Mensagem
ao leitor
Resumo
do texto
Breve
histórico
Apresentação
da Calatonia
Por
que ela não é conhecida?
Um
Caminho para os Homens
Estilo
de vida
Quiropatia
Tensões
- Stress
Stress
- O radical STR
O
relaxamento CALATONIA
Um
trabalho interdisciplinar
O processo
calatônico
Respiração
Por
que adoecemos?
Como
podemos adoecer Adoecimentos
Hipertensão
Tensões
- Stress
Que
é a CALATONIA?
Aplicabilidade
Relaxamento
em grupo
Psicomotricidade
- Psicopedagogia - Relaxação
Meditação
Um
alerta
Profissionais
especializados
Atividades
e cursos
Por
que?
PROVIS
|
|
P.S. Post Script
Por:
Sílvia de Lourdes Alves Andrade de Paiva
POR
QUE ?
PROTESTO
!
QUEREMOS
A CALATONIA PARA TODOS OS COLEGAS E CLIENTES !
Qual o por quê de tanto silêncio
?
Por
que a CALATONIA é tão pouco conhecida ?
Por
que poucos têm acesso a ela ?
E
ainda, por que há tão poucos colegas que sabem aplicá-la
corretamente?
Respostas
— por que ? Porque ! Porque...
Um
dos motivos é que sempre lidamos com a CALATONIA em circuito
fechado, ou seja, um pequeno número de terapeutas. Outro é o temor
de vulgarização ou de queda em discussões infrutíferas entre os médicos
e profissionais do grupo interdisciplinar da área de saúde. Em
geral, eles ainda desconhecem a grande sabedoria, a seriedade e a coerência
do mestre Dr. Pethö Sandor, introdutor da CALATONIA no Brasil,
organizador da seqüência estruturada e de outras intervenções
calatônicas. Desconhecem também os caminhos percorridos e os
resultados dos trabalhos junto aos psicólogos no Brasil e mesmo
assim, sem conhecer algo questionam a eficiência terapêutica da técnica.
Tudo isso têm nos levado a protegê-la e conseqüentemente ela se
tornou privilégio para muito poucos, tanto clientes como terapeutas.
Infelizmente, muito poucos têm tido a oportunidade de conhecer esta técnica.
Assim como nas diversas linhas terapêuticas,
para aplicar a CALATONIA, o próprio terapeuta, além do curso de
formação, deverá passar por uma vivência terapêutica
significativa, não só para alcançar o mais possível, o espírito e
a filosofia da técnica e de nosso mestre, como o almejado estado de
harmonização, para conhecer o quanto o cliente pode beneficiar-se
com a técnica. E uma vez conhecendo-a, seja entusiasta e queira levar
a muitos, essa técnica de grande alcance no que diz respeito à
reestruturação da saúde, que é o maior bem que possuímos e às
vivências em níveis superiores.
A
CALATONIA tem ficado relegada ao segundo plano, porque quase não
há movimento na direção de torná-la conhecida como figura
central da terapia pelos nossos próprios colegas. Buscar atender
clientes através desta técnica, que embora mais trabalhosa, é desejável.
Ela está ao nosso alcance e é comprovadamente eficiente. Pode ser
aplicada na seqüência estruturada e em outros pontos que forem
programados a partir da verbalização, das observações e ainda os
que emergirem como necessários.
O
mínimo que podemos esperar do terapeuta que aplica a CALATONIA,
é que ele saiba aplica-la bem. Nem sempre isto acontece, porque
muitas vezes, psicólogos sem especialização ou curiosos de outras
áreas, desconhecem o espírito, a filosofia de trabalho e a aplicação
correta e sistemática da técnica. E em especial, a forma de conduzir
a sessão e trabalhar o cliente conforme a orientação de nosso
mestre, Dr. Sandor, que sempre enfatizou a qualidade dos toques calatônicos.
