Brasil 2 x Bolívia 0
Data: 2/Junho/1985
Local: Estádio Ramón Tahuichi Aguilera Costas
Cidade: Santa Cruz de la Sierra (Bolívia)
Árbitro: J. Romero (Argentina)
Técnico: Telê Santana
Brasil: Carlos; Leandro, Oscar, Edinho e Júnior; Toninho Cerezo e Sócrates; Renato Gaúcho, Zico, Casagrande (Careca) e Éder.
Gols: Casagrande e Nora (contra).
Data: 16/Junho/1985
Local: Estádio Defensores del Chaco
Cidade: Assunção (Paraguai)
Árbitro: G. Castro (Chile)
Técnico: Telê Santana
Brasil: Carlos; Leandro, Oscar, Edinho e Júnior; Toninho Cerezo e Sócrates; Renato Gaúcho (Alemão), Zico, Casagrande e Éder.
Gols: Casagrande e Zico
Data: 23/Junho/1985
Local: Estádio do Maracanã
Cidade: Rio de Janeiro (Brasil)
Árbitro: J. Bazan (Uruguai)
Técnico: Telê Santana
Brasil: Carlos; Leandro, Oscar, Edinho e Júnior; Toninho Cerezo e Sócrates; Renato Gaúcho, Zico, Casagrande e Éder (Alemão).
Gol: Sócrates
Data: 30/Junho/1985
Local: Estádio do Morumbi
Cidade: São Paulo (Brasil)
Árbitro: H. Labó (Peru)
Técnico: Telê Santana
Brasil: Carlos; Édson Boaro, Oscar, Edinho e Júnior; Toninho Cerezo e Sócrates; Renato Gaúcho, Zico, Careca e Éder.
Gol: Careca
Brasil 1 x Espanha 0
Data: 1/Junho/1986
Local: Estádio Jalisco
Cidade: Guadalajara (México)
Árbitro: C. Bambridge (Austrália)
Técnico: Telê Santana
Brasil: Carlos; Édson Boaro, Júlio César, Edinho e Branco; Alemão, Elzo, Júnior (Falcão) e Sócrates; Careca e Casagrande (Müller).
Gol: Sócrates
Brasil 1 x Argélia 0
Data: 6/Junho/1986
Local: Estádio Jalisco
Cidade: Guadalajara
Árbitro: R. Molina (Guatemale)
Técnico: Telê Santana
Brasil: Carlos; Édson Boaro (Falcão), Júlio César, Edinho e Branco; Alemão, Elzo, Sócrates e Júnior; Careca e Casagrande (Müller).
Gol: Careca
Brasil 3 x Irlanda do Norte 0
Data: 12/Junho/1986
Local: Estádio Jalisco
Cidade: Guadalajara (México)
Árbitro: S. Kirschen (Alemanha Oriental)
Técnico: Telê Santana
Brasil: Carlos; Josimar, Júlio César, Edinho e Branco; Alemão, Elzo, Sócrates (Zico) e Júnior; Müller (Casagrande) e Careca.
Gols: Careca (2) e Josimar
Brasil 4 x Polônia 0
Data: 16/Junho/1986
Local: Estádio Jalisco
Cidade: Guadalajara (México)
Árbitro: V. Roth (Alemanha Ocidental)
Técnico: Telê Santana
Brasil: Carlos; Josimar, Júlio César, Edinho e Branco; Alemão, Elzo, Sócrates (Zico) e Júnior; Müller (Silas) e Careca.
Gols: Careca, Edinho, Josimar e Sócrates
Brasil 1 x França 1
Data: 21/Junho/1986
Local: Estádio Jalisco
Cidade: Guadalajara (México)
Árbitro: I. Igna (Romênia)
Técnico: Telê Santana
Brasil: Carlos; Josimar, Júlio César, Edinho e Branco; Alemão, Elzo, Sócrates e Júnior (Silas); Müller (Zico) e Careca.
Brasil 4 x Venezuela 0
Data: 30/Julho/1989
Local: Estádio Brigido Iriarte
Cidade: Caracas (Venezuela)
Árbitro: O. Ortube (Bolívia)
Técnico: Sebastião Lazzaroni
Brasil: Taffarel; Mazinho, Aldair, Ricardo Gomes, Mauro Galvão e Branco (Josimar); Dunga e Valdo; Bebeto, Careca (Silas) e Romário.
Gols: Bebeto (2), Branco e Romário
Data: 13/Agosto/1989
Local: Estádio Nacional
Cidade: Santiago (Chile)
Árbitro: J. Palacios (Colômbia)
Técnico: Sebastião Lazzaroni
Brasil: Taffarel; Mazinho (André Cruz), Aldair, Ricardo Gomes, Mauro Galvão e Branco (Jorginho); Dunga e Silas; Bebeto, Romário e Valdo.
