Sobre a morte...
 
O sol vai se pôr uma última vez para cada um de nós...
 
 
Será que vamos percebê-lo?
 
 
Para onde vai o fogo quando apaga?
(Frederico Felini - La vocce de la luna)

       A morte sempre me chamou a atenção pela sua irreversibilidade. Por isso que ela sempre me assustou tanto: coisas irreversíveis me assustam. Mas foi refletindo sobre a morte que mudei muitos conceitos sobre a vida, assim como sobre o tempo e o modo com o qual lidamos com ele. A partir daí a própria vida toma uma nova dimensão.

       Comecei a vivenciar a morte de mais perto a partir dos 13 anos após a trágica morte acidental do meu amigo Wilson Anderson Chaves, também com 13 anos. Mas a partir do meu ingresso na medicina que este contato ficou mais intenso e mais íntimo. Até que um dia percebi a morte estava também dentro de mim e de todos.

       Isso mudou profundamente meu modo de ver as coisas e perceber o mundo.

       Se você quizer, dê uma olhada no que escrevi no passado sobre a morte. Não mudou muita coisa daquela época para cá.

Leia também algumas das  minhas histórias sobre a morte:

     A primeira pessoa que vi morrer;
     A morte de uma paciente de câncer;
     Um aborto terapêutico;
     Meu paciente com AIDS.

Relacionado a isso, dê uma olhada no que penso sobre a imortalidade.
 


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