É
interessante observarmos nos meios de comunicação, o tema sobre “o
quantum de tensão” e o quanto as pessoas procuram soluções
para : stress, asma, úlcera gástrica, pânico, depressão e outros,
sem conseguirem perceber que muitas das soluções estão dentro de
nosso próprio corpo e o quanto a CALATONIA pode ajudar.
Torna-se
necessária uma busca incessante, questionamentos quanto ao uso
indiferenciado, quantas vezes desnecessário, de soníferos que atuam
nos sintomas e não checam as causas subjacentes e que além disso
podem causar dependência e outros efeitos secundários. A CALATONIA
é uma técnica que busca fazer emergir o imenso potencial de cura e
autocura, no tratamento interdisciplinar médico-psicológico.
O
STRESS HOJE
Hoje nossa população está
adoecida - pais de família, adolescentes, crianças, nossos políticos,
executivos, ou seja, nossos dirigentes, bem como os profissionais
liberais e os próprios profissionais da área de saúde estão
estressados.
Podemos adoecer ao longo de
meses ou anos, muitas vezes, ficamos atolados de angústias, de medos,
de mágoas, de outros sentimentos e sobrecargas que, “ruminados”
durante os trabalhos ou em noites de insônia tiram nossa alegria de
viver. Depois, queremos uma cura imediata, mas é preciso saber
esperar, saber caminhar.
A CALATONIA não é
um passe de mágica, é um processo, um tratamento ao longo de certo
tempo. Ocasionalmente, podemos ter que recorrer à ajuda de alguma
medicação. Muitas vezes há necessidade e uma certa urgência para
que a saúde seja logo retomada e o potencial de força de trabalho, não
seja atingido.
Nas neuroses profundas nas
doenças somáticas, nos momentos pré e pós-operatórios; é desejável
aliar o atendimento interdisciplinar médico e psicólogo, nas formas:
medicamentosa, verbal ou organísmica, seja em casos agudos ou crônicos.
O uso de medicação sempre pressupõe um diálogo com o médico,
porque nesta área é sempre dele a indicação e a última palavra.
No momento atual as
pesquisas da medicina alcançaram um alto nível diagnóstico e
medicamentoso. A divulgação desta técnica possibilita o trabalho
interdisciplinar. Sabe-se hoje, que muitos poderiam alcançar melhor
saúde, harmonia e terem melhores condições em suas atuações,
sociais, profissionais e familiares.
¯
DIVULGAÇÃO
Portanto, consideramos a
necessidade divulgar e dar maior ênfase aos resultados da CALATONIA.
Infelizmente é difícil a divulgação mesmo entre os próprios psicólogos
que, quantas vezes, argüidos sobre ela, quando muito sabem nos
responder interrogativamente — “É uma técnica de relaxamento?”
— “É uma abordagem corporal?” — “É uma técnica de
toques?” — “É a técnica do Dr. Sandor?”... Sim... E daí?...
E quantos psicólogos sabem aplicá-la corretamente?
Que fazer para divulgá-la?
Os meios de comunicação são muito dispendiosos e de difícil
acesso. A gente faz uma tentativa, depois arrefece, sem saber para
onde partir. É desolador quando se pensa no número de pessoas
adoecidas física e psiquicamente, que não tem acesso a CALTONIA
por falta de divulgação. Se os médicos se propuserem a viver uma
sessão, eles entenderão a validade, e então poderão aderir e
indicar.
Viver
melhor é muito bom, mas que fazer para informar sobre esse eficiente
e maravilhoso caminho. Se os próprios colegas, talvez ciumentos ou
zelosos em demasia, reagem negativamente quando sabem que houve uma
pequena divulgação?
Será
que devemos levar a CALATONIA conosco para o túmulo? Antes de
falecer nosso próprio mestre Dr. Sandor dizia: --- “Eu já fiz a
minha parte, agora cada qual faça a sua”.
“É
isso que venho tentando, porque conheço sua validade e seu alcance
profiláticos e também como ótimo tratamento psíquico e psicossomático.
