Soja
Quanto ao aspecto de adulteração genética,
tão disseminado nos nossos tempos, os feijões ocupam um lugar
de destaque entre as exceções, pois podemos encontrar variedades
íntegras praticamente em qualquer lugar. Cito algumas que conheço:
Guandu, Branco, Favas, Fradinho, Moyashi, Adzuki, de Corda, Tremoço,
Corado.
A Soja
apresenta um plano de adulteração muito mais profundo, sendo
difícil encontrar variedades íntegras. Grande é a
possibilidade de entrarmos em contato com derivados contaminados de transgênicos
(utilizados nos alimentos industrializados tais como a lecitina, a proteína
texturizada, o óleo, a gordura vegetal hidrogenada).
Tenho observado reações alérgicas que
desaparecem após a exclusão dos subprodutos da soja, inclusive
o molho "shoyu", leite e tofu.
Os
experimentos Realizados no Brasil
(IDEC)
A maioria dos experimentos
autorizados para liberação de OGMs no meio-ambiente pela
CTNBio se refere a obtenção de plantas transgênicas
(principalmente soja e milho) resistentes a herbicidas ou a insetos, conduzidos
por empresas americanas e européias que reproduzem aqui seus experimentos,
visando acessar o mercado após uma futura liberação
do plantio desses produtos no Brasil. Abaixo, os principais experimentos
autorizados pela CTNBio, segundo um levantamento dos comunicados publicados
no Diário Oficial da União, até Abril de 1998.
Empresa
|
Característica
|
Local
|
Monsanto
do Brasil |
Resistência
a herbicida |
Goiatuba-GO |
Monsanto
do Brasil |
Resistência
a herbicida |
Morrinhos-GO |
Monsanto do
Brasil |
Resistência
a herbicida |
Ponta-Grossa
PR |
Coodetec
Ltda. |
Resistência
a herbicida |
Cascavel-PR |
Coodetec
Ltda. |
Resistência
a herbicida |
Palotina-PR |
Em relação
ao descumprimento das normas de segurança, demonstrando o frágil
controle governamental, deve-se registrar um fato ocorrido este ano com
agricultores do Estado do Rio Grande do Sul, que compraram soja geneticamente
modificada, contrabandeada da Argentina, e plantaram 7.500 hectares da
mesma.
Em abril de 1997,
sob a ameaça da importação da soja transgênica
da Monsanto, o IDEC encaminhou às maiores indústrias de alimentos
do Brasil, aproximadamente 400, o seu posicionamento contrário à
utilização desse produto. No entanto, no final do ano a Associação
Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais - ABIOVE, obteve
junto à CTNBio a autorização para importar 1550 toneladas
de soja para utilizar na fabricação de rações
e óleo, sob regime de draw-back (voltando aos países de origem),
das quais, 15% seria de soja transgênica.
Os alimentos geneticamente
modificados poderão ser causa de alergias, como se constatou
com uma soja modificada com gene de castanha-do-pará. As pessoas
alérgicas à castanha-do-pará também o eram
para esta soja.
A soja
transgênica e a cidadania
(Jornal da Ciência
número 396,
de 28 de agosto de 1998)
Para a SBPC, a
desregulamentação da soja transgênica resistente
ao herbicida Roundup®, com o atual grau de informação
disponível sobre seus riscos à saúde humana e ao
meio ambiente, será decisão
lesiva aos interesses da população
brasileira.
Na última
safra de soja dos EUA, mais da metade da área
de cultivo foi plantada com uma variedade transgênica resistente
ao herbicida Roundup, ambos produzidos pela Monsanto.
Caso a CTNBio aprove
a desregulamentação da soja Roundup Ready, todas as variedades
contendo o gene que condiciona resistência ao herbicida glifosate
(nome comercial Roundup, patente da própria Monsanto) estarão
livres para registro, uso, ensaios, plantios, transporte, armazenamento,
comercialização, consumo, importação, liberação
e descarte.
