
...é você
A poesia é a criança
...é a mãe
A poesia somos nós
...todos vós
A poesia...
...bela magia por Deus criada
A poesia é a vida
...alegria e dor
Sonho e fantasia
...nossa vida
Um livro aberto
...onde tudo pode acontecer
E o nada...neste tempo
...é o tudo que não acontece.
Tenho saudades do enorme sul do meu país,
daquele povo acolhedor, daquela gente humilde
Tenho vontades de voltar ao mundo que
me contradiz, e provar que tudo de é belo existe
Minha vida não se faz sem as lembranças
dos dias de moleque, onde era expulso o covarde
O temor de perder, sem realmente te conhecer,
confesso que levou-me à um sonho triste
Sinto falta daquele calor humano, daquele
sonho de querer crescer
As pessoas que lá fazem seus herdeiros,
são sinceras, são honestas
Nunca mais verei uma tribo tão
perfeita, uma raça tênue, outro igual ser
Pelas ruas desta cidade não caminharei
sem relembrar das vidas opostas
Quero muito reconhecer àquele mundo
que não faz mal à outrem
E sentir em sua pele os bons momentos
que passamos juntos
Minha infância te viu crescer como
as rosas dos campos que me trazem
A lembrança de uma era de muito
carinho, de muita paz e sentimentos
Sei que estas palavras são para
muitos sinônimos de insanidade até mesmo física
Somente tenho à dizer que os céus
sabem do que estou falando
E espero, ansioso, que todos possam, ao
menos algum dia, descobrir que ela purifica
Todos os sonhos são levados à
casa da magia de suas mãos, de seu rosto brando
Na magia de todos estes pensares, só
anseio mais e mais pessoas igualmente felizes
Longe de problemas de desdém, de
mágoas causadas pelas infinitas profundas dores
Tenho vontade de esconder dentro de ti,
e viver o passado longe destes detestáveis seres
Aqui é frio, as pessoas são
frias; por isso não tenho motivos para continuar com estas flores
O pôr do sol é lindo, mas
não comparado com suas mãos, com seu aconchego
A lua está mais presente em você,
do que o sol em todo o dia
Não sei qual é a maior dor
que posso vir a sentir
Se é a do coração
ou a da falta de razão
Mas em ambas sinto-me cabisbaixo, vencido
Desejando não mais senti-las e
não mais sentir
Entretanto começo a perceber que
dor é sempre dor
Não existe dor mais fraca ou mais
forte
Porque em nossas vidas não existem
seres iguais
Que possam mensurar de formas iguais.
Assim, a dor da razão e a do coração
são a mesma dor
As denominações diferentes
não causam efeitos diferentes
Entretanto, de nada adianta ser forte
e não saber o que é diferente
Ou ser fraco e acreditar que se é
diferente
Mas se tudo que vejo tem sua intimidade
em particular
Por que a dor que sinto é igual
a de outrem?
Mas se sou igual a outrem e com ele não
tenho diferenças
Por que meu coração pode
vir a chorar por ele?
Então temos diferenças,
ou melhor, particularidades
Que nos fazem desejar o próximo
pelo que não temos
E fazer com que vejamos diferente o igual
em seu particular
Na conquista de uma parte que nos é
deficiente e nos leva a carência
No mostrando que o ente é o que
existe, que a dor é o que faz sofrer
Configurando a vida num relacionamento
entre sinônimos, não antônimos
É bom saber que tudo o que se passa
na cabeça de um ser
Pode ser expressado de uma forma singela,
carinhosa, tenra
Embora não possa tudo ser pensado
e as palavras expressadas
Para que eu diga que a dor que me dói
é uma dor forte
Minha cabeça está doente,
não consigo mais pensar
O pouco que me resta cuida do resto que
para vida presta
Um sentimento harmonioso, mas doloso,
que cultivo em minha horta
Almejando ser feliz anarquicamente às
formas de felicidade aqui importadas
Meu coração chora, desejando
não mais desejar, aspirando o cheiro da "vida"
E tudo o que posso dizer é que
dói!
Se não fossemos diferentes não
teríamos que viver diante dor
Sentiríamos o calor das igualdades,
e íamos, e íamos...
Mas como no futuro e passado não
há presente
O que posso pensar se me dói as
pernas, os braços
Forçando-me a repousar e esperar
este tempo passar
Como se eu fosse apenas presente, igual
aos ausentes
Que esqueças a razão do
chamado coração, em busca de diferenças
E não mais querendo compartilhar
da dor igual, ou dor de all
Por serem fortes de matéria, mas
fracos em espírito
Não conseguindo esconder que não
há diferenças entre diferentes
E que não já diferentes
pois todos somos iguais.
