EFICÁCIA
Vamos imaginar um Centro de Saúde onde se verifica pelo registo de avaliação de qualidade DiabCare um número elevado de pessoas diabéticas com diminuição de sensibilidade que apresentam lesões dos pés.
Perante isto, o médico responsável pela área de diabetes propõe ao pessoal de saúde do centro um programa de educação, dedicado a todas as pessoas com neuropatia sensitiva detectadas na folha DiabCare (população alvo). O programa incidirá sobre a "prevenção das lesões dos pés".
A eficácia do programa pode ser avaliada através da evolução do número de doentes com neuropatia sensitiva que têm lesões activas dos pés.
|
O que se avalia: 1. Resultados dos utentes 2. Resultados do programa |
|
|
EFICÁCIA: Resultados na população alvo |
EFECTIVIDADE
Vamos agora supor que o programa de educação foi um êxito. De tal forma que chegou aos ouvidos das ARS e da Ministra da Saúde. Então, os senhores que estão lá em cima consideram que ele tem qualidades, e decidem que deve ser aplicado em todos os centros de saúde do país.
 |
Os resultados que o programa vai ter na população geral traduzem a sua efectividade.
|
EFECTIVIDADE: Resultados na população geral |
EFICIÊNCIA
Já é um lugar comum afirmar que os recursos são finitos. O melhor argumento para conseguir recursos é provar a eficiência de um programa. Iso implica saber os seus custos totais em em material e horas de trabalho.
Se temos maneira de saber quanto é que o Centro de Saúde gastava com o tratamento das úlceras dos pés dos doentes, se conseguirmos provar que os gastos diminuíram com a aplicação do programa, mesmo incluindo nas contas os gastos com o próprio programa, então ele foi de certeza muito eficiente!
Agora: se calhar, o mais barato é não fazer nada - isto parece anedota, mas é próximo do ponto de vista de alguns administradores... mas então qual é o benefício?
Eu penso que a minha obrigação é defender o utente, pondo a ênfase no benefício, sem no entanto perder de vista que os recursos são finitos.
|
EFICIÊNCIA: Relação custo/benefício |
