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... por isso canta! dança! grita! 
Por Neco Jasper

     Cults, cafonas, ciganos, rapazes latino-americanos... O panorama musical versão 1999 é uma grande salada, cujos ingredientes são artistas que faziam sucesso há quinze ou vinte anos. Os mais cabalísticos certamente irão atribuir este revival ao fim do século ou do milênio. Bobagem! Novos tempos pedem novas músicas, ora bolas! Outros vão dizer que é porque a música atual é pobre, vulgar, de baixa qualidade, e que música boa é música velha. Bom, estes devem esperar até ver de quem estamos falando... 
    Pra começar, vamos rebolar e gemer com Gretchen, que teve um volume dedicado a sua obra (?) na série Seleção de Ouro - 20 Sucessos. Não que ela tenha tantos hits, mas uma meia dúzia você conhece. Ela mesma diz que é tudo igual, mas é muito divertido!!! Tente não se mexer na cadeira ou levantar pra dançar ao ouvir o tal Melô do Piripipi (com o hilário subtítulo Je suis la femme). Freak le boom-boom, Conga conga conga e Dance with me também se destacam, além de uma versão da tradicional canção francesa Le bal masqué. O resto é o resto: muita gemedeira e variações sobre os temas acima destacados, misturando mon amour com I love you. E ela está direto na TV, você liga e vê a Gretchen. A mulher tem um carisma impressionante, um corpo legal (afinal ela não é nenhuma mocinha) e, comparada com as deusas da "bunda music" de hoje, é mais inteligente e canta melhor - foi crooner de banda de baile -, além de não ter um décimo da vulgaridade das demais. 
    Por falar em diversão, "não segure muito seus instintos porque isso não é natural". Saiu a coletânea 15 Anos de História, com algumas músicas do apogeu do Menudo. Apogeu, sim, porque o grupo porto-riquenho nunca acabou, só foi modificando sua formação - lembra que os rapazes têm que sair ao completarem 17 anos? - e, depois de uma febre louca, foi gradativamente desaparecendo da mídia. Não sem antes dar cria: Dominó, Tremendo, Polegar, Ciclone e outros com menos aparições na Discoteca do Chacrinha. Finalmente temos a oportunidade de escutar em formato digital pérolas como Sobe em minha moto, Não se reprima, Quero rock, Doces beijos, Se tu não estás, Sabes a chocolate e Indianápolis; porém, infelizmente, faltam muitas canções que deixaram as gurias histéricas (Quero ser, Like a cannonball, Troque suas pilhas). Se você tiver a po$$ibilidade, no te reprimas: compre a versão importada, que é bem mais completa - embora seja totalmente em castelhano. 
     E do Ritchie, você lembra? Menina veneno, Pelo interfone, A vida tem dessas coisas, Casanova, Tudo que eu quero... pelo menos três ou quatro do CD Vôo de Coração tocaram à exaustão e você vai sair cantando ao escutar dezesseis anos depois. Na época, o disco vendeu horrores e ameaçou desbancar Roberto Carlos do trono da MPB - e isso que Ritchie é inglês! Mas a gravadora de ambos era a mesma e, sob pressão, preferiu não trocar o certo pelo duvidoso, dando um gelo na carreira do rapaz. Azar o nosso, que fomos privados de mais cafonice pop de alto nível. Mas Ritchie ainda emplacou Telenotícias, A mulher invisível, Só pra o vento e Transas, que - à exceção da última - estão disponíveis em sua coletânea da série Brilhantes. O cara está atualmente trabalhando com home pages mas andou cantando outro dia na TV e provou que suas músicas são inesquecíveis de tão divertidas, e divertidas de tão bregas! 
      Claro que ainda tem o cult Reginaldo Rossi, mas é tão cult que nem brega é, muito menos divertido. Tem também o Sidney Magal, mas a última coletânea dele traz os sucessos remixados, então é melhor encontrar outra, em disco ou fita, que tenha as versões originais das pérolas Meu sangue ferve por você, Tenho, Amante latino, Brasileiro no meu calor, Se te agarro com outro te mato (!!!!!) e, claro, Sandra Rosa Madalena, "a cigana" - assim mesmo, com aspas e tudo. É chapante, corra atrás num sebo qualquer e se esbalde dançando. Melhor ainda se você lembrar daquela cara de cigano fake e daquele rebolado podre de vulgar: vai poder fazer cover do Magal na próxima festa - só não esqueça da camisa de seda aberta até o umbigo!

