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cultura cratense é uma das mais características do Nordeste brasileiro. Conserva muitas
das suas raízes ainda puras.Herdada da cultura do couro, introduzida pelos colonizadores
baianos, que não eliminou o nativo , assimilando seus costumes. Poucas regiões conservam
genuinamente o folclore como o Crato. Essa expressão se manifesta em cada aspecto de
vida, na língua, nas instituições, no cotidiano social , produtivo e nas suas Personalidades. Em Crato encontramos bem definidos as
manifestações populares e eruditas,clubes e agremiações literárias; do primitivo ao
científico: o maneiro pau, o milindô, a banda cabaçal, os reizados, as renovações nos
pés-de-serra. Mas, com a mesma força Crato expõe com maestria grupos cênicos, corais,
balets, poetas populares, várias edições periódicas e com orgulho a orquestra
sinfônica do Belmonte, formada por jovens trabalhadores, um trabalho devotado do Pe.
Ágio Moreira, com escola de formação musical e educacional. Em Crato a cultura e arte
fazem parte da sua História.
O Cariri cearense é
sem a menor sombra de dúvidas um dos maiores celeiros de cultura popular e folclórica do
Nordeste brasileiro. Nota-se a grande quantidade de grupo e manifestações aqui
existentes; Bumba meu boi, Maneiro - pau, bandas cabaçais, Reisados, Trancelins,
Emboladores, Penitentes, festas juninas, contando com diversas manifestações as
vaquejadas, os aboios, a dança do Coco, etc. sem se falar na grande riqueza das lendas,
na religiosidade, na culinária e em vários curvos costumes. A Exposição do Crato,
passou a ser o evento de maior expressão da cultura popular reunindo anualmente os mais
diferentes grupos folclóricos vindos dos mais longínquos pés - de - serra do Crato,
para deleite de turistas e citadinos; suas cores, danças e músicas, suas belas caboclas
e tantas outras coisas mais. Um nome que se destaca em defesa do folclore no Cariri, é o
escritor J. de Figueiredo Filho. Hoje temos os nomes que trabalham na pesquisa e na
manutenção dessas manifestações como o folclorista e radialista Eloi Teles Morais, o
pesquisador Wilton Soares ( Dedê ), que com esforços próprios, e reconhecimento do
valor do folclore na preservação das nossas raízes e da nossa história, vêm ao longo
dos anos trabalhando para que essas manifestações sobrevivam às marcas do progresso.
Uma das
manifestações mais ricas em cores e danças. Grupos de homens geralmente camponeses com
vestes e indumentárias; são fitas coloridas, meiões, técnicas, espadas, a cor
predominante é o vermelho, adornado de pequenos espelhos. A música é acompanhada de uma
de banda de couro, violeiros e todos cantam em coro de uma os refrões.As danças, sempre
de cunho religiosos, são traduzidas por batalhas travadas em ritmo cadenciado utilizando
espadas, os integrantes do grupo são divididos em fileiras. Uma personagem de destaque no
reisado é o Mateus, com roupas extravagantes, um chicote a punho e sua voz estridente a
chicotear o ar. Se apresenta com o coringa, o palhaço no folguedo. No Crato o reisado se
faz apresentar com o bumba - meu - boi, trazendo Jaraguá (animal da fauna regional que
surge no meio da dança). O reisado tem origem negra como os congos. Os Congos na
realidade são festas de devoção a N. Sra. Do Rosário dos Pretos ou N. Sra. do Rosário
na igreja católica, que corresponde à Rainha Iemanjá na Umbanda. No Crato, o grupo de
reisado mais conhecido é o do Distrito da bela Vista, comandado pelo Mestre Aldemir. O
mestre conta que o oficio de puxador de reisado foi herdado do pai um dos seus filhos já
está se preparando para assumir o seu posto. O Mestre Aldenir, que começou a sair no
reisado com três anos de idade No grupo da Bela Vista também dançam mulheres o que não
é comum a outros grupos.
São verdadeiros espetáculos teatrais de cunho religioso, realizados entre as
festividades de Natal e dia de Reis. São encontradas na sua maioria na zona rural,
armadas na sala principal das casas, com palhas como se fosse a manjedoura com as imagens
do menino Jesus e outros santos. Representação popular do nascimento de Jesus Cristo.
Originado da cultura pastoril do
vacum, é uma manifestação popular que demonstra a característica prodigiosa do artista
popular.O aboio é um canto entoado pelos vaqueiros no momento de juntar o gado no pasto
ou mangas. É um canto ONOMATOPAICO (imita o rugir do gado ou a música das rodas do
carro-de-boi). Acredita-se que essa manifestação tenha origem na África e na Ásia.
Antiga dança de roda
cantada e ritmada com palmas. Os dançarinos viram-se para direita e para esquerda, com
leve e cumprimento ao companheiro deste lado, ou fazendo menção de dar umbigada. Cantam
quadras intercaladas com o refrão Mineiro Pau. Em Crato, esta dança difere da
afirmação do pesquisador, pois aqui a dança e música são ritmadas por cacetes.
Um dança entre homens e mulheres, no terreiro das casas, geralmente em
festas juninas. Existem vários estilos e modos de dançar o coco. Bingolê, gavião
(dançado por homens), embolado. No bairro Batateira em Crato existe um grupo de Coco
formado somente por mulheres com cerca de 35 membros, outro destaque no coco é o grupo do
poeta e teatrologo Correinha e do mestre Cirilo na Bela Vista - Crato.
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