A morte sempre me chamou a atenção pela sua irreversibilidade.
Por isso que ela sempre me assustou tanto: coisas irreversíveis
me assustam. Mas foi refletindo sobre a morte que mudei muitos conceitos
sobre a vida, assim como sobre o tempo e o modo com o qual lidamos com
ele. A partir daí a própria vida toma uma nova dimensão.
Comecei a vivenciar a morte de mais perto a partir dos 13 anos após
a trágica morte acidental do meu amigo Wilson Anderson Chaves, também
com 13 anos. Mas a partir do meu ingresso na medicina que este contato
ficou mais intenso e mais íntimo. Até que um dia percebi
a morte estava também dentro de mim e de todos.
Isso mudou profundamente meu modo de ver as coisas e perceber o mundo.
Se você quizer, dê uma olhada no que escrevi no passado sobre a morte. Não mudou muita coisa daquela época para cá.
Leia também algumas das minhas histórias sobre a morte:
A primeira pessoa que vi morrer;
A morte de uma paciente de câncer;
Um aborto terapêutico;
Meu paciente com AIDS.
Relacionado a isso, dê uma olhada no que penso
sobre a imortalidade.