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A MÃE DIVINA

 

"A uns cem quilometros a oeste de Calcutá, está situada a pequena aldeia de Jairambati, onde nasceu a Santa Mãe.Apesar de ser uma aldeia atrasada, a vida transcorria bastante feliz, antes de ser invadida pela malária, que fez estragos durante a segunda metade do século dezenove. A monotonia da vida dos aldeões, com frequência, era interrompida pela celebração das grandes festas religiosas hindus, tais como Durga Puja, Kali Puja, Dol Purmina, etcetera, e pelo culto especial que se rendia a várias deidades, entre elas, Shitala, Dharma, Shantinath ( a imagem de Shiva ) e Simhavahini, que era a Deidade tutelar de Yairambati.

Sri Sarada Devi nasceu em 22 de dezembro de 1853, e foi a primera filha de Ramachandra Mukherji e Shiamasundari Devi. Nascida e criada na atmosfera rural de Jairambati, ela recebeu a mesma educação das aldeãs pobres da India, pertencentes às castas altas. Era demasiado séria e recatada para entregar-se aos jogos infantis, como faziam as meninas da sua idade. Aghormani, que foi sua companheira de jogos costumava dizer: A Santa Mãe era muito simples em seus hábitos. Durante as brincadeiras, gostava de fazer papel de dona de casa. Entre seus brinquedos haviam bonecas; mas ela costumava adorar muito devotadamente, com flores e folhas de bilva, as imagens em argila de Kali e Lakshmi. Uma vez, por ocasião do Yagaddhatri Puja, estava meditando tão profundamente que chegou a identificar-se com a deidade a tal ponto, que Ramhridai Ghoshal de Haldepukur, ao vê-la, experimentou grande assombro e reverência.

O MATRIMÔNIO

Enquanto a pequena Sarada crescia, em outra parte da India a grande alma a qual ela estava destinada passava por um grande período de desenvolvimento espiritual. Sri Ramakrishna,nascido em 1836 em Kamarpukur, como terceiro filho de Khudiram Chatterji, se havia tornado, em 1855, em sacerdote de Kali, no templo de Dakshineswar. Desde a infância tinha un temperamento muito devoto e místico. Perdeu todo interesse pela vida mundana, e todo seu tempo passava em um estado de absorção e práctica de austeridades. Se entregou totalmente à oração e à contemplação, esquecendo de comer e dormir; não se dava conta do passar dos dias e das noites.Naturalmente, as pessoas não podiam imaginar que pudesse existir tal anelo por Deus, interpretando a conduta de Sri Ramakrishna como um indício de loucura. Fizeram então Sri Ramakrishna retornar à casa paterna para administrar-lhe algum
tratamento;quando então estando Ramakrishna mais calmo resolveram aplicar-lhe um remédio mais drástico:
Arranjariam um casamento para ele.Pensaram que um casamento seria a melhor maneira de atar sua
mente ao mundo.
Em seguida começaram as buscas de uma noiva conveniente;mas não foi tarefa fácil.A família Chatteryi
era pobre, e as somas que os pais que tinham filhas para casar  pediam como dote   eram supeiores aos
recursos do senhor Rameswar.Para surpresa de todos Ramakrishna aceitou a ìdéia de casar-se e vendo frustrados os esforços de seus pais para arranjar-lhe uma noiva disse:
"Vã é a vossa busca neste ou outro lugar.Ide a Jarambati e alí,na casa de Ramachandra Mukherji.achareis aquela que está destinada para mim".
Pouco tempo depois em maio de 1859 celebrou-se o casamento entre a pequena Sarada e Sri Ramakrishna."

SRI SARADAMANI DEVI, A DIVINA ESPOSA

de Sri Ramakrishna, é conhecida por milhões de devotos como a  "Santa Mãe". A Santa Mãe teve a oportunidade de ser familiar com Sri Ramakrishna por volta de 1867, muito depois do casamento. Sri Ramakrishna não se descuidou dela. Tomou-a sob Seus cuidados e, gradativamente, carinhosamente, impartiu-lhe profundo conhecimento do caráter humano, ensinando-a como viver no espirito de completa resignação a Deus. Ele, literalmente, adorou-a como a Divina Mãe. Afirmando que ela e a Mãe Kali do templo, eram uma só, despertou nela o sentido de maternidade a todas as criaturas. O relato de sua vida simples, austera, auto-apagada e maternalmente amante de todos, é realmente ímpar e ultrapassa todos os exemplos. Sua vida foi uma longa quietude de oração e de singular devoção. Com transbordante afeto, a Santa Mãe era o consolo infalível a todo coração amargurado que buscava refúgio em Seus santos pés, paz eterna e liberação das ansiedades e tribulações da vida do mundo. Homens e mulheres que se aproximavam dela para serem desafogados da extrema tensão de suas aImas afligidas, tornavam-se recipientes de suas bençãos imortais e de doces palavras de amor e sabedoria que acalmavam as dôres pungentes de seus corações, para sempre. Sua vida foi a síntese perfeita dos supremos ideais de Gñana, Bhakti e Karma, raramente encontrados, em tão harmoniosa união, em qualquer parte do mundo. Em sua vida de pura simplicidade, pureza, piedade e auto-dedicação, o hindu atual descobriu a perfeição do ideal da feminilidade, que tanto tem solidificado sua cultura. Ela era única em ser a espôsa dedicada, a perfeita Sannyasini, a mãe afetuosa ,mestra e preceptora. A Santa Mãe entrou em Mahasamadhi a 20 de juiho de 1920, em Calcutá. "

(Textos extraídos de:Sri Sarada Devi la divina Shakti (cap1) ; Editado por Ramakrishna Ashrama de Buenos Aires  e Assim Falou Sarada Devi,a Santa Mãe;Editora Vedanta)


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