Um grupo heterogéneo?     Não necessariamente. Pessoas muito diferentes podem, a dado momento, apresentar problemas semelhantes. Imaginemos este grupo (da esquerda para a direita): AM, 26 anos, empregada de balcão. Diabetes tipo 1 há 12 anos, a fazer insulinoterapia intensiva. Ultimamente tem tido hipoglicemias frequentes (uma ou duas por semana) que detecta e sabe tratar, mas trata de forma incorrecta: come qualquer coisa, geralmente bolachas ou pão. JF, 63 anos, contabilista. Diabetes tipo 2 diagnosticada há 11 anos, insulino-tratada há 6 meses. Duas hipoglicemias heterotratadas recentes, por variação incorrecta da dose de insulina. MS, 79 anos, costureira, aposentada. Diabetes tipo 2 diagnosticada há 14 anos, insulino-tratada há 3 anos. Internamento recente por coma hipoglicémico. Omite refeições. BN, 12 anos, estudante. Diabetes tipo 1 há 6 meses, a fazer insulinoterapia intensiva. Uma hipoglicemia heterotratada recente, após exercício físico programado (o professor de educação física deu-lhe água com açúcar). O educador que detectou estes quatro casos propõe uma sessão de grupo subordinada ao tema "reconhecimento e tratamento da hipoglicemia". Os conhecimentos e as dúvidas de cada participante vão ajudar os outros a expor e esclarecer as suas próprias dúvidas. Sentir que não se está só pode ser muito motivador para mudar as atitudes.

Num grupo, a diversidade pode ser enriquecedora desde que, para todos os elementos, o objectivo da sessão seja Concreto - preciso e claro, só com uma interpretação Pertinente - de acordo com a finalidadel Realizável - de acordo com o nível de exigência requerido E, para o educador Passível de avaliação - para se poder determinar se foi alcançado

Um grupo homogéneo?   Não necessariamente. Pessoas aparentemente semelhantes podem apresentar prioridades totalmente diferentes. Imaginemos este grupo (da esquerda para a direita): BA, 78 anos, empregada doméstica aposentada. Diabetes tipo 2 diagnosticada há 12 anos. Hiperglicemia mantida com "polis" e emagrecimento acentuado nos últimos 4 meses. Recusa iniciar insulina. MJC, 72 anos, funcionária administrativa aposentada. Diabetes tipo 2 diagnosticada há 6 anos. Controlo metabólico medíocre. HTA. Dislipidemia. Aumento de peso desde há 2 anos (8Kg). Compulsão alimentar. Sedentária. MS, 79 anos, costureira, aposentada - que já conhecemos. Diabetes tipo 2 diagnosticada há 14 anos, insulino-tratada há 3 anos. Internamento recente por coma hipoglicémico. Omite refeições. LJ, 84 anos, doméstica. Diabetes tipo 2 diagnosticada há 17 anos. História de mal perfurante plantar. Pés: higiene deficiente, unhas mal cortadas. Calçado inadequado. Perante prioridades tão evidentes e distintas, juntar em grupo estas quatro pessoas para abordar um qualquer tema é, penso eu, uma perda injustificável de tempo.

UMA SESSÃO DE EDUCAÇÃO DE GRUPO NÃO É UMA CONFERÊNCIA A educação de grupo é útil quando os elementos apresentam problemas que ganham em ser abordados em comum. A educação de grupo permite a expressão de dificuldades e dúvidas que passam frequentemente despercebidas na educação individual. A educação de grupo permite Aproveitar os conhecimentos dos utentes Manusear o material Simular situações

Educação de Grupo Determinação do objectivo Metodologia