Ioga |
Massagem |
Ginástica |
Astrologia |
Mitos |
Filosofia |
Esoterismo |
Reflexões |
Livros |
Links |
Quem somos
Massagem
A palavra massagem tem a mesma origem de amassar. Mas... por que razão
uma pessoa se deixaria amassar?
Nosso corpo, nossa história
Tudo que afeta nossa psique produz um efeito sobre nosso corpo. Quando
sentimos medo, por exemplo, nosso corpo sofre uma série de reações
- nossos batimentos cardíacos se aceleram, nossos olhos se arregalam
e nossos músculos se contraem numa reação de fuga
ou ataque.
Emoções diferentes provocam reações diversas,
mas cada uma produz um efeito em nosso corpo. quando somos submetidos continuamente
a uma emoção, especialmente durante a primeira infância,
estas reações físicas - que normalmente são
momentâneas - cristalizam-se, formando tensões crônicas
nas regiões envolvidas. Os mais envolvidos neste processo são
os músculos e os condutores de energia, que na terapia chinesa são
chamados meridianos.
Vemos, portanto, que nosso corpo traduz a memória de nossas emoções
e dos mecanismos que criamos para contê-las, reprimi-las. Ao reprimirmos
o "inconveniente" nos tornamos também insensíveis às
emoções agradáveis, prazerosas - amizade, amor...
Ficamos mais densos, pesados, perdemos a capacidade de admirar o belo;
já não conseguimos curtir as pequenas delícias da
vida, temos dificuldade em compartilhar afeto, mesmo com aqueles a quem
mais amamos. Sentimo-nos vazios e por mais que busquemos a felicidade fora
de nós, ela nos escapa.
Nas últimas décadas, técnicas ocidentais e orientais
vêm se difundindo com o objetivo de trabalhar a consciência
de nosso corpo, liberando as tensões através de uma atitude
de compreensão da relação corpo-mente. Entre estas
técnicas adotamos a massagem, aliada a posturas de Hatha Yoga
e alongamentos para criar internamente um estado de autoconhecimento, um
espaço de paz e auto-aceitação.
O toque
Olhei pela janela, acima da minha cabeça vi a lua, calma, branca, cheia. Uma nuvem veio e
devagar cobriu parte dessa calma, mas continuou empurrada pelo vento e a lua voltou a aparecer
inteira.
Lembrei da animação que vi, no computador, de uma eclipse. Bonito, interessante. Mas faltou
a sensação, o ar da noite, essa visão da lua presente, como se eu pudesse conversar com ela,
ali acima de mim, aqui e agora. Essa percepção de que o tempo passa, e que o tempo da lua é
sempre o mesmo, diferente dos nossos tempos aqui na terra.
A vida do corpo não é virtual, pensei, como a lua lá no céu não é a lua da animação da
eclipse. A lua lá em cima toca meu corpo através do ar da noite, da temperatura da brisa, da
visão das nuvens passando entre mim e ela, dessas nuvens que percebo em três dimensões pelo seu
movimento.
A vida toca meu corpo a cada momento, e se meu corpo está amortecido não percebe o toque,
não percebe a vida.
Assim é a massagem. O corpo está ali, conosco todo dia todos os dias, mas não olhamos para
ele. Não o sentimos. Não nos admiramos da sua beleza, seja de lua nova, cheia ou minguante. Até
que uma mágica faz a gente parar e perceber as nuvens, o vento, a luz da lua. Até que uma magia
faz a gente perceber a textura, a sensação, a elasticidade, e a colaboração, a resistência, a
paciência, a irritação, a paz, a ansiedade, a doçura que sempre estiveram no nosso corpo. Ali,
esperando para serem notadas. Esperando serem tocadas.
Massagem: o que é?
Entrei na sala semiobscura, encontrei um homem enorme, sério. Eu tinha marcado hora
pelo telefone, foi indicação do meu terapeuta. “Você precisa de uma abordagem corporal,
verbalmente vai ficar sempre enrolando” - foi mais ou menos o que ele disse.