Gol: Gonzales (contra)
Data: 20/Agosto/1989
Local: Estádio do Morumbi
Cidade: São Paulo (Brasil)
Árbitro: E. Covani (Uruguai)
Técnico: Sebastião Lazzaroni
Brasil: Taffarel; Jorginho, Ricardo Rocha, Ricado Gomes, Mauro Galvão e Branco; Dunga (Alemão) e Silas; Bebeto, Careca e Valdo (Tita).
Gols: Careca (4), Silas e Acosta (contra)
Data: 3/Setembro/1989
Local: Estádio do Maracanã
Cidade: Rio de Janeiro (Brasil)
Árbitro: J. Loustau (Argentina)
Técnico: Sebastião Lazzaroni
Brasil: Taffarel; Jorginho, Aldair, Ricardo Gomes, Mauro Galvão e Branco; Dunga e Silas; Bebeto, Careca e Valdo.
Gol: Careca
Obs.: O Chile abandonou o campo. A FIFA deu a vitória ao Brasil por 2 x 0. Em campo o placar foi 1 x 0.
Brasil 2 x Suécia 1
Data: 10/Junho/1990
Local: Stadio Delle Alpi
Cidade: Turim (Itália)
Árbitro: T. Lanese (Itália)
Técnico: Sebastião Lazzaroni
Brasil: Taffarel; Jorginho, Mozer, Mauro Galvão, Ricardo Gomes e Branco; Alemão, Dunga e Valdo (Silas); Careca e Müller.
Gols: Careca (2)
Brasil 1 x Costa Rica 0
Data: 16/Junho/1990
Local: Stadio Delle Alpi
Cidade: Turim (Itália)
Árbitro: N. Jovini (Tunísia)
Técnico: Sebastião Lazzaroni
Brasil: Taffarel; Jorginho, Mozer, Mauro Galvão, Ricardo Gomes e Branco; Alemão, Dunga e Valdo (Silas); Müller e Careca (Bebeto).
Gol: Müller
Brasil 1 x Escócia 0
Data: 20/Junho/1990
Local: Stadio Delle Alpi
Cidade: Turim (Itália)
Árbitro: H. Khol (Áustria)
Técnico: Sebastião Lazzaroni
Brasil: Taffarel; Jorginho, Ricardo Rocha, Mauro Galvão, Ricardo Gomes e Branco; Alemão, Dunga e Valdo; Careca e Romário (Müller).
Gol: Müller
Brasil 0 x Argentina 1
Data: 24/Junho/1990
Local: Stadio Delle Alpi
Cidade: Turim (Itália)
Árbitro: J. Quiniou (França)
Técnico: Sebastião Lazzaroni
Brasil: Taffarel; Jorginho, Ricardo Rocha, Mauro Galvão (Silas), Ricardo Gomes e Branco; Alemão (Renato Gaúcho), Dunga e Valdo; Careca e Müller.
O mundo parece acabar nesta tarde de 25 de julho de 1993, em La Paz, quando a Seleção perde pela primeira vez uma partida de Eliminatórias - Bolívia 2 x 0. Sete dias antes, o time de Parreira já decepcionara ao empatar sem gols com o Equador, no primeiro jogo valendo vaga para a Copa. Mas esta derrota para a Bolívia é uma devastadora onda de pessimismo. A imprensa passa a pedir a cabeça do treinador e a exigir mudanças na equipe. Nem a goleada de 5 x 1 sobre a Venezuela convence os mais céticos. O Uruguai, em Montevidéu, é o úlltimo jogo do primeiro turno das Eliminatórias e uma derrota representa quase que o adeus ao sonho do tetra em 1994. Raí faz 1 x 0, mas os uruguaios empatam. A pressão cresce. Parreira não se abala. "A Seleção se classificará quando jogar em casa", afirma. De fato, se o time ganhar as partidas que faltam, carimba o passaporte. No primeiro jogo de volta, vitória de 2 x 0 sobre o Equador, em São Paulo, sob vaias. "É como voltar para casa depois de uma viagem e ser estapeado pelo pai e pela mãe", queixa-se o goleiro reserva Gilmar. Sete dias depois, revanche contra a Bolívia, em Recife. Os pernambucanos recebem a Seleção calorosamente, um carinho que continua durante toda a partida. Nem os 6 x 0 são suficientes, porém, para convencer o resto do país de que o time está no caminho certo. No jogo seguinte, em Belo Horizonte, os jogadores voltam a entrar em campo de mãos dadas - gesto proposto por Ricardo Rocha e que simboliza a união do elenco contra tudo e todos. Pouco adianta: a torcida vaia apesar dos 4 x 0 sobre a Venezuela. Falta agora apenas um jogo - de vida ou morte contra o Uruguai. Müller, então, titular, se machuca. A torcida e a imprensa pedem a convocação de Romário. Zagalo, coordenador técnico da Seleção, é contra: acha o atacante irresponsável, criador de casos. Mas Romário chega. E, como o salvador da pátria, despacha o Uruguai com dois gols e meia dúzia de jogadas inesquecíveis. Sonhar com o tetra em 1994 agora já é possível: o Brasil está lá.