Publiquei um livro sobre CALATONIA – O QUATRO DEGRAU, 1994 -
tento aqui e ali, mas é tão difícil ! Tão difícil !”
“Até
compreendo que nosso mestre, Dr. Sandor, já idoso, tivesse seus
motivos para não querer lidar com a mídia, mas ele sempre quis nos
transmitir seus conhecimentos, sua sabedoria, que pouco a pouco, ao
longo de tantos anos, nos informou, nos ensinou, nos impregnou de seu
espírito, de sua filosofia de trabalho, de suas técnicas e sua crença
na abordagem organísmica”.
Ele
evitou certos confrontos, não queria discussões infrutíferas e
desavenças quanto a pontos de vista diferentes entre colegas médicos,
para--médicos e outros profissionais da saúde. “Dono e Senhor”
de uma sabedoria imensa, era seguro e tranqüilo em relação ao que
nos transmitia. Antes de falecer, o mestre pediu-nos para
continuarmos, mas ele sempre temeu a vulgarização da técnica.
Compreendo isso, pois, se ela não for muito bem aplicada, isto é,
com eficiência, seriedade e constância, não apresentará resultados
satisfatórios.
¯
FUNDAMENTO
CIENTÍFICO
CALATONIA
UMA TERAPÊUTICA PSICOSSOMÁTICA
UM
CONVITE AOS SENHORES MÉDICOS
A
técnica CALATONIA tem seu fundamento científico, já citado
no texto - “O QUE É A CALATONIA — embasamento teórico científico”.
Ao longo dos quarenta e quatro anos, que nosso mestre esteve aqui
conosco, nos mostrou a validade; de nossas intervenções através de
estudos satisfatórios da casuística, dos resultados dos trabalhos
terapêuticos seus, de seus colegas e de seus alunos.
O
mestre esteve sempre atento às grandes descobertas e aos progressos
relacionados ao funcionamento dos órgãos, em especial do cérebro
quanto às suas funções e secreções. Assim, foram confirmadas
junto ao grupo, muitas das hipóteses de Dr. Sandor, quanto à eficiência
dos toques calatônicos.
Além
do curso de especialização, ele manteve em sua clínica um grande número
de cursos, de inúmeros autores e teóricos, com temática variada.
Ainda aprendemos através dele, um grande número de outras técnicas
de relaxação, de exercícios e manobras que se completam e são
auxiliares na terapêutica psicossomática. Foram muitos anos de
estudos, buscas, desafios, descobertas e confirmações.
O
tempo foi para todos nós o dono de grandes compreensões. Nestas últimas
décadas, os avanços da medicina com os sofisticados aparelhos
computadorizados permitiram acurados e corretos diagnósticos por
parte dos médicos. Hoje o tratamento interdisciplinar se impõe. Com
o tempo a CALATONIA terá seu lugar e beneficiará a muitos.
Os
senhores médicos estão convidados a conhecer nosso trabalho. Vale
passar pela experiência. É bom conhecer o que existe e o que se vai
indicar aos clientes. E vale a pena beneficiar-se também.
Quanto
a nossa atuação, somos frutos de uma orientação severa, segura e
exigente, de uma série de constatações e de exaustiva seqüência
de estudo de casos, que nos possibilitaram compreender melhor os
resultados da CALATONIA.
Os
toques calatônicos, outras técnicas de relaxação, vários exercícios
e outras manobras são também trabalhados por nós de modo sistemático.
Esta modalidade de sessão terapêutica leva o cliente à harmonia
interna e conseqüentemente ao equilíbrio psicofísico.
É
digno de nota que quase todas as técnicas de relaxação foram
idealizadas por médicos. Embora fosse médico, Dr. Sandor, no Brasil
atuou como psicólogo de nosso CRP - Conselho Regional de Psicologia.
A ele, há sempre nossa gratidão viva, pois para nós, a participação
e vivência em seus grupos de estudo se constituiu em um privilégio,
o qual não alcançamos o motivo do mérito.
