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Quem somos
Astrologia
Quando fui pela primeira vez a um astrólogo, fiquei furiosa com
algumas coisas que ele disse e resolvi ler a respeito para provar a mim
mesma que estava errado. Demorei para descobrir que não estava,
mas nesse meio tempo me apaixonei pela Prática da astrologia
como técnica de compreensão humana, um livro de Dane Rudhyar.
Como
toda e qualquer técnica, a astrologia tem utilidade quando usada
para o fim certo. Para compreender um ser humano são necessárias
muitas coisas mais. É preciso ser um indivíduo, independente
da estrutura familiar e social. Ninguém guia outra pessoa por um
caminho que nunca trilhou. O homem é um animal racional. Um animal,
criatura de instintos, a raiva e o medo sendo duas das emoções
básicas ligadas à autopreservação, o desejo
sendo expressão do instinto de conservação da espécie.
Racional quando tem compreensão da realidade como um todo coerente,
e do seu lugar dentro dessa realidade.
Fogo, água, ar e
terra indicam o que é necessário para formar um indivíduo - não
dividido: querer, saber, ousar e calar. A responsabilidade do astrólogo é objeto
de muitos livros. O astrólogo tem que ser um homem de vontade. Precisa saber, é
certo. Seu conhecimento não pode se limitar às técnicas
astrológicas, ele deve ser um homem de conhecimento. Mas o astrólogo precisa,
antes de mais nada, ser. Ser, lembrar, estar desperto. O homem adormecido é
vítima de seu mapa de nascimento, as energias jogam dentro de sua psique e moldam sua
vida ao sabor da lua. O homem desperto observa suas energias psíquicas, aceita-as e
aprende a refiná-las. Então ele se torna o imperador de si mesmo.
Qual é o verdadeiro objetivo da astrologia?
Todos os dias o sol nasce e se põe, todos os meses a lua cresce
e míngua, todos os anos o inverno sucede o verão. A natureza
tem ciclos que cada um de nós conhece porque vê e tem memória.
A cada catorze anos Júpiter se une a Urano. Cada doze anos Júpiter
completa uma volta em torno do Sol; cada 29 anos Saturno faz o mesmo; cada
84 anos, Urano; cada 165 Netuno, e cada 242 Plutão. Há ciclos
que não vemos pelas limitações devidas ao fato de
sermos humanos. Mas eles existem e influem em nossas vidas.
Que provas os astrólogos têm dessa influência?
Além da astrologia individual - que hoje se
dedica menos a prever fatos e mais a ser uma referência na busca
do auto-conhecimento - existem outras: a de empresas, a política,
a mundial. A comparação da história com os mapas de
países mostra a influência dos ciclos longos. Como cada um
de nós vive num momento histórico e tem sua margem de liberdade
determinada por ele - se eu fosse mulher nascida aqui há cem anos
atrás seria analfabeta -, nossa vida é muito influenciada
pelos grandes ciclos mundiais. Como exemplo: a vida de cada um de nós
é limitada a uma parte do ciclo de Netuno. Alguns dos grandes temas
de cada geração dependem do signo onde estava Netuno quando
essas pessoas nasceram. Quem tem cerca de 90 anos viveu a dissolução
dos limites da família e da pátria; os que têm cerca
de 70 viram a mudança da ordem política do mundo e o nascimento
do cinema como diversão de massa; os de 60, a fé na ciência
e a propaganda; os de 50 o fim do casamento indissolúvel; os de
30 a expansão do uso de drogas. Será que os de 10 vão
ver um governo mundial que dê certo, ou uma forma mais ampla de controle
da vida dos cidadãos?
E a astrologia individual, onde entra?
Partindo do fato de que você
nasceu, no planeta Terra, no século XX, num determinado lugar e
num determinado momento, encaremos a vida como uma viagem que você
vai empreender. O ponto de partida é a única certeza. Além
disso você recebeu um mapa, que mostra alguns caminhos e indica algumas
belezas e riquezas naturais, bem como alguns perigos e possibilidades de
tempestade. A sua margem de escolha é:
- seguir o mapa pelos caminhos
indicados - e os caminhos do seu mapa existem só no seu mapa, não
no de seu pai, filho ou parceiro -,
- andar a esmo com o risco de se perder,
não chegar a lugar algum e ter que começar tudo de novo,
- ou não sair do lugar e deixar as coisas acontecerem.
O mapa natal
é exatamente isto: um guia de viagem.
Então a astrologia mostra o destino?