Data: 18/Julho/1993
Local: Estádio Monumental
Cidade: Guayaquil (Equador)
Público: 60.000
Árbitro: Juan Carlo Losteau (Argentina)
Brasil: Taffarel; Jorginho, Válber, Márcio Santos e Branco; Luís Henrique (Dunga), Mauro Silva e Raí; Bebeto, Careca (Evair) e Zinho.
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Equador: Espinoza; Muñoz, Máximo Tenório, Capurro e Coronel; Carcelen, Carabali (Iván Hurtado), Fernandez e Aguynaga; Ávilez e Chala (Eduardo Hurtado).
Técnico: Dussan Draskovic
Data: 25/Julho/1993
Local: Estádio Hernán Siles Zuazo
Cidade: La Paz (Bolívia)
Público: 50.000
Árbitro: Juan Escobar (Paraguai)
Brasil: Taffarel; Cafu, Válber, Marcio Santos e Leonardo; Mauro Silva, Luís Henrique (Jorginho) e Raí (Palinha); Bebeto, Müller e Zinho.
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Bolívia: Trucco; Rimba, Quinteros, Sandy e Borja; Cristaldo, Melgar, Valdiejo e Etcheverry; Sánchez e Ramalho (Alvaro Peña).
Gols: Etcheverry aos 43min e Alvaro Peña aos 45min do segundo tempo
Data: 1/Agosto/1993
Local: Estádio Pueblo Nuevo de San Cristóbal
Cidade: San Cristóbal (Venezuela)
Público: 13.000
Árbitro: Armando P. Hoyos (Colômbia)
Brasil: Taffarel; Jorginho, Ricardo Rocha, Márcio Santos e Branco; Raí (Palhinha), Mauro Silva e Dunga; Bebeto, Careca (Evair) e Elivélton.
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Venezuela: Gómez; Filosa, Hector Rivas, Gonzalez e Mathias; Rodriguez, Hernandez, Echenaussi e Chacón; Stállin Rivas (Contreras) e Dolgetta (Juan García).
Técnico: Ratomir Dujkovic
Gols: Raí aos 34min do primeiro tempo; Bebeto aos 17min, Branco aos 19min, Bebeto aos 32min, Juan García aos 39 e Palhinha aos 42min do segundo tempo.
Expulsão: Echenaussi
Data: 15/Agosto/1993
Local: Estádio Centenário
Cidade: Montevidéu
Público: 64.000
Árbitro: Juan Bava (Argentina)
Brasil: Taffarel; Jorginho, Ricardo Rocha, Márcio Santos e Branco; Dunga, Mauro Silva e Zinho; Bebeto (Antônio Carlos), Raí e Müller (Valdeir).
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Uruguai: Siboldi; Sanguinetti, Daniel Sánchez, Kanapsis e Cabrera; Morán, Ostolaza (Salazar) e Francescoli; Aguilera, Fonseca e Rubén Sosa (Adrian Paz).
Técnico: Luis Cubilla
Gols: Bebeto aos 28min do primeiro tempo; Fonseca aos 33min do segundo tempo.
Expulsão: Ricardo Rocha
Data: 22/Agosto/1993
Local: Estádio do Morumbi
Cidade: São Paulo (Brasil)
Público: 77.916
Árbitro: José J. Torres (Colômbia)
Brasil: Taffarel; Jorginho, Ricardo Gomes, Márcio Santos e Branco (Cafu); Raí (Palhinha), Dunga e Mauro Silva; Bebeto, Müller e Zinho.
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Equador: Espinosa; Coronel, Máximo Tenório, Iván Hurtado e Capurro; Carcelen, Carabali, Fernandez (Gavica) e Chala; Muñoz (Avilés) e Eduardo Hurtado.
Técnico: Dussan Draskovic
Gols: Bebeto aos 34min do primeiro tempo; Dunga aos 9min do segundo tempo.
Cartão Amarelo: Carcelen, Iván Hurtado e Márcio Santos.
Data: 29/Agosto/1993
Local: Estádio do Arruda
Cidade: Recife (Brasil)
Público: 74.803
Árbitro: Oscar Velazquez (Paraguai)
Brasil: Taffarel; Jorginho, Ricardo Rocha, Ricardo Gomes e Branco; Mauro Silva, Dunga e Raí; Bebeto (Evair), Müller e Zinho (Palhinha).
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Bolívia: Trucco; Borja, Rimba, Sandy e Quinteros; Cristaldo, Melgar, Baldivieso e Etcheverry (Juan Peña); Sánchez e Ramallo (Alvaro Peña).
Gols: Raí aos 13min, Müller aos 19min, Bebeto aos 23min, Branco aos 36min e Ricardo Gomes aos 45min do primeiro tempo; Bebeto aos 13min do segundo tempo.
Expulsão: Dunga
Data: 5/Setembro/1993
Local: Estádio do Mineirão
Cidade: Belo Horizonte (Brasil)
Público: 74.803
Árbitro: Francisco Lamolina (Argentina)
Brasil: Taffarel; Jorginho, Ricardo Rocha, Ricardo Gomes e Branco; Mauro Silva e Raí; Valdeir (Luís Henrique), Evair, Palhinha e Zinho.
