MULADHARA: situado
na base da coluna; representamos simbolicamente por uma flor de lótus de 4 pétalas de cor
laranja. Está ligado às nossas necessidades básicas de segurança. Quando atuamos no mundo a
partir deste chakra, lutamos por nossa individualidade; ansiamos por sentir proteção.
Este chakra acumula impressões, memórias, conflitos, atitudes e crenças gerados em nosso
esforço para alcançar autonomia pessoal e identidade.Se, durante a fase em que buscávamos esta
autonomia nos sentimos inseguros com relação ao nosso ambiente, nossos pais, ou inadequados de
alguma maneira, este chakra e os nadis a ele ligados guardarão esta memória, e
poderão sofrer alguma desarmonia.
SVADISTHANA:
localizado na região dos órgãos genitais; representado simbolicamente por uma flor de lótus de 6
pétalas cor-de-rosa.
Está ligado ao desejo de sensação, de ter, amar, pertencer a, de estabilidade (emocional e
financeira). Quando atuamos no mundo a partir de uma consciência ligada a esta chakra
estamos sempre procurando sensações agradáveis, que uma vez alcançadas precisam ser eternizadas.
Nos apaixonamos e sofremos ante a possibilidade de perder o objeto de nossa paixão. Quando
perdemos a fonte de nossas sensações (seja uma pessoa, atividade prazerosa, um objeto querido,
...) nos ressentimos.
Este chakra acumula memórias, impressões, etc.... referentes à fase em que buscávamos a
troca afetiva, quando nascia em nós o impulso erótico, a busca do outro. Problemas nesta fase
podem gerar medo de perder (pessoas, coisas, situações); hostilidade nos relacionamentos,
ciúmes, solidão, ressentimento,...
MANIPURA:
localizado no centro do abdôme; representado simbolicamente por uma flor de lótus de 10 pétalas
de cor verde.
Está ligado ao desejo de poder, a vontade de aprender e de se comunicar. É o centro do ego, do
“eu sou”, da nossa vontade. Aí está o que visceralmente somos. Quando atuamos no mundo a partir
deste chakra queremos marcar nosso território, ser respeitados e até mesmo temidos.
Este chakra acumula memórias, impressões,... da fase em que buscávamos afirmar nossa
vontade, nosso ego no seio de nossas famílias. É a fase do “não” da criança pequena. Problemas
ocorrem quando nos sentimos tolhidos, por pais medrosos ou muito autoritários.
Estes três primeiros chakras elaboram nossas necessidades básicas: segurança, sensação e
poder. Em todo o reino animal estas necessidades existem como luta por alimento (sobrevivência),
sexo (procriação) e poder (preservação da espécie).
É a partir da consciência do quarto chakra que começamos a vivenciar nossa humanidade.
ANAHATA:
localizado no centro do peito, região do coração; representado simbolicamente por uma flor de
lótus de 12 pétalas, de cor dourada. Está ligado ao amor transpessoal, incondicional, aos ideais
nobres, ao desejo de expansão do autoconceito e da visão do mundo.
Quando atuamos no mundo a partir deste chakra aceitamos o outro, não importa o que ele
nos faça (ou deixe de fazer). Renunciamos ao desejo de que as coisas aconteçam “do nosso modo”.
Vivemos nossas vidas - e deixamos que os outros vivam a deles. Somos capazes de sentir
compaixão, de nos colocarmos no lugar do outro. Podemos então aceitar nossas fraquezas, apegos,
vulnerabilidade. Aprendemos a perdoar, pois compreendemos que as falhas são apenas e tão
somente passos na jornada que cada um trilha. Elas fazem parte de nosso aprendizado, nos tornam
humanos.
Quando atuamos no mundo a partir deste chakra sentimos equilíbrio - nem agitação
excessiva, euforia, nem depressão. Sentimos mais energia e necessitamos de menos horas de sono.
VISHUDDA:
localizado no centro da garganta; representado simbolicamente por uma flor de lótus de 16
pétalas de cor azul-prateado. Ligado à livre expressão de nossa criatividade, a nossa
auto-expressão. É considerado o centro da abundância, pois quando usamos nossos dons no mundo a
natureza nos devolve em pagamento tudo aquilo que precisamos.
Quando atuamos no mundo a partir deste chakra, abrimo-nos para receber o que nos é
ofertado, sem criarmos qualquer sentimento de obrigação. Neste chakra temos a compreensão
de que vivemos em um mundo perfeito, mas não do ponto de vista da felicidade momentânea. “O seu
mundo é perfeito por lhe proporcionar continuamente as experiências de que precisa para se
desenvolver como um ser consciente” (isto é, livre de apegos emocionais).
AJNA:
localizado no centro da testa; representado simbolicamente por uma flor de lótus de 2 pétalas de
cor azul-púrpura. É o centro da percepção consciente.
Quando atuamos a partir deste chakra nos tornamos testemunhas de nossas ações,
pensamentos e sentimentos. Observamos, sem fazer nenhum tipo de julgamento. Assistimos nossos
corpos e mentes atuando no mundo, fazendo suas obrigações, percebendo que somos - todos nós -
atores desempenhando, por um breve tempo, seus papéis. Não precisamos gastar nossas energias
querendo mudar o script alheio, nem nos identificando com nossos papéis. Vivemos a cada
instante o que ele nos traz. A meditação visa nos trazer cada vez mais para este “estado de
testemunha”, no sexto chakra.
SAHASRARA:
localizado no alto da cabeça; representado simbolicamente por uma flor de lótus de mil pétalas
de cor violeta.
É o centro mais difícil de ser atingido, ou mesmo compreendido, mesmo por curtos períodos no
estado de meditação. Isto porque neste centro perdemos a noção da individualidade, do ego;
podemos então perceber nossa união com tudo que existe.
Nossa mente é dual, toda nossa percepção do mundo se processa sobre esta dualidade: bom x mau,
belo x feio, certo x errado, luz x sombra, etc.... Neste chakra a dualidade não existe -
como nossa mente racional poderia compreendê-lo?
O sábio chinês Lao-Tzu descreve a consciência que vive neste chakra:
Assim também o Sábio:
permanece na ação sem agir,
ensina sem nada dizer.
A todos os seres que o procuram
ele não se nega.
Ele cria, e ainda assim nada tem.
Age e não guarda coisa alguma.
Realizada a obra,
não se apega a ela.
E, justamente por não se apegar,
não é abandonado.
Namastê
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