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RESULTADOS DAS COMPETIÇÕES DE 1998
 
 
Melhor Poesia do Ano/1998
Júri Poetas Brasil
POEIRA, de Thiago Mota
 
Menção Honrosa
SATISFAÇÃO, de Cecilia Thibes Soares
 
 
 

Confira abaixo os campeões de cada mês eleitos pelos leitores:

Mês de Dezembro/1998
 
Campeão do Mês: Cláudio Barbosa
 
7 0 %
3 0 %
 
    LAÇO DE FITA 
                         Só quero você  
                         e um laço de fita.  
                         Me fita,  
                         me enfeita  
                         me enlaça  
                         me estreita  
                         me abraça..  
                         Fito  
                         seu laço  
                         de  
                         fita.  
                         Só quero você  
                         e um laço ..  
                         sem fita  
                         sem nada.  
                         Só quero você,  
                         Presente..  
                         .. com um laço de fita.  
  
 
    Cláudio Barbosa
    SÓ UM POEMA 
 Um vôo de bicicleta para quem não é alado  
 sacia a minha vontade de voar  
 você passa no meio do meu exercício  
 orquestra meus medos e desejos,como a lua o mar..   

 Sonhar ,o alimento da paixão  
 minh´alma navega solta na vida  
 esperançosa,mas temerosa de não ser escolhida  
 respira e faz bater o coração  

 Nos esforçamos para que tudo esteja bem  
 mas nem sempre é possível  
 o destino pode ser temível   

 Pois o ser amado também lamenta  
 as vezes a vida é uma pena..  
 um poema..é só um poema..  
  
  
 

    Helvídio Barros
 

Mês de Novembro/1998
 
Campeão do Mês: Augusto Staccato
 
4 5 %
5 5 %
 
 
    NOSSO OLHAR 
  

M.Fernanda N. Serpa

    REINO ANIMAL 
  
  
  
  
  

 Augusto Staccato

 

Mês de Outubro/1998
 
Campeão do Mês: Iraci Cardoso Machado
 
6 7 %
3 3 %
 
    CIRANDA DA VIDA  

     A vida é como uma ciranda  
     Assim eu vivo a pensar  
     Girando, girando sempre  
     Voltando sempre ao mesmo lugar.  
     Girando em ritmo de baile,  
     Embora não saiba dançar,  
     Movendo constantemente  
     Até um bailado formar.  
     Na ciranda da vida  
     Temos também de bailar.  
     Bailemos sempre em festa,  
     Até a vida terminar.  
     Se vivêssemos simplesmente  
     ou em pedestais  
     Seríamos como as pedras que correm  
     Que tem vida e não são mortais.  
      

      Iraci Cardoso Machado
     LUTA  

     Flores que não se abrem  
     Sonhos que não se realizam  
     O que seria dos homens sem os sonhos?  
     Um vazio insuportável  

     Em busca de uma felicidade  
     que nos leva adiante  
     Uns procuram uma saída  
     Exigem da vida uma revanche  

     E essa vida louca,  
     que continua a nos atropelar  
     com suas maravilhas e injustiças  
     E nós aqui, nesse contínuo mudar  
     lutar e lutar  
      
      

      Beatriz Melo
 
 

Mês de Setembro/1998
 
Campeão do Mês: Thiago Mota
 
2 5 %
7 5 %
 
TANGO   

          E assim o baile   
            separa   
              cobre de noite   
               a um sol de abandono.   

               Uma milonga elétrica   
                 um bar modesto sem abraços,   
                 doem.   

                    Há que lançar  sem ser   
                     observados,   
                    acabados e escuros   
                      amores de farol.  
  
  
 

    Osvaldo O. Ferreyra
POEIRA   

  Sou apenas pó, somente só, e perigo na velocidade da queda,   
  o que o desejo almeja, apenas pó.   

  Sou feito de pó, somente só e de um pouco de dor   
  onde quer que eu for. Vim do pó e ao pó eu vou.   

  Sou pó, somente pó. Somente só, sou solidão.   
  Sou sólido, por um segundo, como uma pedra, que fragmenta-se   
  em partes ásperas, escamas, como pó sobre o altar de vidro   
  e prata e brilho e fumaça, desfaço-me na fumaça   
  e na desgraça, no fim da madrugada,  
  na chegada da aurora fria, plácida, alva e clara, e clara, e clara   
  que encandeia a alma, que turva e desmaia, nunca acalma.   

  ... e quem sabe um nó me prenda só, somente só   
  até que vire pó e me desfaça na fumaça   
  que vai no turbilhão do vento e do tempo.   
 

    Thiago Mota
 

Mês de Agosto/1998
 
Campeão do Mês: Pedro Cardoso Machado
 
6 9 %
3 1 %
 
SOFRIMENTO E DOR   

Suas palavras duras e cruéis  
Não foram suficientes para estancarem a minha dor  
As lágrimas que brotaram em meus olhos  
Espatifaram no chão, como uma estrela quebrada.  
Talvez eu não tenha me expressado corretamente  
Fiquei tão enlouquecido, que não reconheci a minha dor.  
Nada mais tenho a dizer  
Nem mesmo sei onde anda o meu querer,  
Que perdi, quando perdi você.  
Toda despedida me parece bestial  
É como se o bicho perdesse o cio ,  
No momento mais animal.  
falamos coisas que não devíamos dizer  
Ouvimos palavras que jamais gostaríamos de conhecer  
Choramos amargamente em silêncio.  
Vai! Vai correndo, pegue o seu destino, pegue a sua direção,  
E por fim, abandone os meus restos pelos caminhos por onde for.  
  