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Venezuela: Gómez; Filosa, Hector Rivas, Morales e Carlos García; Rodriguez, Chacón (Hernandez), Echenausi e Paez Pumar (Millilo); Tortorelo e Jaun García.
Técnico: Ratomir Dujkovic.
Gols: Ricardo Gomes aos 27min, Valdeir aos 29min e Evair aos 31min do primeiro tempo; Ricardo Gomes aos 45min do segundo tempo.
Data: 19/Setembro/1993
Local: Estádio do Maracanã
Cidade: Rio de Janeiro
Público: 101.533
Árbitro: Alberto Tejada (Peru)
Brasil: Taffarel; Jorginho, Ricardo Rocha, Ricardo Gomes e Branco; Dunga, Mauro Silva e Raí; Bebeto, Romário e Zinho.
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Uruguai: Siboldi; Mendes, Canals (Paz), Herrera, Kanapkis e Batista; Dorta, Gutiérrez e Francescoli (Salazar); Fonseca e Rubén.
Técnico: Ildo Manero
Gols: Romário aos 26min e aos 36min do segundo tempo.
Cartão amarelo: Branco, Mendes, Canals, Herrera, Gutiérrez, Francescoli e Rubén Sosa.
Faltando pouco mais de um mês para o início da Copa, o técnico Carlos Alberto Parreira divulga a lista dos convocados: os 22 eleitos são nomes há muito anunciados. Com isso, a polêmica que mexe com o país há pelo menos um ano fica centrada no cuidadoso esquema tático da equipe. Parreira chegara a dizer numa velha entrevista que "o gol é apenas um detalhe" no futebol. A frase é, na verdade, o enunciado da teoria batizada como "futebol de resultados": tentar vencer com o mínimo de riscos, mesmo que a vitória assim conseguida não emocione os torcedores. Os jogadores convocados começam a chegar de todas as partes do mundo. Mozer, com uma virose, é cortado já na concentração de Teresópolis (RJ) e Aldair é chamado para seu lugar. Agora está tudo pronto para o embarque rumo aos Estados Unidos, que acontece na noite de 25 de maio. A torcida, que já não estava muito confiante, fica ainda mais desconfiada depois do empate em 1 x 1 contra o Canadá, no último jogo-treino antes da estréia contra a Rússia. Pela televisão, rádios e jornais, o país acompanha o que acontece durante esses dias nos Estados Unidos. Ricardo Gomes machuca-se e fica fora do Mundial. Ronaldão é chamado às pressas para a sua vaga. Romário e Branco não treinam por sentirem fortes dores musculares. O Brasil fica preocupado. Finalmento, no dia 17 de junho, a Seleção entra em campo para seu primeiro jogo. Branco não joga mesmo, mas Romário, o matador, está lá exibindo suas armas. E é ele quem abre o caminho da vitória com um toque genial de pé direito depois de um escanteio cobrado por Bebeto. E é ele quem enlouquece os zagueiros russos, levando-os a cometer dois pênaltis. Um, o primeiro, o juiz não marca; o outro, Raí converte. Uma boa vitória na mais tranqüila estréia brasileira em uma Copa. É o primeiro passo e a torcida começa a acreditar.
Data: 20/Junho/1994
Local: Stanford Stadion
Cidade: São Francisco (EUA)
Público: 81.061
Árbitro: An Yan Lim Kee Chong (Ilhas Maurício)
Brasil: Taffarel; Jorginho, Ricardo Rocha (Aldair aos 27 do 2o), Márcio Santos e Leonardo; Mauro Silva, Dunga (Mazinho), Zinho e Raí; Bebeto e Romário.
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Rússia: Kharin; Nikiforov, Gorlukovic e Ternavsky; Khlestov, Kuznetzov, Piatiniski, Tsymbalar e Karpin; Radchenko (Borodjuk aos 31 do 2o) e Iuran (Salenko aos 9 do 2o).
Técnico: Pavel Sadyrim
Gols: Romário aps 26 min do primeiro tempo; Raí (pênalti) aos 8min do segundo tempo.
Cartões Amarelos: Nikiforov, Khlestov e Kuznetzov.