...não pude conter suas mãos,
seu corpo sobrevinha ao meu
tudo estava tão escuro, mas tão
claro: o fogo se acendera
nosso mundo começaria sua órbita
naquele instante
todo o passado foi esquecido, todo futuro
foi desejado
...mas o presente que nos continha era
mais forte
e nossas realizações, causadoras
de invejas e ambições
nos levaram, junto de toda a nossa intuição
ao universo do calor, da paixão,
da sintonia do amor
...e seus lábios corriam sobre
minha face
me fazendo estremecer como se fosse a
primeira vez
todos os nosso sentimentos eram expostos
pela chama de um fogo que não se
apaga
...recordo-me de cada instante que senti
sua mão decorando meu corpo
e não mais me esquecerei de dizer
tudo o que sinto
até mesmo porque, cada palavra
que soava em seu ouvido
nos levava ao mundo dos orgasmos, do tesão,
das explosões
...não, não mais pouparei
palavras a serem ditas
não mais deixarei que a noite termine
diante de nossos olhos
pois tudo o que sonhamos, o que vivemos,
não foi realizado
faltaram os momentos em que todos nos
veriam fazendo loucuras de amor!.
Alguns bons momentos que a vida nos proporciona
Leva-nos a crer que somos felizes por
assim viver...
E estes momentos nos fazem crescer diante
do todo desejando poder
Parar o tempo e desfrutar daquilo que
percorremos e buscamos vencer
Mas o momento é um instante diante
o todo
É uma criança que chora,
um vento que passa, uma chuva que corre, um amor que morre
É um tempo que não persiste
em ficar na vida da gente
É um piscar de olhos que nos lembra
apenas olhos
É uma nuvem pequena dentro de todo
céu
É uma gota d’água dentro
de todo mar
Sendo assim este pequeno tempo
Não poderia dizer que tu és
apenas um momento
Um dia sei que irei pedir perdão
aos meus pais
Não por erros e desastres, sim
por memórias
por mim inválidas
Quem saiba assim serei completamente "feliz"
"Mente sã, corpo são", só
resta-me poder voar
Com a bênção de todos
visitarei o Além
O mundo distante das rochas, das pedras
de nossos caminhos
Que guarda-me surpresas sentidas no centro
da mente
Ao poder pensar em "viver" sem pecados
capitais
Se assim eu lá chegar, sozinho
em meio ao mar,
contra todos os demais
Tornar-me-ei o princípio de uma
"vida",
o pai de um universo sem feridas
Não criarei leis, nem homens, somente
usarei giz
Escrevendo o presente, o futuro e o passado,
na realização de um desejar
Somente sinto em aos humanos explicitar
que não pressuponho o desdém
Tão pouco desejo ínfima
parte deste orgulho
O que penso fazer é profetizar
o que seria justo moralmente
Imaginem se todos os seres fossem por
nós vistos
como "iguais"!
Construo minha casa com pensamentos românticos
Desejo ter filhos, ou melhor, filas de
filhas
Sei que quando crianças eles são
dóceis
E que na adolescência temos que
lutar para não vê-los na "rebeldia"
Mas pense em quando se transfigurarem
em "conscientes adultos"
O quão belo será apreciar
um ser que moldastes ideologicamente correto! (mas o que é o certo?)
Não quero mais que poder "amar",
passear de mãos dadas sobre o ar
O desejo que me perpetua é sentir
o carinho que posso dar
a outrem
Entretanto, não lastimo por estes
meus viveres poéticos
Perco apenas o desfruto de uma juventude
de folhas
Que troca um esperado breve futuro pelas
carnes amáveis
Usufruindo intensamente de suas humanas
qualidades...
Terra tão distante, eu tenho tantos
sentimentos
Te esperando para reinar sem a ti ser
infame
Se puderes me ouvir, ou apenas me enxergar
Saibas que um dia, um dia, ao ser radical,
chegarei a tua origem
Nuvens no céu azul
O depor do sol está lindo
Como não ser feliz?
Os pássaros cantam
Primavera está chegando
As folhas nascem
O verde vive, a alegria contagia
Como não agradecer Deus por tudo
isso?
Vejo crianças, vejo alegria, vivo
na harmonia
De ter dentro em mim
O sorriso que me faz "amar"
As lágrimas que me fazem desejar
Não quero mais nada
Aliás, desejo sim sair daqui
Fugir desta "caixa de fósforos"
estampada pelo corpo
Para poder absorver toda esta luz,
Toda esta energia criada por Deus; "fiat
lux"
Ó Deus, Seres tão bom!
Tão simples mas tão belo
Agradeço-te por poder ver com os
olhos
Toda esta maravilha por ti criada
Obrigado por me mostrar um dos caminho
para a "vida":
Os caminhos do "amor"!
