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Anatomia da Íris 
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Anatomia do Olho
 
PUPILA
A pupila também é chamada popularmente de "menina do olho". Ela regula a entrada de luz no olho; contraindo-se em ambientes iluminados e aumentando (dilatando) no escuro.

Veja na imagem a seguir como a pupila reage a luz:Resposta pupilar 
... Ora, não percebeis que com os olhos alcançais toda a beleza do mundo? O olho é o senhor da astronomia e o autor da cosmografia; ele desvenda e corrige toda a arte da humanidade; conduz os homens as partes mais distantes do mundo; é o príncipe da matemática, e as ciências que o têm por fundamento são perfeitamente corretas. 

O olho mede a distância e o tamanho das estrelas; encontra os elementos e suas localizações; ele... deu origem a arquitetura, a perspectiva, e a divina arte da pintura. 

...Que povos, que línguas poderão descrever completamente sua função! O olho é a janela do corpo humano pela qual ele abre os caminhos e se deleita com a beleza do mundo.  

LEONARDO DA VINCI 1452-1519
   
 
 
Tem a forma de um globo que fica guardado dentro de uma cavidade óssea (óbita) e protegido pelas pálpebras. Externamente possui seis músculos que fazem os movimentos oculares.
É constituído por camadas concêntricas aderidas entre si, com função de: visão, nutrição e proteção.
GLOBO OCULAR
 
Cada olho é constituido por 3 túnicas (camadas):
  • Externa: Protetora. São a córnea e a esclera.
  • Média: Vascular. Compreende a íris, a coróide e o corpo ciliar.
  • Interna: Nervosa. É a retina.
  •  
    O cristalino: é uma lente gelatinosa, elástica e convergente que focaliza a luz que entra no olho, formando imagens na retina. A distância focal do cristalino é modificada por movimentos de um anel de músculos, os músculos ciliares, permitindo ajustar a visão para objetos próximos ou distantes. Isso se chama de acomodação do olho à distância do objeto. 
    A convergência correta do cristalino faz com que a imagem de um objeto, formada na retina, fique nítida e bem definida. Se for maior ou menor que a necessária, a imagem fica fora de foco, como se costuma dizer. A imagem é real e invertida mas isso não tem importância já que todas as imagens também são invertidas e o cérebro se adapta a isso desde o nascimento.
     
    Na figura esquemática ao lado, o cristalino (lente) está inicialmente ajustado para uma dada distância do objeto. Se o objeto se aproxima, a imagem perde a nitidez. Para recuperá-la o cristalino se acomoda, aumentando a convergência, isto é diminuindo a distância focal.
       
    A retina: é nela que se formam as imagens das coisas que vemos. A retina é composta de células sensíveis à luz, os cones e os bastonetes. Essas células transformam a energia luminosa das imagens em sinais nervosos que são transmitidos ao cérebro pelo nervo ótico. Normalmente, as imagens dos objetos que olhamos diretamente formam-se na região da retina bem na linha que passa pela pupila e pelo centro do cristalino, isto é, pelo eixo do globo ocular. Essa região, chamada de fóvea, é rica de cones, que são as células mais sensíveis à visão das cores. No resto da retina praticamente só tem bastonetes que são menos sensíveis às cores mas são mais sensíveis à baixa intensidade de luz. Na semi-obscuridade são os bastonetes que se encarregam de nossa visão: por isso se diz que à noite todos os gatos são pardos.
    Na porção anterior de nossos olhos, tem uma camada chamada córnea, que é semelhante ao vidro de um relógio. Podemos ver bem nossa córnea, olhando os olhos de alguém de perfil: é uma "casquinha" transparente e funciona como uma lente. Atrás da córnea temos a íris, que é o colorido dos olhos. No centro da íris, temos uma abertura chamada pupila, conhecida com "menina dos olhos" que aumenta ou diminui seu tamanho de acordo com a luminosidade do ambiente, regulando assim, a entrada de luz no olho, como faz o diafragma na máquina fotográfica.
     
