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"Sarita
Por acaso dei de cara com sua homepage e resolvi dar uma olhada em suas impressões
sobre Munique. Curiosamente, você informa que mora lá. Fiquei extasiado. Eu
morei em Munique por 7 meses nos idos de 1977, fazendo um curso na Siemens
AG pago pela Embratel, empresa onde trabalho até hoje. Foi a experiência mais
feliz de minha vida, e por dois motivos: foi minha primeira viagem ao exterior (eu
não falava, nem falo, alemão, o curso era em inglês) e foi uma lua-de-mel,
dado que me casei 1 mês antes da viagem. Aliás, continuo casado com Mary até
hoje.
Por conta disso, em comemoração das nossas Bodas de Prata no próximo ano, nos
veio a idéia de retornar a Munique. Só para passear a esmo pelas ruas, ver o
que mudou na cidade. Naquela época, o S-Bahn só tinha as linhas de S-1 até
S-6 (fora algumas para muito longe como o S-10) e o U-Bahn só tinham as duas
que serviam ao OlympiaPark, no caso U-3 e U-6. Hoje, Munique já está servida
por uma verdadeira malha de metrô, certamente.
Temos saudades de uma grande loja de departamentos em Marienplatz, a Kaufhof.
Ainda existe? A gente conjugava todo dia o verbo "kaufofar", e era
comum a gente voltar pra casa com a inevitável sacola branca e verde. Tinha a
alternativa (concorrente), o Hertie, em Karlsplatz.
Lembro-me como se fosse hoje das principais marcas de cerveja: Paulaner, Löwenbräu
(minha favorita), Hacker-Pschorr, Augustiner, Spatenbräu, Hofbräu, fora outras
menos votadas. Hell, Dunkel, Bock, Weissbier... Adorava a escura Alt Münchner
Dunkel, a Märzen cor de mel, as fortíssimas Triumphator (da Löwenbräu) e
Salvator (da Paulaner).<
Foi em München que passei a
apreciar vinhos, inicialmente os brancos docinhos. Kabinett, Spätlese e
Auslese. Na época, só comprava o Kabinett, que era o mais baratinho... Coisas
de início de carreira.
Ah, que saudades...
As salsichas, os embutidos, os defumados... Bratwurst mit Sauerkraut und
Kartoffeln, com uma mostardinha jóia e um pão preto fresquinho. Hummmmm....
Ainda existe o Viktualien Markt? O meu curso ficava pertinho dele, e me lembro
de comprar lá sempre uma espécie de hamburger de peixe do Mar do Norte num pãozinho
redondo mas crocante (com jeitão de pão francês) numa barraquinha a um canto
da praça.
Tenho pendências a levantar, se realmente voltar aí. Acredita que não subi na
torre da Frauenkirsche? Nem entrei na Rathaus? E olha que todo dia estava em
Marienplatz! Em compensação, vivia deitado na grama do Olympiapark aos
domingos (no verão, claro!), assistindo a concertos de rock ao ar livre e
observando os aeromodelos planadores que eram controlados pelos aficcionados no
alto da pequena colina.
Na época, ficamos inicialmente num hotel que parece não existir mais, um tal
de Europa, no bairro de Harras. Era bonzinho, a diária era de DM 58.00, mas
acho que mesmo na Alemanha teve inflação, certo?
Bom, por hoje fico por aqui. Pode ser que a gente retorne em grupo, se eu
conseguir juntar a turma que esteve aí em 1977 para um revival. Vai ser difícil,
cada um tem seus afazeres e interesses diversos. Mas mesmo sozinhos, eu e Mary
certamente retornaremos.
Auf Wiedersehen."
Frederico
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