Medalha Milagrosa

A nona filha de um casal que teve 17 filhos, dos quais sobreviveram dez, Catarina nasceu na pequena aldeia de Fain, meio escondida nas encosta da borgonha francesa, a 2 de maio de 1806. O pai, pedro Labouré, que viu sua vocação sarcedotal frustada pela revolução francesa, era de origem camponesa; sua mãe, Madalena Goutard, era da mesma condição social. Ambos chegaram logo a configurar uma lavoura salutar de bons cristãos. dizem os biógrafos que quando Catarina fez sua primeira comunhão, em 25 de janeiro de 1818, também nasceu nela a vocação religiosa. Desde três anos atrás ela e seus irmãos eram orfãos de mãe. Vemos a moça já como dona de casa, a vemos levantar-se ainda noite fechada e descer todos os dias para a missa das seis, indo a moutiers. Assim passoua frequentar a congregação das filhas da Caridade, de roupa cinza escura e coifa branca, o jeito de vestir cotidiano das camponesas das imediações de Paris.
Aos dezoito anos teve um sonho fundamental. Nele se via dentro da Igreja com um ancião sacerdote de aspecto santificado. Mais tarde, como se tivesse advinhado seu caminho, viu o ancião junto a cama de uma doente que Catarina ia visitar. E nesse momento, o sacerdote, cujo nome Catarina não sabia, reconfirma o anúncio da sua vocação. "Minha filha, Deus tem desígnios para ti", diz a ela. "Mais assustada de que nunca", conta Catarina a sua irmã, "saí da casa da mulher doente e desandei a correr; pareceiam-me que meus pés não encostavam no chào." então acordou. algum tempo depois, ao visitar um asilo administrado pelas Filhas da Caridade, Catarina viu um retrato do sacerdote do "sonho". Perguntou discretamente, e disseram-lhe: "É São vicente de Paulo, nosso fundador."
Seu noviciado no convento de Paris, na rua du Bac, em 21 de Abril de 1830, veio coincidir com a trasferência para a nova Igreja dos padres Paulos dos restos mortais de São vicente de Paulo, que alguém ocultara durante a revolução. Começou uma novena comemorativa em honrra ao santo, no decurso da qual Catarina teve três visões, seguida de uma locução. No primeiro dia viu o Coração de São Vicente de cor branca; no segundo, de cor vermelha intensa e, no terceiro, esse último cormatismo parecia escurecido. Depois, ouviou uma voz interna que dizia: "O Coração de São Vicente está profundamente aflito tendo em vista os males que virão sobre a França"; mas Catarina acalmou-se ao ouvir também durante aquela locução que o coração do santo estava contente poruqe suas congregações não pereceriam, pelo contrário, Deus ia "valer-se delas para reanimar a fé".
No domingo da Santíssima Trindade, 6 de junho de 1830, Catarina teria ainda uma outra visão antes da primeira visita da Virgem. Na ocasião, durante o Evangelho da Missa, apareceu-lhe Cristo-Rei com uma cruz no peito, como um daqueles grandes reis cruzados da Idade Média. Ela nos diz:
"De repente, os ornamento reais de Jesus caíram ao chão - assim como a cruz -, aos seus pés, como refugos desprezíveis. Imediatamente tive as idéias mais negras e mais terríveis: que o rei da terra estava perdido e seria despido de suas vestes reais. sim; preparavam-se coisas ruins."
Soror Catarina Labouré, foi beatificada por Pio XI, em 1923, e canonizada por Pio XII, em 1947. Para o primeiro, Catarina era o modelo de "vida oculta", de "vida em segredo", de "anos de sombra"; para o segundo, ela era a "santa do silêncio".

Primeira Aparição da Virgem

Segunda Aparição da Virgem




Aparições recentes
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