O
mestre foi contemporâneo e participou de estudos junto a Freud, Jung
e Reich e outros, dos quais falava com muito carinho, respeito e
admiração. Ele conheceu de perto dissidências, descontentamentos e
cisões motivadas por divergências, diferenças de enfoques, de
formas de trabalhar e incompreensões quanto aos pressupostos básicos
de cada teoria psicológica, de cada abordagem terapêutica. Ele temeu
esses desencontros, não queria ter que discutir, que provar e etc..
Quem tem alguma dúvida, deve antes de qualquer falação passar pela
vivência.
Neste
último século, foram grandes os acertos, os erros, as descobertas e
as redescobertas nas mais diversas áreas. A psicologia deu um grande
salto, mas agora, é que começa ser reconhecida e aceita.
¯
E
AGORA ?
Neste
momento de grande tensão e stress, quando em todas as áreas da saúde
buscam-se soluções, por que nós psicólogos, que conhecemos com
certa confiança e profundidade a validade teórico-científica e as
direções da CALATONIA fazemos tanto silêncio? Por que não
estamos divulgando as técnicas, que através do Dr Sandor, chegaram a
nós como uma graça de Deus, que nem havíamos pedido ? - Nós também
não sabíamos que a CALATONIA existia. Aconteceu !... Deus,
obrigada!
Considero
que se havia tempo para calar ele já terminou.
Na
visão psicossomática pretende-se lidar com a totalidade do indivíduo
- o Binômio Psicossoma e o Trinômio Biopsicossocial, que se não
vividos adequadamente, levam o indivíduo ao STRESS e ao STRAIN
(adoecimento).
No
SELF, (nossa totalidade psíquica), está incluída também a
possibilidade da própria cura e de crescimento interior. Através da
doença, em geral entramos em contato íntimo com os conteúdos
conscientes e inconscientes, que moldam nossa personalidade. Anseio,
culpa, emoção, frustração, mágoa, apego, raiva, medo e outros,
que são elementos que desencadeiam as doenças.
Hoje
ficou bem claro que o adoecimento resulta da desarmonia psicofísica.
Uma disfunção bloqueia os canais e interfere na correta comunicação
entre os órgãos. Os sentimentos negativos que acompanham as doenças,
provocam uma quebra da resistência e da imunidade. Hoje acreditamos
que o componente emocional está sempre presente no: câncer, asma,
enxaqueca, tuberculose, gripe e em todos os outros adoecimentos.
Enfim,
em todas as enfermidades por mais simples que sejam, pode-se constatar,
através de acurados exames, que houve uma quebra da resistência e da
imunidade; que estão ligadas a fatores emocionais, até mesmo nas
infecções a vírus, bacilos, e outros. Em geral, o indivíduo sempre
adoece quando não está psiquicamente bem, ele precisa fazer uma
terapia psicossomática, para voltar à saúde de forma consistente.
Os
toques calatônicos constituem-se elementos controlados, positivos e
estimuladores do cérebro, do Sistema Nervoso Central, (SNC), que
aumentam a capacidade imunológica para enfrentar o STRESS, os
adoecimentos, sejam eles infecciosos, a vírus ou desacertos orgânicos
ou psíquicos nos mais diferentes graus.
A
CALATONIA leva o cliente a alcançar a reintegração psicofísica
nos momentos de ampliação da consciência, quando dentro de certos
limites e possibilidades, há recuperação e cura. Ela é um contato
diferenciado, energético e positivo, que através da sensibilidade
cutânea por meio de estímulos estruturantes e reestruturantes,
proporciona a ele à possibilidade de novos condicionamentos ou
recondicionamentos. Esta técnica facilita a reintegração em um
momento que o cliente necessita recuperação da saúde e de cura.
Ora!