    SISTEMA LACRIMAL
      A lágrima é produzida pelas glândulas lacrimais, nas pálpebras superiores. O escoamento da lágrima ocorre para o nariz, através do sistema de drenagem da lágrima. O sistema de drenagem se inicia nos pontos lacrimais.Anatomia Externa
    Atrás da pupila, temos o cristalino, que é uma lente que fica dentro de nossos olhos. Os raios de luz atravessam todas essas estruturas e vão até o fundo do olho, onde está a retina, que nada mais é do que um prolongamento do cérebro. A retina é composta de células nervosas e leva a imagem através do nervo óptico para que o cérebro interprete. Na verdade, nós não enxergamos com os olhos, mas sim com o cérebro - os olhos apenas captam a luz e transmitem as informações para o cérebro.
     
    A SENSAÇÃO VISUAL
    A luz, quando chega à retina, estimula a camada de cones e bastonetes, que originam ondas elétricas que se transmitem pelo nervo óptico.
    O nervo óptico entra no cérebro e dirige-se a região responsável pela visão onde se processa o fenômeno de "formação das imagens".
    Cada olho recebe e envia ao cérebro uma imagem, no entanto, vemos os objetos como um só, devido a capacidade de fusão das imagens em uma só.
    A visão binocular (com os dois olhos) nos dá um maior campo visual e noção de profundidade.
     
    CORPO CILIAR
    Forma o "humor aquoso", que preenche a parte anterior do olho.
    Possui o músculo ciliar, que sustenta o cristalino no lugar e altera a forma deste (acomodação).
    O olho é uma esfera que mede cerca de 24mm de diâmetro antero-posterior, localiza-se na parte anterior da órbita e é formado por três camadas: externa, média e interna. O aparelho visual é composto por um conjunto sensorial constituido pelo olho, via óptica e centros visuais, e um conjunto não sensorial representado pelos vasos e nervos. A órbita, pálpebras, conjuntiva e o aparelho lacrimal são responsáveis pela proteção do olho, enquanto que os músculos oculomotores asseguram sua mobilidade.
     
    O olho está envolvido por músculos, gordura e tecido conjuntivo. Ligados a ele encontramos quatro músculos retos e dois oblíquos. Estes são inervados pelos nervos oculomotor (3º par - retos superior, inferior, medial e oblíquo inferior), troclear (4º par - oblíquo superior) e abducente (6º par - reto lateral), e entram através da fissura orbitária superior. O ramo oftálmico do trigêmeo (5º par), responsável pela inervação sensorial ocular e da face, entra na cavidade craniana também através desta fissura. O nervo óptico (2º par), que transmite os impulsos visuais, deixa a órbita através do foramen óptico junto da artéria oftálmica e inervação simpática ocular.
     
    O globo ocular possui três camadas e cada uma possui subdivisões. A camada externa é composta pela córnea (parte transparente), pela esclera (parte opaca) e pela junção córneo escleral (limbo ou sulco). A média ou úvea é composta pela íris, que contém a abertura central-a pupila; o corpo ciliar, responsável pela produção do humor aquoso e suporte do cristalino; e pela coroide ou camada vascular.
     
    As cavidades oculares são em número de três: a cavidade vítrea, a câmara posterior e a câmara anterior. A cavidade vítrea é a maior e é localizada posterior ao cristalino e adjacente a retina sensorial, a câmara posterior é a menor e compreende o espaço entre a íris e o cristalino, enquanto que a câmara anterior localiza-se entre a íris e a face posterior da córnea. O humor aquoso é formado pelos processos ciliares e circula através da pupila e do sistema trabeculado.
     
     
    2. Camada externa
     
    A camada externa ocular é composta pela esclera e pela córnea. A junção dessas contém o sistema trabeculado e o sistema de drenagem do humor aquoso, o canal de schlemm.
     
    A esclera é a camada protetora do olho, composta por fibras colágenas, é densa, branca, e contínua à córnea anteriormente e ao nervo óptico posteriormente. É coberta por uma camada vascular rica, a episclera, pela fascia bulbar e conjuntiva. A esclera possui três camadas: a episclera, o estroma e a lâmina fusca, e sua estrutura é semelhante a da córnea. Sua inervação é feita através dos nervos ciliares e a vascularização através das artérias ciliares (em número de quatro), veias ciliares e vorticosas.
     