Mas naquela hora eu não sabia o que fazer.
“Tira a roupa”, ele disse.
“C-como?”
“Tira a roupa e deita”.
Bom, os dados estão lançados...
Do resto não lembro. Eu nunca tinha recebido uma massagem antes.
Lembro, sim, dos meses seguintes, quando fui descobrindo que meu
corpo tinha muito mais pedaços do que eu pensava. E vendo que cada
pedaço tinha uma história pra contar. Que às vezes
a história de um era diferente da do outro.
E me sentindo às vezes velha, às vezes criança,
às vezes forte e até masculina, outras doce e meiga... conforme
a história que meu corpo contava.
Dessas sessões individuais saíram grupos onde nós aprendemos e praticamos a massagem e
a compreensão humana que vem com ela. Foram anos de trabalho e convivência.
Até hoje, muitos anos depois, o encontro entre duas pessoas de um mesmo grupo
é diferente do habitual, mesmo se não nos vemos há longo tempo. O conhecimento que a gente
tem um do outro se baseia na experiência do ser de ambos, não poderia ter sido
adquirido pelas práticas intelectuais ou afetivas do cotidiano urbano. E não se
perde com o tempo. É um conhecimento profundo.
Tudo está no corpo. O toque traz à tona toda a verdade, toda
a história pessoal e a nossa interpretação atual dessa
história.
Massagem: amassar, tocar profundamente os tecidos do outro. Tocar a vida
que está nesses tecidos, que os interliga e mantém, nessa
forma individual única. Vida pessoal materializada, e fonte da energia
que se transforma em atos, dia a dia.
Toque que traz consciência, conhecimento de si mesmo. E para que
mais vivemos senão para conhecer a nós mesmos?
De que tipo é a massagem que você faz?
Silêncio. Como falar sobre o toque? "Como explicar o sabor do chocolate para quem nunca comeu chocolate?"
disse o professor da Valéria. Durante muito tempo eu perguntava: você
conhece shiatsu? Bem, não é. Massagem sueca? Também não é. E assim por diante.
Vivemos num país onde se misturaram pessoas de várias culturas. A síntese,
a fusão, resultam da troca de informações e experiências. Entre os
muitos tipos de abordagem corporal existem:
o trabalho de Hiroshi Motoyama,
que une meridianos chineses e chakras hindus.
o zen-shiatsu.
Perguntas
Onde encontro informações sobre a massagem Shantala?
A Ground editou, há anos, o livro do Leboyer sobre a Shantala.
É a melhor referência, porque Shantala é o nome da
mulher, paralítica, moradora de uma favela em Calcutá atendida
pela Madre Teresa, que o médico encontrou fazendo massagem no seu
bebê. Essa massagem é uma tradição hindu, nos
acostumamos com o nome de uma mulher do povo que a aprendeu por tradição
oral. O livro é todo de fotos, lindo.
Onde encontro um desenho dos meridianos?
A Editora Ground tem um mapa bastante bom, encontrado em livrarias,
farmácias homeopáticas e lojas de produtos naturais.
Gostaria de ter informações sobre a técnica
oriental de automassagem.
As técnicas orientais se baseiam nos meridianos. Existem
livros de do-in com fotos e desenhos, inclusive em português, como
os da Editora Ground, de Juracy Lopes Cançado ou Jacques de Langre,
tradução de Cançado.
As informações contidas nesta página
podem ser livremente copiadas, quando de responsabilidade das autoras.
Pedimos apenas que a autoria seja citada. Quando se tratar de textos de
outros autores, estes devem ser consultados.
| Ioga |
Massagem |
Ginástica |
Astrologia |
Mitos |
Filosofia |
Esoterismo |
Reflexões |
Livros |
Links |
Quem somos |
URL: http://geocities.datacellar.net/HotSprings/Spa/3554