Se a técnica CALATONIA pode atingir o Sistema Nervoso Central
(SNC), regular as funções de secreção das substâncias e hormônios,
que determinam o correto funcionamento dos diversos órgãos do corpo,
pode também normalizar os ritmos: cardíaco e respiratório, ao
mobilizar o fluxo do pensamento. Daí conclui-se o quanto esta técnica
pode colaborar na reestruturação psicossomática e o quanto se
constitui uma real colaboração interdisciplinar na área da saúde.
Conforme foi colocado anteriormente, a origem ectodérmica comum à
pele e ao Sistema Nervoso Central, explica o grande alcance da CALATONIA.
Ao
apresentarmos com entusiasmo o largo espectro de aplicabilidade de
nosso trabalho, nunca nos esquecemos da importância do diagnóstico
diferencial pelo médico, bem como, da história de vida do cliente e
que DEUS cura.
Cabe
ao psicólogo, não só o atendimento psicológico, que visa o
fortalecimento do ego e a recuperação da auto-estima, como em
especial buscar eliminar tensões emocionais e o stress na tentativa
de evitar os adoecimentos psicossomáticos. A aplicação sistemática
da técnica CALATONIA, visa um trabalho em nível emocional,
para ser conseguido um estado ideal para aquele dado momento.
Uma
vez trabalhadas nossas históricas passadas, o que nos move no
presente e mais nossas direções futuras, através da compreensão
simbólica dos sintomas de nossas doenças “pode acontecer um
insight” (o grande sartori – o grande despertar), ou
seja, um movimento de compreensão, que pode ser consciente ou não, súbito
ou não e que é um ponto de partida para a saúde, através da
capacidade interna de auto- cura.
É
a famosa luz que há no fim do túnel, que em geral também resulta de
um grito de independência da neurose, que cerceia, que abafa a vida e
restringe os horizontes.
Após
esse ponto de chegada, o indivíduo pode abandonar comportamentos
infantis e assumir sua idade adulta do dado momento. Ele pode deixar a
terapia e se um dia perder a harmonia interna, voltar temporariamente
para fazer algumas sessões de CALATONIA.
A
CURA E A AUTOCURA
A
doença deixa muitas vezes a pessoa exigente, irascível, impaciente,
etc. Ela passa a tomar atitudes indesejáveis, que são formas de se
defender da impotência, da dependência e da falta de aceitação.
Esses tipos de postura podem também ser entendidos como falta de fé,
de amor e de gratidão.
O
fato de o doente ter vivido uma fase de egoísmo, ocasionalmente pode
levá-lo a compreender o que é bom para si, então, ele saberá o que
é bom para o outro, poderá caminhar para a independência com
responsabilidade e viver intensamente sem correr riscos, entender as
mil verdades e viver o lótus de mil pétalas.
Ele
pode partir para o inteiro e para a vivência do altruísmo, da
totalidade Em geral, quando adoecemos lembramo-nos de Deus. Na
recuperação é desejável que se atinja amor e a gratidão, o que
certamente facilita a cura. A transformação pode ser observada pelas
atitudes de liberdade responsável em uma vivência de interdependência
autônoma, pelas aprendizagens: de dar, de receber, de trocar, da
aceitação, da tolerância e da compaixão que é um amor piedoso e
transcendente.
Tudo
isso a CALATONIA opera em nós, uma vez que mobiliza; as forças
internas da cura, da autocura, e o doente para saúde, A relaxação
favorece e facilita a secreção de substâncias e hormônios pelo cérebro,
possibilitando mais saúde aos órgãos.
FORMAÇÃO
ACADÊMICA E ESPECIALZAÇÕES
Não
queremos dizer, que haja sonegação de informação. Esporadicamente
sabe-se de alguns grupos de estudo, quase sempre grupos fechados, que
já conhecem a técnica e que aceitam um ou outro colega novo. Sabe-se
que nesses grupos os participantes são encantados pela técnica e
guardam-na como se ela fosse uma jóia. E ela realmente é, mas é
preciso coloca-la em pratica em uso. Ocasionalmente, sabe-se também
de algum grupo novo, uma vivência de vinte a trinta pessoas, umas que
fazem a formação e outras que reciclam as várias técnicas de
relaxamento. A CALATONIA é verdadeiramente uma riqueza, mas
ela precisa ser conhecida para beneficiar muitos.