    A córnea é a parte transparente do olho, é avascular, e seu crescimento só é completo em humanos no sexto ano de vida. É composta pelo epitélio corneano (pavimentoso estratificado) e sua membrana basal, membrana de Bowman, estroma ou substância própria, membrana de Descemet e endotélio.
     
    A nutrição corneana é feita através das lágrimas, do humor aquoso, e o oxigênio é absorvido diretamente da atmosfera. A córnea é avascular em sua parte central e o limbo é vascularizado por ramos das artérias ciliares anteriores. A inervação é feita pelo ramo oftálmico do trigêmeo e é somente sensorial.
     
     
    3. Camada média
     
    A camada média ou úvea é composta pela coróide, corpo ciliar e íris, e é também denominada túnica vascular. Sua irrigação é feita através de duas artérias ciliares longas, várias ciliares anteriores e posteriores curtas. As artérias ciliares anteriores e posteriores longas formam na periferia da íris o círculo arterial maior da íris e vão nutrir o corpo ciliar. O sangue é drenado pelas veias vorticosas, ciliares posteriores e anteriores.
     
    A coróide é responsável pelo suprimento vascular do epitélio pigmentar da retina e da retina sensorial adjacente a ele. O corpo ciliar tem como função secretar o humor aquoso e contém a musculatura lisa responsável pela acomodação do cristalino. A íris envolve a pupila, abertura central que controla a entrada de luz no olho.
     
     
    4. Camada interna
     
    A retina resulta da invaginação da vesícula óptica formando uma camada externa, o epitélio pigmentar da retina, e uma interna, a retina sensorial. A retina sensorial é formada por várias camadas (em número de dez) FIG, enquanto que o epitélio pigmentar, uma só.
     
    O epitélio pigmentar da retina é uma camada única de células que se estendem da margem do nervo óptico posteriormente até a ora serrata anteriormente, aonde se funde com o retina sensorial.
     
    A retina sensorial é composta por uma camada de células fotorreceptoras, cujos axônios fazem sinapse com células que transmitem o estímulo nervoso ao cérebro. Os cones e bastonetes, células fotossensíveis da retina, correspondem às terminações sensoriais do sistema nervoso.
     
    As regiões da retina são divididas histologicamente da seguinte maneira: ora serrata, retina central e retina periférica.
     
    A ora serrata é a região anterior da retina, localizada a 6 mm do limbo escleral.
     
    A retina central ou mácula lútea se extende nasalmente da fóvea central até o disco óptico. Nessa região, as células ganglionares possuem mais de uma camada de núcleos. A fóvea central é a área onde se encontram exclusivamente cones. A área mais profunda é a fovéola, que é nutrida somente pelos coriocapilares da coróide e não pelos da retina sensorial.
     
    Na retina periférica, as células fotorreceptoras são exclusivamente bastonetes e os segmentos dos cones são mais finos do que na retina central.
     
    A nutrição retiniana da parte externa é feita através dos coriocapilares da coróide, enquanto que a porção mais interna é feita pelos ramos da artéria central da retina, ramo da artéria oftálmica. As veias seguem a distribuição das artérias.
     
     
    Bibliografia
     
    1. Dantas, Adalmir Morterá.Oftalmologia pediátrica.Rio de Janeiro;Cultura médica - 1995.
    2. Dantas, A. M. Anatomia funcional do olho e seus anexos.Rio de Janeiro; Colina editora -1983.
    3. Newell, Frank W. Ophthalmology: principles and concepts. Mosby 7th edition.
     
     
     
    ÓRBITAS
    Sáo cavidades ósseas simetricamente dispostas, uma em cada lado da face, que acomodam e protegem os olhos e seus acessórios.
    São preenchidas em sua maior parte por gordura, que protege o globo ocular. 