Astrologia não
é adivinhação. Olhando um mapa de nascimento se pode
avaliar a possibilidade de cada pessoa realizar uma meta que se propôs,
e as progressões e trânsitos (técnicas da astrologia
que permitem previsão de tendências para certos períodos)
indicam a oportunidade para isso. Mas existe uma pergunta subjacente: por
que você se propôs estas metas e não outras? Qual é
a parte de você que decide sobre seus rumos? Em outras palavras,
qual é a parte de você que decide sobre a viagem: o carro,
o combustível, o motorista ou o passageiro?
Mas por que eu traço metas, luto por elas, e alguma coisa atrapalha
e me impede de chegar lá?
O verdadeiro significado do mapa natal
é mostrar quem nós somos. Não somos o nosso corpo
com suas sensações de dor e prazer; não somos nossos
sentimentos, que mudam como a lua; não somos nossos pensamentos,
que se desfazem e refazem com os ventos. Não somos nada disso mas
temos tudo isso, e essas partes de nós brigam entre si. Quando uma
pensa em ir para um lugar, a outra sente prazer em ficar onde está
e uma terceira sente atração por outra coisa diferente. Uma
pessoa que conhece essas partes de si mesma - Mercúrio e a forma
como pensa, Vênus e como se relaciona, Lua e seus hábitos
automáticos, Saturno e seus medos - pode começar a pôr
ordem em sua própria casa. “A vida é uma escola onde a gente
precisa aprender a ciência de viver sem sofrer.”
E a minha liberdade?
Dormir de noite, trabalhar de dia, colher as
plantas de seiva na lua cheia e cortar a madeira na minguante, plantar
na primavera e deixar a terra descansar no inverno. Quando o homem vivia
em contato com a natureza sabia que dentro desses ciclos se encaixava sua
margem de liberdade. A astrologia mostra os ciclos da natureza, no mundo
e nos homens. O resto é questão de bom senso.
A astrologia e as fases da vida
A vida humana foi tradicionalmente dividida em setênios, e seu mapa de nascimento fala do seu potencial individual a ser
desenvolvido durante todos eles. Uma informação difundida
é o temido retorno de Saturno, a aproximação dos trinta
anos. Para alguns é prenúncio da inevitável velhice.
De fato, Saturno é um deus velho, conservador e frio, mas tem seu
lado sátiro, representado pelas orgias das saturnálias
romanas. O chifre da cabra é a cornucópia da abundância.
Parece ilógico? Os símbolos não podem ser interpretados
pela lógica, pois seu objetivo é atingir uma camada da psique
situada fora do alcance do pensamento.
Mas voltemos às fases da vida. Na criança o mapa se expressa
muitas vezes da forma mais fatual possível, através de doença,
perda de um dos pais ou dificuldade grave de relacionamento com o grupo
etário. Isso acontece porque a criança está desenvolvendo
seu corpo etérico, e tudo a afeta e se expressa nesse nível
vital. Já o pré-adolescente vive os acontecimentos no nível
emocional, e o adolescente tem a possibilidade de vivê-los no nível
mental, aprendendo portanto a se distanciar dos fatos e fazer opções.
Os corpos etérico, emocional e mental são só os mais
óbvios do ser humano. Outros, mais sutis, podem se desenvolver em
fases posteriores. O declínio físico que vem com a idade
- não esquecendo que a forma como o corpo declina depende de uma
série de outros fatores - é uma bênção
quando a limitação (voltamos a Saturno) se torna uma porta
para a abundância no nível espiritual.
Olhando o mapa de nascimento podemos falar sobre como uma pessoa constrói
sua identidade; como, em oposição, lida com sua vida
psíquica; como se relaciona e como lida com a vida material. Não
se pode conversar sobre significado, visão de mundo, filosofia de
vida, para alguém que ainda não viveu, para um adolescente
cuja luta é ser aceito pelo grupo e descobrir seu lugar nele. Também
não se pode falar (e ser ouvido) em abandonar a vida material e
cultivar o aspecto universal da psique para alguém que luta por
ascensão em sua carreira.
A sabedoria que pode vir com a idade - quando se permite que ela emirja
- é a da perspectiva. Na tradição hindu o homem tem
vinte anos para aprender, vinte para construir uma família e um
lugar no mundo, vinte para ensinar e vinte para renunciar a tudo e se dedicar
às coisas do espírito.
As informações contidas nesta página
podem ser livremente copiadas, quando de responsabilidade das autoras.
Pedimos apenas que a autoria seja citada. Quando se tratar de textos de
outros autores, estes devem ser consultados.
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