Camarões fez um belo papel na Copa da Itália, quatro anos antes, quando se mostrou um time alegre, criativo, voltado para o ataque. Era assim que o Brasil jogava em 1958, 1962 e 1970 - os anos dourados do tri - e, como essa fama ainda perdura na imprensa americana, os jornais de São Francisco acreditam que as duas equipes farão o jogo dos sonhos dos torcedores. Mas basta a partida começar para se perceber que estavam enganados, pois nem Camarões nem Brasil são mais os mesmos, convencidos que estão de que competir é melhor. Por isso, os dois times são cautelosos e esperam pacientemente o momento do bote. Mas o Brasil é melhor, mais sólido, mais consciente. Os africanos, que empataram o primeiro jogo com a Suécia (2 x 2), sabem que sua chance de passar para a Segunda Fase está em segurar ao menos o empate. Já o Brasil - tanto time como país - sabe que a vitória é mera questão de tempo. Tempo que passa sem maiores emoções até que, aos 39, Romário recebe um lançamento de Dunga entre os zagueiros adversários, invade a área e toca rasteiro na saída do goleiro Bell. Anunciada quando o marcador ainda estava 0 x 0, a vitória deixa de ser uma questão de tempo para se transformar numa questão de tamanho. Porque os jogadores africanos passam a apelar para a violência e o lateral Song acaba expulso aos 18min do segundo tempo. Dois minutos depois, Dunga engana a defesa camaronesa e lança Jorginho, que cruza com perfeição para a cabeçada de Márcio Santos. A Seleção começa a administrar suas energias. Ainda assim, Bebeto aproveita o rebote de mais uma jogada criada por Romário para fazer 3 x 0. Em apenas dois jogos nesta Copa, o Brasil já marcou um gol a mais do que o time que disputou o Mundial da Itália. Melhor: está classificado com antecedência para a Segunda Fase. Sinal de que o futebol de resultados está dando resultado. A torcida solta mais e mais rojões.
Data: 24/Junho/1994
Local: Stanford Stadion
Cidade: São Francisco (EUA)
Público: 83.401
Árbitro: Arturo Brizio Carter (México)
Brasil: Taffarel; Jorginho, Aldair, Márcio Santos e Leonardo; Mauro Silva, Dunga, Zinho (Paulo Sérgio 30 do 2o) e Raí (Müller 36 do 2o); Bebeto e Romário.
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Camarões: Bell; Tataw, Kalla, Song e Agbo; Libiih, Foe, Mbouh e Mfede (Maboang 27 do 1o); OmanBiyik e Embe (Milla 19 do 2o).
Técnico: Henri Michel
Gols: Romário aos 39min do primeiro tempo; Márcio Santos aos 20min e Bebeto aos 27min do segundo tempo.
Cartões Amarelos: Tataw, Kalla e Mauro Silva
Expulsão: Song aos 18min do segundo tempo.
Com a presença já garantida nas oitavas, o Brasil vai a Detroit enfrentar a também classificada Suécia. É uma partida que só tem importância para quem pensa em escolher o adversário da próxima fase. Comenta-se que os jogadores e a comissão técnica do Brasil fizeram uma misteriosa reunião na noite de domingo, 26 de junho, para discutiur justamente essa questão: vencer ou empatar com a Suécia para enfrentar os Estados Unidos no dia de sua indepêndencia, quando os fortes sentimentos patrióticos estão ainda mais acirrados, ou entrgar o jogo e enfrentar provavelmente a Holanda> O capitão Dunga, por exemplo, acha melhor jogar contra a Holanda, que, segundo ele, está uma "baba". Assim quando os times entram em campo no estranho Silverdome - o primeiro estádio coberto na história das Copas -, a pergunta que fica é: os jogadores seriam tão pragmáticos a ponto de perderem uma partida de propósito para terem um caminho mais fácil? Os primeiros 20 minutos mostram que o time joga para vencer. Só que joga mal, sem saber como furar a retranca sueca. Aos 23min, Taffarel vai buscar pela primeira vez a bola nas redes, depois de Andersson acertar um chute perfeito por cobertura. O jogo continua inalterado, com a Seleção Brasileira atacando improdutivamente pelo meio. "Mazinho, Mazinho", pede a torcida impaciente. Parreira vai ao vestiário parecendo não ter ouvido. Mas ouviu: Mazinho está em campo. Não, porém, no lugar de Zinho que queriam as arquibancadas, mas na vaga de Mauro Silva. Na primeir adescida do Brasil, Romário recebe livre na intermediária. Mesmo perseguido por três zagueiros, invade a área e bate rasteiro no canto esquerdo de Ravelli. O Silverdome se transforma numa monumental gafieira. A Seleção continua invicta. Como em 1958, 1962 e 1970 - anos em que o Brasil também não escolheu adversários e foi tricampeão do mundo.