No momento que
a CTNBio desregulamentar a soja, nem a Embrapa, nem qualquer outra instituição
ou empresa poderá utilizar o gene inserido sem autorização
prévia da Monsanto.
Acima de tudo,
não há informações claras sobre os graus de
toxicidade do produto para a espécie humana – o que é exigido
pelas Instruções Normativas da própria CTNBio.
Ao contrário
do que diz a empresa no processo, trabalhos científicos publicados
atestam que o herbicida Roundup® acumula-se no solo e é prejudicial
a peixes e a ratos. Os referidos trabalhos demonstraram ainda que o produto
é prejudicial a minhocas e a insetos, além de causar problemas
reprodutivos em ratos.
Para a SBPC, que
completa 50 anos de luta em favor do conhecimento como ferramenta de cidadania,
a desregulamentação da soja transgênica resistente
ao herbicida Roundup®, com o atual grau de informação
disponível sobre seus riscos à saúde humana e ao meio
ambiente, será decisão lesiva aos interesses da população
brasileira.
Miguel Pedro
Guerra,
Rubens Onofre
Nodari
Glaci Zancan.
soy allergy
Data:
Mon, 29 Mar
1999 11:35:21 +0200
De:
wytze <geno@zap.a2000.nl>
Para:
Ban-GEF@lists.greenbuilder.com
Following the news by the York Nutritional Laboratory that
a 50% increase in soy allergy was found, I hereby send an analysis on the
new protein in RR soy that I made two years ago. I updated it with recent
conclusions.
I did the analysis for my own seed company, which is involved
in sprouting seeds.
The CP4 EPSPS protein:
Monsanto reached the conclusion that the new protein is safe
on the following grounds:
-the protein is rapidly digested in vitro
-the protein has no glycosilation
-the protein has a molecular weight of 47.5 kDa
-the protein is not acutely toxic to mice
To answer the first point I first give a quote from a book
on allerginicity by the Dutch Biochemist Dr. Kamsteeg:
"Only by digestion a protein can sometimes become allergenic.
Also cooking or heating can sometimes be a necessity. In the heating of
proteins with sugars considerably more stable allergenics can be formed
by N-glycosidical binding of sugars (glycosides) to proteins. These allergenics
are very resistant to digestion, but they are also not identical to the
basic-protein. Also in these cases a person may for example in a skintest
may not react to milk but a strong and fierce reaction may appear after
the drinking of sterilised coffeemilk.
Most allergenics have a molecular weight of around 20kDa
(20.000 Dalton).
It is thought that proteins with a higher molecular
weight form an allergenic only after breakdown in the digestive tract".
Very relevant also are the remarks by the Scientific Commitee
on Plants of the European Union. In its report of 18 december 1998 it states:
"Evidence of degradation onf the introduced gene products
should be based on data obtained in vivo by feeding the GM plant material
or its derived products to the intended target animal........ Isolated
proteins are known which are fully degraded in the simulated gastric system
but survive gut passage intact when fed as part of a normal diet".
-The fact that the protein shows no glycosilation means not
so much since bacterial proteins in general do not express glycosilation.
As noted before, glycosilation may happen during food processing.
-The molecular weight places it in the category of proteins
that are thought to become allergenic AFTER digestion. Molecular weight
is being seen as more important for allergenic potential than glycosilation.
-The last point is a toxicity point, not an allergenic one.
Big problem in the toxicityfield is the fact that nothing has been or can
be said about slow toxicity. It is known from other examples that it sometimes
may take up to 30 years before the toxic effects of a protein become visible.
(or even in the following generations).
The CP4 EPSPS protein is for 74% different from the normal
soy protein.
Since these proteins are plant-bacterial mixes, they are
truly new proteins and therefore cannot be compared to either bacterial-
or plant proteins.
It may take only a minimal change in the amino acid sequences
to change a protein from a health building into a disease causing protein.
Wytze de Lange
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