OBJECTIVOS COGNITIVOS Vou traduzir o Dr. Daniel Figuerola: O rigor do profissional de saúde tem de ser o mesmo quando prescreve um fármaco e quando indica as normas de comportamento adequado * Não passa pela cabeça de nenhum médico prescrever um medicamento para baixar a glicemia, o colesterol ou a TA sem depois pedir análises ou medir a tensão do doente. Do mesmo modo, quando queremos que o utente compreenda um tema e seja capaz de o aplicar, é preciso avaliar se estamos a atingir o objectivo. A memorização e a compreensão podem ser avaliadas com perguntas directas ou questionários. Mas a aplicação dos conceitos, mesmo se foram memorizados e compreendidos, não é um dado adquirido. É possível avaliá-la perguntando ao "aluno" como vai reagir a uma situação concreta. Por exemplo, perante uma pessoa que tem
tratado incorrectamente as hipoglicemias, depois de rever o tratamento
correcto, perguntar: Avaliar os objectivos de análise
(descobrir qual é a causa de uma situação)
pode ser importante, dependendo de quem é o "aluno". Os objectivos de síntese
referem-se à capacidade de, a partir de dados conhecidos,
uma pessoa ser capaz de descobrir coisas novas: as situações
novas surgem no dia a dia do doente crónico.
* Figuerola D. Hablemos de la Comunicación con los Pacientes. ACV ediciones, Barcelona 1997 |
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OBJECTIVOS AFECTIVOS O diagnóstico de uma doença que vai durar toda a vida vai naturalmente despertar emoções e sentimentos com que temos de contar. No decurso da doença, o aparecimento de complicações, mas também os problemas familiares, profissionais, etc., vão de novo gerar emoções a que temos de estar atentos. Eu não sou psicóloga nem tenho formação nessa área. No entanto é-me possível fazer uma avaliação mínima, prestando atenção à linguagem corporal da pessoa - posição na cadeira, maneira de olhar, gestos - , ao à-vontade (ou à falta dele) para pôr questões, à atenção com que me escuta ou à forma como executa as tarefas propostas. Trata-se então de sistematizar um pouco - e registar - a avaliação que todos fazemos de forma quase instintiva. |
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OBJECTIVOS PSICOMOTORES Como posso ter a certeza que, chegado o momento, esta pessoa vai pôr em prática o que aprendeu? Bom, a certeza só a vou ter a posteriori. Mas na maioria dos casos posso assegurar-me antes que ela é capaz de o fazer, vendo-a executar a tarefa proposta à minha frente. O exemplo clássico é a auto-injecção de insulina. Mas a realização da glicemia capilar e seu registo, alguns cuidados com os pés, e outras tarefas relativamente simples, podem ser avaliados da mesma maneira. Tarefas mais complexas como, por exemplo, reconhecer situações de risco, escolher calçado adequado ou tratar uma hipoglicemia grave de um familiar, ganham em ser avaliadas em grupo - com os acompanhantes habituais ou em grupo de utentes. O recurso à teatralização da situação é uma forma possível de avaliar o comportamento em situações emocionalmente complicadas. Um exemplo é a administração de glucagão a um familiar em coma.
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