Encharcados de orgulho, entusiasmo e patriotismo, os americanos estão acreditando que dá para vencer o Brasil pelas oitavas-de-final - vitória que encerraria em grande estilo as comemorações de 4 de julho, o dia da independência dos Estados Unidos. Embora até por elementares princípios de educação isso não seja dito nem pelos jogadores, nem pelos membros da comissão técnica, o fato é que a Seleção Brasileira considera o time americano fraco, sem condições de ameaçar seriamente sua classificação para a próxima fase. E tanto a torcida como a imprensa estão hoje mais entusiasmadas. Motivo: depois da péssima partida contra a Suécia, o técnico Parreira resolvera finalmente mexer no time, escalando Mazinho no lugar de Raí. Pela primeira vez em jogo envolvendo o Brasil, o Estádio de Stanford, em São Francisco, não se tinge de verde e amarelo, mas, sim, de branco, azul e vermelho, as cores da bandeira americana. Tão exigida por jornalistas e torcedores, a presença de Mazinho no meio-campo não surte o efeito esperado neste início de partida: o futebol do time é confuso, burocrático. Aos 11, a equipe ianque assusta com uma bola raspa perigosamente o gol de Taffarel. Romário responde chutando na trave. Em seguida, Bebeto, de voleio, desperdiça boa chance. Na sequência, Aldair e Márcio Santos perdem um gol certo. A cada minuto, o time brasileiro fica cada vez mais tenso. Não por sofrer ameaças sérias, mas por causa de seus próprios defeitos. Aos 41, sem nenhuma justificativa, o sempre tranqüilo lateral Leonardo dá uma cotovelada em Tab Ramos e acaba expulso. Mazinho vai para a lateral. Com um jogador a menos, como a Seleção conseguirá furar o bloqueio americano no segundo tempo?, pergunta-se a torcida em sua angústia no intervalo. Mas o Brasil volta surpreendentemente melhor. Romário aos 3, só não marca porque o zagueiro Dooley salva sobre a linha. Aos 13, Zinho deixa Romário sozinho com o goleiro Meola e - incrível! - o Baixinho perde. O time americano há muito desistiu de armar qualquer ataque. São onze jogadores soldados atrás da linha do meio do campo apostando em arrastar a partida, primeiro, para a prorrogação e, com muita sorte, para os pênaltis. Pressão sufoco, angústia. Ainda mais que o estádio inteiro, enlouquecido, não pára agora de gritar "IUESSEI, IUESSEI". Aos 28, Romário, sempre ele, recua até a intermediária americana, livra-se de um adversário, avança e solta um passe genial para Bebeto livre pela direita. Bebeto recebe, infiltra-se área adentro e bate devagar cruzado, sem chance para Meola. Embora ainda faltem mais de 15 minutos para o final do jogo a vitória está garantida, pois os americanos nunca souberam o que fazer com a bola no ataque. Mesmo criticado, o Brasil vai chegando. E mesmo sem encantar a torcida, é até agora o melhor time da competição.
Data: 4/Julho/1994
Local: Stanford Stadion
Cidade: São Francisco (EUA)
Público: 84.147
Árbitro: Joel Quiniou (França)
Brasil: Taffarel; Jorginho, Aldair, Márcio Santos e Leonardo; Mauro Silva, Dunga Zinho (Cafu 23 do 2o) e Mazinho; Bebeto e Romário.
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Estados Unidos: Meola; Clavijo, Balboa, Lalas e Caligiuri; Tab Ramos (Wynalda intervalo), Dooley, Hugo Pérez (Wegerle 20 do 2o) e Sorber; Stewart e Cobi Jones.
Técnico: Bora Milutinovic
Gol: Bebeto aos 28min do segundo tempo
Cartões Amarelos: Jorginho, Mazinho, Tab Ramos, Clavijo e Dooley
Expulsões: Leonardo aos 41min do primeiro tempo; Clavijo aos 40min do segundo tempo.
Há um consenso entre jogadores, jornalistas e torcedores: de todos os adversários que a Seleção enfrentou até agora, a Holanda é o adversário mais difícil. É um time com experiência, uma boa escola tática e jogadores de alto-nível, como o líbero Koeman, o meio-campista Rijkaard e os atacantes Overmars e Bergkamp. Uma das grandes preocupações do lado brasileiro é a presença na lateral esquerda, em substituição a Leonardo, expulso contra os Estados Unidos. Por sentir fortes dores lombares desde que a delegação desmbarcou nos Estados Unidos, Branco não participou anteriormente de nenhuma partida. Como é um jogador, que mesmo quando em forma, desagrada a boa parte da torcida, há um sensível preocupação no ar quando a partida começa. Afinal, cabe a ele marcar o rápido e esperto Overmars. Em pleno verão de Dallas, surpreendentemente faz frio no Estádio Cotton Bowl neste início de jogo. Os primeiros minutos são de estudos, mas a Seleção Brasileira transmite segurança e aos poucos vai tomando as rédeas da partida nas mãos. Aos 20, Romário dá o primeiro chute a gol. Um cruzamento perigoso é a resposta holandesa. Zinho perde boa chance em seguida. Mauro Silva quase marca aos 29. Zinho, Aldair e Romário deixam, por indecisão, de marcar no final do primeiro tempo. É a melhor partida do time nesta Copa. No início do segundo tempo, Romário perde uma oportunidade que ele não é de desperdiçar. Até o meio-campista Zinho está jogando bem. Branco há muito deixou de ser uma preocupação brasileira para se transformar num problema holandês. Não só está marcando bem a Overmars como tem boa participação nas jogadas de ataque. O domínio brasileiro é amplo. Mas falta mesmo o gol. E ele acontece aos 6 minutos: Aldair lança Bebeto pelo lado esquerdo do ataque. Bebeto avança e centra na medida para Romário concluir com os dois pés no ar, sem chance para De Goeij. O Brasil está jogando um futebol de emocionar - vibrante, rápido e inteligente que ainda não mostrara. Só dá o time azul em campo. O de laranja parece vencido. Aos 16, uma jogada antológica de Romário: impedido quando a bola lhe é lançada, ele continua andando em direção ao campo brasileiro como se não a estivesse vendo. Seu marcador, enganado por sua displicência, também continua andando. A bola passa sobre eles e Bebeto aproveita para entrar na área, driblar o goleiro e tocar para o gol vazio. É um marcador que faz justiça ao futebol vibrante apresentado pelo Brasil. Dois minutos, porém, Márcio Santos falha e Bergkamp diminui. De repente, o jogo, fácil, fica difícil. Aos 30, nova bobeada e Winter empata. De difícil a partida se torna dramática. Aos 36, Branco cava uma falta. Ele mesmo bate. Uma bomba. Brasil 3 x 2. Magoado com as críticas, Branco batiza o gol de "gol cala-a-boca". Mas o Brasil não se cala. Grita, e grita: BRASIL!!!. O tetra está cada vez mais perto.
