Janeiro/2002
|
Reflexão |
|
Colunas |
|
Notícias em destaque |
|
Edições
anteriores:
|
|
Coluna Sem Nome -
Testemunho
Caros confrades, consócias e amigos!
Estou redigindo estas linhas no dia 27.07.2001. Exatamente um ano após haver acontecido o que vou narrar. Muitos poderão dizer ou perguntar por que só após um ano? Eu explico: __ na época fui contar o que aconteceu a dois confrades, cujos nomes vou omitir por questão de ética e ambos duvidaram, julgando que eu estava sugestionado pelo momento.
Peço-lhes que leiam o que vou narrar com a paciência e a caridade cristã: __ "há 28 anos, na cidade do Rio de Janeiro, fui vítima de um acidente automobilístico que me deixou seqüelas na coluna vertebral e, em conseqüência, durante todo esse tempo, tive de me submeter a diversos tratamentos; além de internação em clínica especializada, fiquei conhecendo praticamente todos os medicamentos usados nessa situação: comprimidos, pomadas, injeções, infiltrações, bloqueios e sessões de fisioterapia sem conta. Fui esticado, encurtado, entortado, massageado e nada resolveu o meu problema. Nos últimos tempos a situação se agravou e eu já não podia assumir nem cumprir meus compromissos com regularidade pois, se numa hora estava bem, na outra as dores eram tantas, que o resultado era só um: cama, até melhorar.
Aqueles que viveram e conviveram comigo durante todos esses anos sabem exatamente o que estou falando e poderão dar testemunho disso. Quantos dias sem trabalhar, quantas viagens canceladas, quantos programas frustrados!
Como a situação já estava insuportável, procurei um especialista nesta cidade, Dr. Tadeu Miranda, que depois de examinar radiografias e tomografias, determinou que a solução seria a cirurgia. Preocupado, procurei o Instituto da Coluna Vertebral em Belo Horizonte, na pessoa do Dr. Enger Beraldo que, após um exame complementar de ressonância magnética, diagnosticou: __ o caso é de cirurgia e cirurgia complicada pois havia, além de escoliose (desvio de coluna), uma hérnia de disco interna e externa que dificultaria a operação. Mais preocupado fiquei (na realidade fiquei com muito medo) e voltei para casa com um único pensamento (isso foi no dia 24.07.2000): sabedor de que teríamos em nossa cidade, no dia 27.07, as relíquias de São Vicente de Paulo e com a fé naquele que durante a sua vida aqui na terra cuidou de milhares de doentes, resolvi colocar-me em suas mãos, com a certeza de que seria curado. Eu precisava, na minha concepção, somente tocar em suas relíquias. No dia 27, as 21 h, quando as relíquias seriam conduzidas da matriz de Nossa Senhora de Lourdes para a Paróquia de Cristo Redentor, mesmo advertido pelo confrade João Bosco Barbosa de que o mesmo era pesado (o João conhecia o meu problema), peguei de um lado do relicário e levei-o até o carro, ocasião em que pedi ao querido São Vicente de Paulo que intercedesse por mim junto a Deus para que eu fosse curado.
Resultado: desde aquele dia não tive mais dores na coluna; não deixei de trabalhar um dia sequer por causa deste problema; pude cumprir todos os meus compromissos com minha família, meu trabalho e com a Sociedade de São Vicente de Paulo. Chegou ao ponto de meu irmão Márcio, sócio meu há 25 anos e que assistiu de perto o meu sofrimento, achar que eu estava fingindo (continuava sentindo as dores e não reclamava); minha esposa Emília não estava entendendo nada, mas eu disse-lhe que tivesse paciência e, na hora certa, ela saberia o que tinha acontecido. Há exatamente um ano, quando me perguntam: __ como vai a coluna? Respondo: __ vai bem, graças a Deus!
E agora torno público a todos e aos dois confrades que duvidaram: __ graças também a São Vicente de Paulo, que há 340 anos está no seio da Santíssima Trindade e não se esquece daqueles que invocam o seu nome e a sua intercessão.
Milagre? Não digo que seja, pois não fiz nenhuma radiografia posterior, nem sou autoridade eclesiástica para afirmar. O que sei e hoje proclamo com alegria, é que há exatamente um ano estou sendo protegido e carregado nos braços pelo nosso querido SÃO VICENTE DE PAULO.
|