As
faculdades têm seus currículos de acordo com as exigências do MEC.
Entretanto, pode-se dizer, que em todas as profissões os bacharéis
saem com seus diplomas que lhes dão direitos de exercer determinada
profissão. Agora, em especial na Psicologia, a competência, a experiência,
a prática profissional tem que ser adquirida através da psicoterapia
didática, de estágios, de cursos de especialização, de formação
e de vivências. Cabe à faculdade apresentar um leque de possíveis
opções, nesta ou naquela direção quanto às linhas terapêuticas.
O próprio mestre, Dr. Sandor, costumava fazer uma palestra, para os
alunos no fim do curso de Psicologia, apresentando a CALATONIA.
Ela faz parte do leque de possíveis especializações. É desejável
que esta formação e a vivência, sejam feitas sempre posteriormente
à formação acadêmica.
A
cada ano é lançado, no mercado de trabalho, grande número de
formandos e de cursos de especialização. Sempre foi difícil o
acesso a eles pois, em geral são caros e o número de vagas é
limitado. Muitos não conseguem matricular-se, pois têm seu tempo físico
escasso. Um grande número de profissionais, ainda sem experiência
necessita trabalhar para o próprio sustento ou da família.
Como
em todas as áreas de estudo formal, dificilmente sabe-se de alguém
que sai da faculdade especializado nessa ou naquela técnica. Durante
o curso de psicologia, além do currículo programado junto ao MEC,
temos algumas palestras ou vivências esporádicas de algumas técnicas
ou teorias, sempre preservando a intimidade, privacidade dos alunos.
O
aluno deverá fazer sua terapia fora da faculdade. Aliás, isso é
algo que nem sempre acontece. É lamentável entrar para o mercado de
trabalho antes de fazer psicoterapia, cursos de especialização e vivências
terapêuticas!
O
problema de há muito, está posto e não é de fácil solução. É
preciso pelo menos que os colegas conheçam as técnicas que existem,
os meios de se chegarem a elas e que haja disponibilidade para
transmiti-las.
Terapeutas
e terapias que não lidam adequadamente com a agressividade andam
soltas por aí, mas nada melhor que uma linha terapêutica, que não
tem como objetivo: revoluções, agressões, discussões, brigas,
reivindicações, e sim um pressuposto básico de apaziguamento e cuja
direção é a canalização construtiva da agressividade, que se
constitui em uma energia ou força a ser aproveitada em favor da saúde.
O
Homem que usa a cabeça não precisa usar o braço.
O
Homem usa o braço quando não usa a cabeça.
A convivência entre os
colegas durante os anos de curso junto ao Dr. Sandor, nos impregnou de
um estilo, de um espírito e de uma filosofia de trabalho, que cremos
ser a chave para um desempenho terapêutico e resultado satisfatório
da terapia organísmica. A gente entende melhor, daquilo que foi bem
vivido ao longo de certo tempo. Ler um livro, aprender os toques em
uma conversa ou em uma ou duas aulas, não se configura uma vivência
em CALATONIA e não confere a alguém, o direito a sentir-se e
dizer-se especializado. O espírito e a filosofia de uma técnica não
se transmite, não se traduz em palavras, são como um perfume que se
sente no ar ! A forma de trabalhar se estabelece no tempo, através do
estudo de casos ou casuística, de discussões, de diálogos que visam
um melhor entendimento e aperfeiçoamento dos toques, da possível e
necessária introdução algumas manobras ou de outras técnicas
naquele momento e no caso em particular.
A
revolução interior, ou seja, a transformação sempre foi o melhor
caminho, que leva ao desapego, à tolerância, à aceitação e a
melhor comunicação, eles de há muito são os pontos de partida para
a luz, a paz, a harmonia, a saúde e a um bem viver...