Contudo, sinto por não conseguir
a muitos demonstrar
Todo este brilho que nos destes com Seu
calor
Sinto, peço perdão por isto
Por não entender tamanha ignorância
aqui vivida
E desejar a mais rápida evasão
deste solo contaminado pela
pobreza de pensamentos e espírito,
rumo ao "mundo paz"!
Não que eu me sinta fracassado,
nesta que penso ser uma "dolosa expiação"
Mas por perceber ser por muitos incitado
a uma visão
distorcida, num lugar irreal
Não quero o materialismo, o estimado
consumismo
Somente viver um "sentimento", uma "razão"
Que mostra-se anfitriã de um lar
distante
De um mundo alegre, "feliz"
De um mundo sem palavras, sem gestos e
modos
Um lugar absoluto, um espaço não
pensado
E se hoje eu posso dizer que sou um feliz
ser
Foi porque as portas de meu coração
foram abertas pela
fatalidade de um destino que criei
Vivo pelo anseio da mais pura "felicidade"
a todos que
amo, em uma razão aqui chamada
de desigual
Que me faz sentir bem, vivo, "feliz" por
saber que assim...
Levando o bem... eu poderei brevemente
voar!
A vida é como uma rocha
Não uma rocha qualquer, mas uma
rocha com essência
Não uma essência qualquer,
mas uma essência desconhecida
A "vida" é o desconhecido!
Outrora, ao lapidarmos esta rocha
Deparamo-nos com igualdades e contradições
Encontramos as marcas deixadas pelos ventos
do destino... ...do passado
E assim buscamos um caminho!
Considerado a forma lastimável
que se faz a existência do saber histórico no mundo 2000,
nesta "Tecno-Pangéia"
Observamos que o produto deste "capital"
buscará
a vida, não "vida", em meio ao
maior espaço dentre os caminhos licitamente proporcionados
Rompendo as demais estradas
Volumando sua terra percorrida
Ele desenvolve o que há de mais
belo em sua felicidade humana: o amor doloso
Como é que eu posso
Ensinar a navegar
Com um barco furado
Sem o mar
Como é que eu posso
Ensinar a navegar
Com o barco de buraco vedado
Sem ter com que remar
Como é que eu posso
Ensinar a navegar
Como nadar com remos
Sem saber como remar
Como é que eu posso
Ensinar a navegar
Sabendo remar, tendo o mar
Sem saber aonde quero chegar
Como é que eu posso
Ensinar a navegar
Sabendo aonde quero chegar
Se estou perdido na imensidão do
mar
Será que eu posso
Será que eu quero
Será que eu vou
Será que a vida é esse mar
onde perdido estou
Sem barco e sem remo
Sem remo e sem rumo
Sem rumo e sem vida
Sem vida e sem nada
Só me resta esperar
O abraço das ondas
E o adeus aqui deixar
Não consigo entender porquê
um comentarista de televisão
Vive falando ao seus telespectadores que
a cada momento
Estamos em evolução, o mundo
está em transformação
Se os ponteiros de meu relógio
No passado, presente e futuro
Sempre são iguais
Hoje, a noite está tão linda,
tão bela
Que não consigo pensar em outro
tempo, outra época
Somente o agora me perpetua, somente o
hoje...
Não quero dormir, não desejo
sonhar...
Não quero viajar pelos mundos deste
universo
E perder de contemplar esta noite, esta
escultural forma enviada por Deus...
Outrora, também não desejo
ser condenado por não querer voar
E estimar o tão somente aqui, o
tão rejeitado presente
Num momento de alegrias e tristezas, vitórias
e derrotas, que se faz a simples vida...
Mas quem sou para parar o tempo e ficar
somente no contemplar?
Será eu o dono desta noite, das
estrelas que brilham à mim intensamente?
Quantos homens terão este mesmo
dom de transformar a noite em inspiração?
Porém, não quero mais escrever
pois perco os momentos que me resta deste luar
O sol logo nascerá à procura
desta noite que me ilumina e à mim brilha
E os dois, agora juntos, formarão
os deuses de uma "vida", na conquista da harmonia
Contudo, ó cara estrela "viva",
por que não mais feliz estou com fantasia, alegria?
Confesso que sem meu "amor" eu sou apenas
um jardineiro sem rosa
Que fica esperando os dias passarem na
esperança de sua flor logo nascer...
Mas tão logo os ventos que me assolam
forem dispersos pelo universo à fora
Sairei rumo ao meu "amor", procurei por
toda a imensidão um endereço
Esperando encontrá-la em casa,
me esperando, na lua de meu coração, virgem
E se esta chuva não passar logo,
o que farei?
O meu viver está ligado ao florescimento
da vida de um mundo passado
A minha "felicidade" é posta em
perigo visto a falta de jardineiros...
E agora, que o sol está nascendo
e a lua se escondendo
Não desejo mais estes pensares,
não os quero perto de mim
Só espero poder voltar a dormir,
e não ver o mundo passar