 

    Pedro Cardoso Machado
GAUCHE  

(réquiem para Carlos Drummond de Andrade – feita em 17/08/87)  
  

Nesse dia o Sol não apareceu...  
O Astro Rei também se comoveu.  

Se comoveram os amores  
Se comoveram os anônimos  
Se comoveram os demagogos  
Se comoveram os sinos de Itabira...  

O que será do mar sem tua longínqua contemplação?  
O que será da poesia sem tua natureza poética?  
O que será de nós, poetas marginais, sem tua cumplicidade?  
(de que cântaro mágico sairá tanta emoção?)  

Vai Carlos, completo,  
Pois tua viagem, acompanhando Julieta  
espelha a verdadeira poesia de amor.  
 

    Cesar A.R. Cavalcante
 

Mês de Julho/1998

Campeão do Mês: João Carlos Martins
 
4 5 %
5 5 %
 
 
    TRESANDAR  

    Por que , desvairada alma  
    subir a montanha  
    dizendo-te alpinista  
    se és ermitão?  
    Desraiga-lo de ti?  

    Não mintas,  
    nem disfarces,  
    trepidas tanto,  
    ouço daqui.  

    Tresloucada,  
    não percebes?  
    Tresandas.  
      
      
     

      Sandra Falcone 
 
    PELOS CÍRCULOS DE DANTE  
      
    Não descarte a alegria  
    Não abandone a tristeza  
    Não se esqueça da razão  

    Não viva em conflito desnecessário  
    Não perca tempo tentando entender  
    Não acredite no que não pode fazer  

    O caminho é longo, a estrada é curta  
    O sucesso é muito, a vida é pouca  
    os círculos são grandes, a lenda muda  

    De que adianta olhar pra cima, ou pra baixo?  
    ter medo do céu ou do inferno?  
    preferir o verão ao inverno?  

    Uma briga, uns dias de solidão  
    um beijo, um momento de paixão  
    Um frio, um medo, um aperto no coração  

    É a vida tentando dizer  
    que existe mais amor no mundo  
    do que acredita existir em você.  
     

      João Carlos Martins
 

Mês de Junho/1998

Campeão do Mês: Cecilia Thibes Soares
 
3 9 %
6 1 %
 
OPACO REFLEXO   

Se ao fitar-te, manténs o olhar esquivo  
E desconheces a minha dolorosa   
Existência, é porque teu lascivo  
Talhe provoca louca polvorosa.  

Tua íris-flama a todos atrai,  
Não poupando um só coração disperso.  
E frente a ti somente se contrai  
Meu grão de areia em teu amplo Universo.  

Desta sorte, não me sinto indignado  
Porque a mim calor ela não acusa.  
Antes tê-la no sonho que me é dado,  

Onde aparece-me menos obtusa  
A ser perversamente condenado  
Pelo opaco reflexo da recusa.  
 

    Eduardo Quadros Araújo 
 
SATISFAÇÃO  

Se um dia alguém lhe perguntar o que viu em mim,  
responda apenas que foram meus lindos olhos azuis...  
Se insistirem em mais alguma qualidade,  
conte do meu grande coração...  
Agora, se te perguntarem o por quê de ter me deixado,  
diga apenas que percebeste que meus olhos não eram  

   tão azuis assim...
E se insistirem em mais algum defeito,  
diga que dentro do meu coração não cabia todo o amor  
que sentias por mim,
pois não era grande o suficiente.   
  
 
    Cecilia Thibes Soares
 
 

Mês de Maio/1998

Campeão do Mês: Carla dos Santos
 
5 4 %
4 6 %
 
    REPOESIVOLUÇÃO  
      

     Oi poesia  
     Há quanto tempo não te via  
     Seus passos não seguia  
     Aos conselhos não ouvia   
     Mas agora sem rodeios  
     Pares e portas, mais licores  
     Rápidos sintomas de atores  
     Em fragmentados roteiros  
     Tão feliz me sentia   
     Que só, somente uma poesia  
     Pode saber te dizer  
     A súbita mudança do ser   
     Que aqui escrevia  
      
      
     

      Carla R.F. dos Santos
    AOS RECALCITRANTES POETAS  
      

     Um fluir de poesia  
     Uma conversa de nada  
     Uma cerveja gelada  
     Um alegre dia-a-dia  
     Uma sábia cantada  
     Uma piada engraçada  
     Sim isto é poesia  
     Uma queda de pelada  
     Uma dona assanhada  
     Sem dúvida poesia  
     Uma esperta sacada  
     Uma amante amada  
     Poética rebeldia  
     Aos poetas em demasia  
      
     

       Luís G.  Villela 
 


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