Data: 9/Julho/1994
Local: Cotton Bowl
Cidade: Dallas (EUA)
Público: 63.998
Árbitro: Rodrigo Badilla (Costa Rica)
Brasil: Taffarel; Jorginho, Aldair, Márcio Santos e Branco (Cafu 45 do 2o); Mauro Silva, Dunga, Zinho e Mazinho (Raí 35 do 2o); Bebeto e Romário.
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Holanda: De Goeij; Winter, Valckx, Koeman e Rob Witschge; Rijkaard (Ronald de Boer 19 do 2o), Wouters e Jonk; Overmars, Bergkamp e Van Vossen (Roy 8 do 2o).
Técnico: Dick Advocaat
Gols: Romário aos 6min, Bebeto aos 16min, Bergkamp aos 18min, Winter aos 30min e Branco aos 36min do segundo tempo.
Cartões Amarelos: Winter, Dunga e Wouters.
Agora sim, o Brasil está realmente empolgado com a Seleção. Desde o final da emocionante partida contra a Holanda, as ruas do país já não são mais as mesmas. Automóveis, ônibus e caminhões carregam bandeiras de todos os tamanhos e levam fitas verde-amarelo amarradas nas antenas do rádio. Torcedores com o uniforme brasileiro estão em toda a parte. Essa é a nova paisagem de um país que passou a acreditar em seu time. A Suécia, adversária da Semifinal, não mete medo. É uma equipe fisicamente forte, cuja maior virtude está na marcação dura e incansável que exerce a partir do meio-campo. É essa justamente a grande preocupação do técnico Carlos Alberto Parreira. "Não vai ser fácil entrar na defesa deles. A Suécia está marcando cada vez melhor", previa. A Seleção pisa no gramado do Estádio Rose Bowl, em Los Angeles, vestida toda de azul: camisa, calção e meia - um canário cor de anil, que no início provoca um desconforto psicológico na torcida por sua visão inusitada. O time sueco, de branco, mostra desde o instante em que a bola começa a rolar que vai usar e abusar de sua única qualidade notável: seu reconhecido poder de marcação. Com disclina tática, os jogadores de branco bloqueiam os espaços e formam uma muralha ao redor da área do goleiro Ravelli. Ainda assim, o Brasil cria boas oportunidades. Aos 13, Zinho perde gol feito. Aos 25, o zagueiro Andersson salva sobre a linha um chute de Romário, e Mazinho, na pequena área desperdiça o rebote. Aos 32, é a vez de Romário - até então infalível nas conclusões - jogar fora outra ble chance. Bebeto dribla, desloca-se com inteligência, dá passes na medida para os companheiros. É o melhor de uma equipe que, adversário domado, não consegue derrubá-lo. O primeiro tempo termina 0 x 0, resultado que deixa a torcida apreensiva, já que os deuses do futebol costumam castigar os times que perdem tantas oportunidades. Na segunda etapa, Raí entra no lugar de um Mazinho tímido, inseguro, decepcionante. A Suécia volta melhor, procura arriscar mais, mas é Zinho, aos 9, que por pouco não marca um golaço de fora da área. A angústia cresce. É inacreditável que o domínio exercido pela Seleção não se transforme em gols. Aos 17, o capitão sueco Thern é expulso por entrada feia em Dunga. Com um homem a menos, a Suécia resiste. O Brasil parece um lutador que, depois de bater durante a luta inteira no adversário, não sabe mais o que fazer para chegar à vitória. Faltando apenas dez minutos, decidir nos pênaltis é uma hipótese que ganha corpo. Mas Bebeto lança Jorginho livre pelo lado direito. Ele corre até a lateral da área e centra. Romário salta entre os gigantes suecos e cabeceia a direita de Ravelli. É um gol com sabor de fábula antiga: um jogador baixinho, 1,68m, usa sua única arma ofensiva do adversário, a cabeçada, para derrotá-lo. Um gol que coloca o Brasil em sua quinta decisão. E logo contra a Itália! O Brasil vai dormir certo de que a hora de vingar Sarriá finalmente chegou.