 
     Por Rita Monteiro
     Há exatamente 18 anos vinha ao mundo o garoto Jon Gordon Langseth Jr, em Fargo, Dakota do Norte. A princípio um garoto normal, exceto pela sua paixão desde muito menino pelo mundo da música. Não perdia um show de rock e era sempre incentivado pelo seu pai, que foi quem lhe deu sua primeira guitarra, aos 12 anos. Mal sabia o Sr. Jon Gordon que estava dando início a carreira do hoje conhecido e aclamado Jonny Lang.   
     Guitarra em punho, começou a ter aulas frequentes e foi ganhando um estilo próprio. Audacioso, formou uma banda aos 15 anos, chamada Kid Jonny Lang and The Big Band. Chegaram a lançar um disco. Em 1997 resolveu acabar com a banda e se lançar sozinho, gravando seu primeiro cd chamado Lie To Me. Jonny tinha então 16 anos. Mas para quem ouve o cd fica a impressão de estar ouvindo alguém muito experiente cantando e tocando. O disco é blues pra ninguém botar defeito, e blues dos bons, com uma pitada na dose certa de pop. Pra quem pensa que é pouco, o rapaz já ganhou elogios de mestres como Eric Clapton e B.B. King, além de ter sido muito bem recebido pela crítica em geral.   
    Seu segundo trabalho, Wander This World consegue ser ainda mais impressionante, pela maturidade e qualidade de todo o cd. Do início ao fim, é um trabalho completo, perfeito para quem tem só 18 anos. É o típico caso de alguém que nasceu com o dom da música, que tem o melhor que a música pode dar no sangue. E isto é algo que Jonny Lang definitivamente tem. Para quem teve a oportunidade recente de ver ao vivo ou pela TV seu show no Free Jazz, pode sentir que ali no palco estava alguém que tocava com a alma, com o coração. Difícil não se emocionar com as bélíssimas Breakin´me e Walking Away, só para citar algumas pérolas que Jonny apresentou com um talento realmente fora do comum. Isto sem falar em seus solos de guitarra que com certeza foram um show a parte. O público, no inicio meio desconfiado com aquele garoto recém saído das fraldas, acabou se deixando levar pelo seu talento e carisma. E seu show acabou sendo considerado um dos melhores do festival por crítica e público. Este último que no final já não se continha e pedia bis quando Jonny deixava o palco ao final do show. Óbvio que ele acabou voltando, nem o próprio acreditando em tamanho fascínio que havia exercido naquelas pessoas.   
      Um deleite para amantes da boa musica e uma prova concreta de que nem sempre idade é documento. No caso de Jonny, ele trouxe do berço aquilo que para quem o assistia era pura magia, magia que fazia da sua guitarra uma extensão de seu próprio corpo. Um talento raro, uma benção para poucos e que Jonny soube aproveitar como ninguém. 
 
 
       Por Rita Monteiro
      Aos 17 anos esta americana emplaca seu primeiro cd que após quase 1 ano de lançamento ainda se mantém nos primeiros lugares da parada da Billboard. Na verdade Britney não é exatamente uma novata no showbizz. Desde pequena, sua voz potente e afinada chamava atenção nos programas de auditório que sua mãe a levava. E por muito tempo foi uma das apresentadoras do Clube do Mickey.  
     Algum tempo depois, o mundo foi invadido por esta pirralha com a dançante Baby One More Time, que desbancou muito gente boa dos primeiros lugares das paradas de singles. O sucesso se confirmou e a moça emplacou mais um hit: Sometimes, uma balada daquelas que fica no ouvido da gente o dia inteiro. E agora acaba de lançar seu terceiro single, You Drive Me Crazy, uma das melhores faixas, com um vídeoclip contagiante, talvez também o melhor dos três que rolam nas MTV's da vida.  
     O cd todo é muito bem produzido, com uma curiosidade: o produtor é Max Martin, o mesmo dos garotos do Backstreet Boys. Mas pra quem já viu as apresentações de Britney ao vivo, já percebeu que ela ainda tem muito o que aprender. Sua voz é ótima, o cd é uma boa surpresa mas ao vivo ela deixa muito a desejar. Pra quem está acostumado a vê-la em vídeo clips fica a sensação de que falta alguma coisa... Tudo bem, nem tudo é perfeito. O cd vale ser ouvido. Se a jovem promissora veio pra ficar é cedo ainda pra dizer. Talento ela tem, boa voz também, além da excelente produção. Só que todo artista precisa mostar que pode se manter sem todo este aparato. Cabe a Britney se esforçar um pouquinho mais para não ficar restrita apenas a sucessos de estúdio e vídeoclips bem produzidos. 
 L A N Ç A M E N T O
Por Márcia Messa
      Desde 1996 sem entrar em estúdio (pois Deconstructed nem dá para contar como um trabalho destes ingleses), o Bush volta à ativa no mesmo estilo que o consagrou, porém, um pouco menos agressivo. Science of Things, o álbum lançado mundialmente no dia 26 de outubro passado, mostra que esta folga rendeu bons frutos.  
     Quem acompanhou o Woodstoock 99 já teve uma idéia do que seria este novo trabalho. The Chemicals between us (o primeiro single), 40 Miles from the Sun e Warm Machine fizeram parte do repertório da banda. As três são, sem dúvida, as melhores faixas. Letras confusas, porém expressivas, guitarras arrastadas e a bela voz de Rossdale são a marca registrada e dão aquela sensação de entorpecência. Destaque ainda para Mindchanger e Altered States.
    Se você der uma olhadinha  nos créditos, verá que Gwen Stefani, vocalista do No Doubt e namorada de Gavin Rossdale, faz o backing em Spacetravel. Dispensável. Tirando isto, o álbum é interessante tanto para os fãs, quanto marinheiros de primeira viagem. Não é o melhor trabalho do Bush, passa longe dos dois primeiros álbuns,  mas vale a pena ser conferido, nem que seja para discordar.
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