Três Idades
A vez primeira que te vi, Era eu menino e tu menina. Sorrias tanto...Havia em ti Graça de instinto, airosa e fina. Eras pequena, eras franzina... *** Ao ver-te, a rir numa gaivota, Meu coração entristeceu. Por quê? Relembro, nota a nota, Essa ária como enterneceu. *** Quando te vi Segunda vez, Já eras moça, e com que encanto A adolescência em ti se fez! Flor em botão... Sorrias tanto... E o teu sorriso foi meu pranto... *** Já eras moça... Eu, um menino... Como contar-te o que passei? Seguiste alegre o teu destino... Em pobres versos te chorei. Teu caro nome abençoei.
Vejo-te agora. Oito anos faz, Oito anos faz que não te via... Quanta mudança o tempo faz Em tua atroz monotonia! Que é do teu riso de alegria?
Foi bem cruel o teu desgosto. Essa tristeza é que mo diz... Ele marcou sobre o teu rosto A imperecível cicatriz: És triste até quando sorris... *** Porém teu vulto conservou A mesma graça ingênua e fina... A desventura te afeiçoou À tua imagem de menina. E estás delgada, estás franzina...
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|Projeto| |Práxis educativa| |Pressupostos
filosóficos| |Objetivos e justificativa| |Literatura e Informática|
Contato/Sugestões: adalu@zaz.com.br Última atualização: 27/03/01 00:39:56 |