Data: 13/Julho/1994
Local: Estádio Rose Bowl
Cidade: Los Angeles (EUA)
Público: 91.794
Árbitro: José Joaquín Torres Cadena (Colômbia)
Brasil: Taffarel; Jorginho, Aldair, Márcio Santos e Branco; Mauro Silva, Dunga, Mazinho (Raí, intervalo) e Zinho; Bebeto e Romário.
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Suécia: Ravelli; Roland Nilsson, Andersson, Bjorklund e Ljung; Thern, Ingesson, Mild e Brolin; Dahlin (Rehn 22 do 2o) e Kennet Andersson.
Técnico: Tommy Svenson
Cartões Amarelos: Zinho, Ljung e Brolin
Expulsão: Thern aos 17min do segundo tempo<>
Em 1970, Brasil e Itália, bicampeões mundiais, decidiam qual deles seria o primeiro tri da história. Em 1994, Brasil e Itália, agora tricampeões, decidem qual deles chega primeiro ao tetra - honra que poderia ser, no máximo, igualada neste século, jamais ultrapssada. A Seleção Italiana, seguindo uma tradição inaugurada em 1982, na Espanha, começou a Copa muito mal, só conseguindo a classificação para a Segunda Fase por ter feito um gol a mais que a Noruega. Venceu depois a Nigéria pelas oitavas-de-final na prorrogação (2 x 1), a Espanha pelas quartas (2 x 1) e a Bulgária pelas Semifinais (também por 2 x 1). O time brasileiro ao contrário, iniciou bem a competição, caiu de produção, mas voltou a mostrar bom futebol a partir das quartas-de-finbal. Com o título de campeão do século em disputa, o Brasil almoça mais cedo e vai para a frente da televisão. Também o mundo está de olhos colados na telinha neste 17 de julho. A Seleção, vestindo seu uniforme verde-amarelo, joga completa. Idem a Itália, embora suas duas maiores estrelas - Baresi e Roberto Baggio - não estejam em suas melhores condições físicas. É o Brasil quem começa forçando, enquanto o adversário apenas se defende à espera de uma brecha para contragolpear. Romário tem boa chance, mas cabeceia fraco em cima de Pagliuca, e Bebeto desperdiça uma oportunidade ainda mais clara. Jorginho, aos 20, se machuca ao fazer sua melhor jogada pela direita. Cafu entra e a Itália ganha espaços para o contra-ataque. Num deles, Massaro, cara a cara com Taffarel, chuta sobre o goleiro brasileiro. Logo depois Mazinho fura espetacularmente com Romário e Bebeto livres na área. O primeiro tempo acaba. Um primeiro tempo de respeito entre as duas equipes e bastante confuso na arbitragem, com o juiz Húngaro Sandor Phul só apitando faltas a favor da Itália e o bandeirinha paraguaio Venancio Zarate não assinalando os impedimentos brasileiros. Começa o segundo tempo. Mauro Silva é o grande destaque canarinho e Baresi mostra porque é um dos melhores líberos do mundo. Nenhuma das equipes se expõe. Aos 30, Mauro Silva chuta, a bola escapa de Pagliuca, bate na trave e volta às mãos do goleiro. O jogo so século vai para a prorrogação. Bebeto perde nova chance. Em seguida, é Baggio quem obriga Taffarel a fazer grande defesa. Viola entra no lugar de Zinho no segundo tempo e incendeia o time. Romário perde o gol mais feito da partida. O final é dramático, com o Brasil forçando e a Itália defendendo-se heroicamente. Não tem jeito. A decisão vai para os pênaltis. Baresi perde a primeira cobrança. Márcio Santos também. Albertini converte. Romário iguala. Evani faz 2 x 1 para a Itália. Branco empata. Taffarel defende o chute de Massaro. Dunga bota o Brasil na frente: 3 x 2. Baggio enche o pé e joga por cima do gol brasileiro. Os jogadores correm, pulam, se abraçam. Brasil, tetracampeão do mundo. Brasil, campeão do século.
Data: 17/Julho/1994
Local: Estádio Rose Bowl
Cidade: Los Angeles (EUA)
Público: 94.194
Árbitro: Sandor Phul (Hungria)
Brasil: Taffarel; Jorginho (Cafu 20 do 1o), Aldair, Márcio Santos e Branco; Mauro Zilva, Dunga, Mazinho (Viola 1 do 2o da prorrogação); Bebeto e Romário.
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Itália: Pagliuca; Mussi (Apolloni 34 do 1o), Baresi, Benarrivo e Maldini; Dino Baggio (Evani 5 do 1o da prorrogação), Donadoni, Berti e Albertini; Baggio e Massaro.
Técnico: Arrigo Sachi
Decisão por Pênaltis: Brasil 3 (Romário, Branco e Dunga) x Itália 2 (Albertini e Evani)
Cartões Amarelos: Mazinho, Apolloni, Albertini e Cafu