No entanto, depois de alguma relutância, aceitei o apelo de amigos diletos e ingressei na Academia de Letras da Bahia, ocupando a cadeira 31 como sucessor do poeta Carvalho Filho.
Mas ingressei numa Academia cujo desenho cultural já se distanciara daquele das antigas batalhas no campo das idéias. Derretera-se já a pesada maquiagem da mesmice. Não era mais uma vitrina da inteligência, um cartório de registro da imortalidade. Tornara-se algo mais: uma instituição viva, transformada, que reverencia o passado e enaltece o presente, tornando-se um organismo cultural aberto ao debate e à participação, com salutares momentos de convivência. Não me arrependo.
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