Afinal
a vida é tão curta, ela vem, fica um pouco e depois se vai embora,
ela é como o vento. Por que não buscar ser feliz? Por que não
transmitir tudo o que se sabe aos colegas ?
¯
SOS... ! SOS... !SOS... ! À MÍDIA
VAMOS
SALVAR A CALATONIA DO NAUFRÁGIO ?
Precisamos,
e é necessário que a MÍDIA nos facilite e nos favoreça, senão
tudo fica muito difícil ! É impossível pensar em termos de divulgação
paga através de jornais, revistas e TVS, etc, pois para nós, é uma
quantia monetária muito grande.
A
divulgação é um fator necessário, mas há este grande impedimento,
a impossibilidade de divulgação.
Precisamos
da ajuda dos JORNAIS, RÁDIOS, TVS, REVISTAS E DA INTERNET ! Desde já,
gratos pela participação de cada ser humano que entra na composição
destes trabalhos.
QUEREMOS
QUE A CALATONIA SE TORNE CONHECIDA POR MUITOS TERAPEUTAS - PARA
QUE MUITOS POSSAM SE BENEFICIAR.
PROFISSIONAIS COMPETENTES X
INCOMPETENTES
Há
necessidade de abertura entre os colegas. É preciso que se esteja
disponível, porque a ciência resulta da aplicação dos próprios
homens, que ao longo do tempo acumulam sabedoria e chegam às soluções,
portanto a ciência é nossa. Ela não pertence a alguém, é de todos
os Homens. Sejamos disponíveis, pois recebemos quase tudo pronto!
Evidentemente
há restrições em cada área de atuação quanto ao tipo de
trabalho. Cada qual tem uma formação que o habilita em determinada
profissão e a um tipo de atuação, nas diversas técnicas e teorias.
Hoje, é moda ser terapeuta. Muitos que não tem habilitação
apresentam-se como psicólogos.
O
psicólogo não pode sair por aí operando corações, fazendo
transplantes, obturando canais. Portanto, não é correto, nem justo
que qualquer um se intitule psicólogo e saia por aí “fazendo de
conta que o é”, dizendo-se psicoterapeuta.
Muitos,
menos avisados, estão confundindo ginástica, respiração holotrópica,
exercícios holistas e tântricos com psicoterapia. A palavra holismo
deu margem a muitos enganos. Para alguns, após três dias, uma
semana, uns poucos dias na Índia ou uma vivência de fim de semana, são
suficientes para leva-los a acreditar e dizerem-se terapeutas holistas
e especialistas em vivência tântrica e outras técnicas tibetanas.
Outros
ainda, a partir de cursos de fim de semana ou de três meses,
intitulam-se terapeutas, massagistas, enfermeiros e alguns que
trabalham em áreas que pertencem à saúde, (o que não lhes dá
direito a atendimentos psicológicos), também se dizem terapeutas.
Descontentes com suas opções, formados em terapia ocupacional,
pedagogia, fisioterapia, nutricionismo, serviço social, educação física,
além de tarólogos, astrólogos e outros profissionais, montam seus
consultórios e atuam como psicoterapêutas ou terapeutas em áreas da
psicologia. Sabemos que cada profissão tem o seu objeto, mas
isto não tem sido respeitado. Para se compreender sobre essa intrusão
é só refletirmos sobre o objeto de cada profissão.
Há
muitas linhas terapêuticas e cada psicólogo adere a que melhor lhe
parece. Há terapias e terapias, há terapeutas e terapeutas, há
terapias e terapeutas...
Em
nosso caso é importante que estejamos disponíveis para transmitir o
que nos foi ensinado, o que conosco foi vivido em termos de
entendimento terapêutico da aplicação, do resultado da CALATONIA.