    MÚSCULOS EXTRÍNSECOS:
     
    Movimento Ocular Prendem-se na esclera e fazem os movimentos dos olhos. São seis músculos em cada olho e trabalham em conjunto entre si.
     
    CÍLIOS:
    Protegem o olho de poeiras suspensas no ar.
    PÁLPEBRAS:
    Servem para proteger os olhos, distribuir a lágrima e remover corpos estranhos nos olhos. 
     
     
    A luz, quando chega à retina, estimula a camada de cones e bastonetes, que originam ondas elétricas que se transmitem pelo nervo óptico.
    O nervo óptico entra no cérebro e dirige-se à região responsável pela visão onde se processa o fenômeno de "formação das imagens".
    Cada olho recebe e envia ao cérebro uma imagem, no entanto, vemos os objetos como um só, devido a capacidade de fusão das imagens em uma só.
    A visão binocular (com os dois olhos) nos dá um maior campo visual e noção de profundidade.
     
     
     
     
    120 milhões de bastonetes (em cada olho)
    6 milhões de cones (por olho)
    2 mil cones em cada fóvea na região de densidade uniforme máxima
    1 milhão de fibras nervosas no nervo óptico
    250 milhões de células receptoras nos dois olhos
    Porção visível do espectro: 394 a 760 nm (Fv=394.463.815.789.473 Hz, Fv=394 THz)
    Comprimento-de-onda de sensibilidade máxima nos cones: 560 nm (laranja)
    Faixa de intensidade: 1016 (ou 160 decibéis)
     
     
     
    Sobre a cor
     
    No caso da cor-pigmento, uma cor é considerada pura se a concentração da
    substância-pigmento no meio que a contém for de 100%. Qualquer mistura com outro
    pigmento produzirá uma cor que não será reconhecida como a primeira, a menos que seja o branco a cor adicionada. Neste caso, é possível a construção de uma escala de tons para uma mesma cor — que vai da chamada cor saturada ao branco — correspondendo a concentrações da substância-pigmento de 100% até 0% à medida que se introduz criteriosamente mais branco à mistura. Os valores desta escala são chamados croma ou saturação, enquanto que o matiz é a qualidade que se reconhece na cor independentemente da saturação, que é a qualidade de ser vermelho, laranja, amarelo, verde, etc. Em termos de cor-luz o matiz é a percepção do comprimento de onda, ao passo que o croma é a percepção da razão entre a intensidade da luz no comprimento de onda em questão e o nível de branco do espectro.
    Em 1898 o pintor norte-americano Albert J. Munsell criou um sistema de cores juntando um certo número de cromas que foram dispostos numa seqüência de modo que parecessem igualmente espaçados. Em seguida escureceu cada um deles com uma pequena quantidade de preto, dando origem assim a um novo conjunto de tons muito parecidos com os anteriores, mas dando a impressão de terem menos luz. E assim prosseguiu, acrescentando à última seqüência sempre uma mesma quantidade de preto, até atingir o escuro total. Com isto, cada matiz tornou-se perceptivamente comensurável através, de uma escala matricial de n cromas por m valores de luminância. Um elemento desta escala de luminância — uma escala na qual a energia luminosa é corrigida para compensar a variação da sensibilidade do olho com o comprimento de onda — foi chamado por Munsell de valor, simplesmente. Os pintores se referem a estes tons na progressão do escurecimento como uma escala de rebaixamento da cor 7. Os atlas modernos de cores baseados no sistema de Munsell, bastante difundidos entre pintores, trazem cerca de 60 matizes igualmente espaçados na gama visível, cada qual com 10 valores de croma por 9 valores de luminância, perfazendo um total de 5400 tons8. Ainda que a metodologia de Munsell tivesse uma componente empírica bastante acentuada, o seu resultado foi de tal modo cartesiano que se evidenciava um sistema legítimo de ordenação das cores segundo a percepção. Munsell representa o equilíbrio da intuição com o conhecimento e a convivência possível da arte com a ciência.
     
     
     
    A Ordenação das Cores
     Fig. 1 Página de Munsell para o comprimento de onda de 550 nm.
     
     
     
    Aspectos clínicos
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    Adiante
     
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