VIVÊNCIA
CALATÔNICA
“Particularmente,
“não concordo com o silêncio do momento”, não podemos
morrer sem deixar para nossos colegas o que aprendemos. Fui aluna, do
mestre Dr. Pethö Sandor, a partir de 1977 e cliente dele durante nove
anos. Gostaria de passar o mais possível do que aprendi e apreendi
daquela forma de trabalho terapêutico. Ao alcançar e viver níveis
superiores de consciência, sabe-se que o Homem fica impregnado de fé
e desapego e poderá então dividir e viver uma constante busca de
aprimoramento”.
Somos “entusiasta” pela CALATONIA,
pois uma vez que, durante nove anos passamos pela experiência e
recebemos a administração da técnica pelo próprio Dr. Sandor,
pudemos junto a ele compreender os mais diversos pontos de partida, de
chegada, de estruturações de vivências inusitadas, que foram
acontecendo ao longo do tempo. Foi-nos possível constatar uma série
de experiências e respostas, dialogando e compreendendo junto a ele
uma série de equilibrações, alterações em diversos níveis do
Sistema Nervoso Central (SNC), comutações neurovegetativas e outras.
Além de vivências arquetípicas, mitológicas e noéticas e ainda as
trans, que queiramos ou não, nos levam a uma compreensão melhor e
maior do funcionamento de nosso consciente e inconsciente, nos deixam
uma sensação de um melhor entendimento e de uma compreensão
satisfatória, naquele dado momento.
Esta série de vivências
nos leva a modificações, a uma perene busca de aprimoramento a fim
de alcançarmos permanência no estado de harmonia, a viver paz através
de níveis superiores de consciência, a partir de um crescimento, um
renascimento e chegada à individuação. Também nos leva à
compreensão de que somente através da fé, do desapego, da aceitação,
e do amor podemos alcançar a simplicidade da vivência do agora,
tão importante na condição humana, e desta forma chegar à vivência
do que é sagrado em nós. No imenso caminho do consciente e do
inconsciente, os opostos encontram-se e se equilibram. Isto torna possível
o entendimento do caminho do meio e propicia uma satisfatória
comunicação consigo e com o outro.
Em nosso conturbado e
agressivo mundo atual, é preciso que, os Homens busquem o amor para
consigo mesmo e com o outro em sentido amplo e que DEUS esteja
verdadeiramente em nossos corações.
“Mesmo sabendo que nada está concluído, gostaria de passar
aos colegas e aos clientes um pouco do muito que recebi e que, ao Dr.
Sandor, “chamei a paz dos velhos”. A esta saída do estado
de indiferenciação psíquica para a individuação, que é uma doce
harmonia, dinamismo, tolerância, aceitação, uma completude repleta
de amor e compaixão — Foi assim que ...”eu defini”... Não é
mesmo — “a paz dos velhos”? ... é bom que ela seja dos
jovens também. ?”
¯
Retomo um poema de minha
autoria, ao qual, Dr. Sandor deu o nome de Mandala.
MANDALA
A quem lê, uma direção do que há.
Há sentido e não há:
Alegria e tristeza,
Pequenez e grandeza,
Claridade e escuridão.
Há tudo e nada,
Caminhos retos, curvos quebrados,
Bifurcação. Contradição.
Há direção e não há,
É nada disso, é tudo,
Muito mais...
Lótus de mil pétalas,
Mandala gigante.
[
“Não
há segredo da alma que o corpo não revele”.
“O
homem maduro valoriza um grão de arroz”.
“O
homem preocupa-se tanto com a velhice, que talvez não chegue a vivê-la”.
(Provérbios
chineses).
[
PS. após PS.
— Muitas ou eventuais repetições – “do ou no texto” -- fazem
parte de uma tentativa de, naquele dado momento, conseguirmos
transmitir tudo corretamente, sermos bem compreendidos e para que tudo
vá ficando fixado na memória.
Psicóloga.- Sílvia de Lourdes Alves Andrade de Paiva.
São Paulo, 1 de Dezembro 2.000
¯
|